A GOVERNANÇA BRASILEIRA AGE POSITIVAMENTE NA AJUDA HUMANITÁRIA O LÍBANO, E AS VÍTIMAS BRASILEIRAS DO COVID-19 NÃO MERECIAM A MESMA ATENÇÃO?

É de praxe, e sempre muito bem vinda a corrente solidária e humanitária dos governantes de todos os países desse planeta se socorrerem uns aos outros em caso de grandes catástrofes. O Brasil, com uma população de descendentes de libaneses muito maior do que a do Líbano, fez com que o faro político do presidente Bolsonaro se aguçasse e passasse a ação, disponibilizando remédios e outros quetais para a capital libanesa. Busca votos em solo pátrio. Como descendente de libaneses aplaudo a decisão, como aprovaria se fosse em qualquer outro país necessitado. O que intriga é que esse mesmo presidente não teve, e não terá a mesma solidariedade em relação aos brasileiros atingidos mortalmente pelo Covid-19. Esse sujeito foi incapaz de usar a mídia para um pronunciamento oficial sobre essa tragédia universal. Age ao contrário, debocha desde o início, faz pouco da ciência, ironiza sobre o isolamento social, realmente um comportamento indigno de quem governa um país.

Torço muito para que o Líbano se recomponha, um país que trago no meu DNA, que vem sendo destroçado e se ergue a cada tragédia. No jornal de hoje a primeira página ilustra libaneses protestando contra a classe política. Lá como cá, e quiçá all over the world a insatisfação com os políticos é gritante. Marchons, marchons.