sexta-feira, dezembro 19, 2008

FURDÚNCIO EM IPANEMA CANCELADO

Pois é, não é que os moradores de Ipanema conseguiram impedir a realização do Révèillon em prais ipanemenses? Achei ótimo, não consigo entender a vocação turística de uma cidade baseada em multidões enchendo a cara, música altíssima, banheiros e sexo ao ar livre, fora os assaltos, as facadas, a sujeira dos churrasquinhos, da comida de camelô, ENFIMMMMMMM, tudo isso que todos detestam mas tem medo de manifestar, porque? Porque é politicamente....digam, digam,,, incorreto, seria isso?
Que cada um faça a sua festa sem ter que infernizar a vida do outro. Já basta Copacabana, que eu também acho virou um horror. Bons tempos aqueles, em que se ia à praia consultar os búzios com os pais-de-santo e ver o sol raiar.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

A FARRA DOS DONATIVOS EM SANTA CATARINA

Fico contente de ainda me estarrecer com determinados fatos que acontecem em terras brasilis. Me estarreço com o ôba ôba de uma nação que não mexe na justiça, não investe na educação, como Obama está fazendo com o Duncan, não melhora, nem a pau, a rede de saúde para TODOS os brasileiros ( somos obrigados a pagar um seguro de saúde que aumenta escandalosamente à medida que envelhecemos, porque o pobre morre antes disso) e ainda convive com políticos, desembargadores, juízes, delegados, Pms, uma corja de bandidos, ladrões, mentirosos,corruptos e FICA TUDO POR ISSO MESMO, porque quem é dotô nessa merda tem regalias-
Somos um país que tem mais parlamentares do que qualquer outro país civilizado e pagamos os olhos da cara pra sustentar esses vagabundos com as regalias que nenhum funcionário público tem.
O fato de militares e voluntários roubarem os donativos das vítimas da enchente de SC foi a consequencia de tudo isso. O exemplo que deveria vir de cima, vem na forma de roubo, do se dar bem, da justiça que não existe (vide o caso do Pm que atirou no menino e foi inocentado pelo juri popular, que claro cagou de medo, e achou melhor tirar o corpo fora, nos dólares dentro de cuecas ou embaixo do colchão, do próprio Lula dizendo que ler é chato, e que ele não precisou estudar pra chegar lá, do PT roubando na cara de todo o mundo e, de novo, o presidente sem saber de nada, não ouviu, e não soube. Taí, o resultado. MAS MESMO ASSIM FIQUEI ESTARRECIDA.

terça-feira, dezembro 02, 2008

O VESTIDO AZUL

Vi o vestido na vitrine de uma loja popular. Destacava-se dos demais, talvez pela cor, talvez pelo decote bonito. Vi a moça dentro dele. Olhava-se no espelho, ajeitava-o ao corpo e virava-se em vários ângulos para ver-lhe o caimento. Com dedos ágeis procurou uma flor que estava esperando por ela em cima da penteadeira. Colocou-a nos cabelos. Gostou do efeito e sorriu tímida. Mirava-se com satisfação. Estava mesmo muito bonita. Calçou as sandálias de salto alto e borrifou umas gotas de perfume nos cabelos e no colo de rainha. Sabia-se sedutora e seus olhinhos brilhantes antecipavam momentos agradáveis. Pegou a bolsa, desligou a luz e fechou a porta atrás de si. E eu continuei olhando o vestido azul na vitrine de uma loja popular.

quarta-feira, novembro 26, 2008

ATÉ TU, BRUTUS EDUARDO PAES

Não dá pra acreditar. Cristina Jefferson vai fazer parte do secretariado de Eduardo Paes. É de doer.

terça-feira, novembro 25, 2008

LUIS ALBERTO MENDES- TESÃO E PRAZER

Ganhei o livro de presente do meu amigo Iran. Fiquei curiosa: o cara é presidiário, 74 anos de pena para cumprir e já está no segundo livro, que fala de tesão e prazer. Pra encurtar, li o livro em dois dias. Prosa boa e é sexo, tesão e prazer o tempo todo. Não cai na vulgaridade, e lá vai ele contando seus casos.
O autor vem de família pobre, desestruturada, e aos dez anos já ficava de pau duro e louco pra conhecer os mistérios do sexo. E lá vai ele contando. Passam meninos, meninas, mulheres, homens, e ele na sua busca incessante de tesão e prazer. Curioso e é mesmo muito interessante. Mereceu ser editado.
Sua vida também é digna de elogio, procurou estudar, e se dedica a ajudar aos outros, academicamente falando.Louvável.
Envolveu-se com mulheres que quiseram conhecê-lo e foram à prisão. Transavam e ele sempre no tesão e prazer. Que coisa esse tipo de mulher que gosta de bandido, pra mim é um mistério. E as mulheres não eram qualquer uma, eram pessoas de nível. Pois é, se tiverem curiosidade, comprem o livro, a experiência dele é única.

