Já falei disso no blog, mas volto a repetir, uma vez que se instalou no país um governo apoiado basicamente por evangélicos, no estado do Rio de Janeiro idem, e isso é um fator preocupante, porque costumam se guiar por decisões conservadoras e retrógradas.
Temos uma ministra que ocupa um ministério dos mais sensíveis: Mulher, Família e Direitos Humanos, que até agora só falou besteira, comprovando sua inadequação ao cargo. A senhora em questão é pastora, e quando fala parece que se dirige aos seus seguidores e não ao povo brasileiro.
O que acontece é que os evangélicos saíram do armário. Vi esse começo no governo Garotinho, nos idos 1999, quando a enxurrada de pastores encheram o Palácio Guanabara, com direito a culto nas sextas-feiras, O chefe do cerimonial na época, não ficou muito tempo por que não quis, era um homem culto, simpático, afável que uma vez por semana fazia uma reza no seu gabinete com alguns seguidores. A turma indicada pelo governador tinha por hábito dizer o nome, seguido da palavra evangélico, ao que eu respondia, dizendo o meu, seguido de candomblé. Não sigo o candomblé, mas gosto e muito dos cultos afro. São bonitos, têm batida de tambor ou de berimbau, velas, cheiros e dança. E ainda tem consulta com o santo, para quem gosta, e eu gostava.
Agora, a coisa ficou pior, aqui em Petrópolis é onde percebo mais radicalização. Pra mim, todo mundo é evangélico, não deve ser assim, mas o que aconteceu de fato é que conseguiram evangelizar muita gente, e nem sei como. São pessoas mais simples, uma turma que não procura a informação por si, mas segue o que o pastor diz. E o pastor não é lá tão informado ou culto assim. Os padres nunca agiam para cooptar ninguém. Talvez, porque a Igreja Católica reinasse absoluta em terras brasilis. Então, vieram aqueles rapazotes americanos, vestidos com calça preta e camisa branca, eram os mórmons, e se disseminaram pelo país afora, levando a mensagem da bíblia para gente que mal sabia ler. Foram 60 anos. 60. Atualmente são chamados neopentecostais, uma turma bem sectária, e que na figura da ministra Dalmares Alves mostra a sua pior face: do conservadorismo extremo, num país laico, que a ministra diz respeitar, embora se autodenomine "terrivelmente cristã". Por dessa declaração, o retrato em preto e branco da criatura.
O país precisa de progresso, de pessoas cultas ( o presidente não é), que fale bem ( O presidente não fala, mas Dilma que tinha curso superior também não falava, e Lula, embora errando no português, incendiava as multidões, porque era um gênio). Acho que durante quatro anos teremos Bolsonaro, tropeçando, falando e sendo desmentido no momento seguinte, enquanto torço para que ministros inadequados que tragam o atraso, sejam exonerados. Vamos esperar, e aguardar.
Aqui, no meu condomínio, escuto canções evangélicas vindo das comunidades, que é por onde a doutrinação começa.. embora a ADONEP seja constituída por gente endinheirada e bem posta na vida.
E a gente vai levando, vai levando, vai levando .....