VICKY CHRISTINA BARCELONA

Woody Allen rides again, e eu me delicio de prazer. É sempre uma gostosura entrar no mundo woodyano. A trama do filme é ótima , como sempre, e ainda por cima em Barcelona. E a presença de Barden e Penélope Cruz ( como é que ela conseguiu ficar com Tom Cruise? Ela é muito européia pra aquela rapazito tão bobinho apesar de tão riquinho) arrasadoras. A vida arma certas arapucas e a gente nunca sabe até onde é capaz de ir, e quando vai se espanta e não quer outra coisa. Parece que a mente abre, sei lá. O encontro do pintor (Barden) com as americanas é de rolar de rir, e o próprio desenrolar da trama, com direito a uma vulcânica Penélope num ménage à trois, é de destroçar a cabeça de americanos arrumadinhos (Vicky e seu noivo). O filme é uma ótima aventura com prazo para acabar. As americanas voltam para os Estados Unidos e seguem a sua vida, com certeza modificada depois da aventura espanhola. Excelente.

MENINO DE ENGENHO- Graciliano Ramos

A gente aprende muita coisa errada na escola. Apesar de ter estudado num ótimo colégio, reconheço que a metodologia educacional não prima pela originalidade, muito menos pela criatividade. Por isso admiro escolas como a Ogá Mitá.
Nas aulas de literatura estudávamos as escolas literárias e eu sabia o nome de autores brasileiros e o nome de seus romances, mas não tinha muita maturidade para absorver o que lia. Claro que José de Alencar era fácil, o pior era Machado de Assis, que só décadas depois pude apreciar como il faut e hoje sou deslumbrada com ele. Isso é para falar de Menino de Engenho. Que verdadeira delícia entrar pelos mistérios daquela zona tão pouco familiar pelo olhar do menino. Leitura amena, elegante como um bico de pena a deslizar pela brancura de uma folha de papel. No entanto já não consegui ler Caetés do mesmo autor. Vá a gente entender os mistérios da literatura.

quarta-feira, novembro 19, 2008

O CHAPÉU

Foi a primeira coisa que viu. Antes de ver o homem viu o chapéu. Das histórias da cidade, houve uma época, de fato, em que as pessoas usavam chapéu. Homens e mulheres. Era chique. A elegância feminina se completava com luvas e meias de seda. Para ela, tudo isso era um horror. Não se imaginava vivendo naquele tempo. A cidade é quente, o verão africano,e quanto menos roupa melhor. Imagine só, luvas e meias de seda!

O cara era jovem, agora ela olhava o homem, o chapéu misteriosamente fazendo uma certa sombra no seu semblante, não era feio o tipo. Ele notou o interesse dela, e sorriu, e ela sorriu de volta. Ele se aproximou e começaram a conversar. Descobriram que moravam próximos. Trocaram números de telefones e ficaram de se encontrar breve. Ela torceu para que no encontro ele não fosse de chapéu.

No dia seguinte ela esperou o telefonema. Não veio. Ela não quis ligar. Talvez por conta do chapéu, ele fosse um cara das antigas e ela não queria se mostrar oferecida.

Três dias depois, falaram-se e combinaram um encontro- pra dali a alguns minutos. Ele morava próximo, num pé estava na casa dela.

Viu o chapéu se aproximando e se sentiu incomodada. Por que ele insistia tanto no chapéu? Vai ver é calvo, tem piolho ou já tem cabelo branco e quer esconder. Descobriu que era puro charme e que ele gostava bastante de usar. Ela achou que o relacionamento não ia dar certo. Tinha medo do diferente, para ela o legal era todo mundo mais ou menos igual, no mesmo padrão.

Ele lhe contou uma história triste. Apesar de estar com vinte e quatro anos, era viúvo. A mulher morrera num incêndio, grávida, há dois anos, e ele ainda estava perdido. Ela ficou embatucada. O cara usava chapéu, passara por um trauma violento, não podia dar certo. Ele falava da falecida, mas fazia carinhos nela. Que estranho, será assim mesmo? Beijaram-se, ele se despediu e ficaram de se ver novamente.

O romance foi suave. Ele era carinhoso, atencioso, a chatice era que agora começara a falar da cunhada, que tinha a idade dela e era a cara da falecida. E continuava a usar chapéu. Tinha vários. E ela continuava a implicar com esse hábito, do século passado, da época de seu avô.

Ele era um partidão e ela sentiu que se fizesse uma pressãozinha poderiam se casar. Ela queria muito um marido, qualquer um. Ele queria uma mulher. Só que estava na dúvida, entre ela e a cunhada. A batalha era desigual. A cunhada exercia certo poder sobre ele. E ela não sabia até que ponto ele se entregava aos encantos da outra. Virou o jogo. Conheceu o irmão mais novo dele, numa festa de rua. Os dois estavam juntos e ele apresentou. O irmão foi super simpático, mais jovem do que ela, e bem bonitão. E não usava chapéu.

Resolveu usar o irmão num plano maquiavélico que começou a elaborar ali mesmo, por puro ciúme, porque sabia que o namorado ia para a fazenda e conseqüentemente se encontraria com a famigerada cunhada. Jogou charme e seduziu o rapaz. O namorado viu, sorriu, não deu muita bola, enfiou o chapéu, deu um beijo de despedida e foi-se embora.

Nas semanas seguintes ela saiu com o irmão mais novo, que não usava chapéu, mas em compensação um perfume fortíssimo, que lhe trazia enjôo. Fez um exame de consciência e viu que a parada estava perdida. O outro não se decidia, ela não queria esperar, e esse usava e abusava de perfume, o que ela já não estava agüentando, além de não ser um partidão como o irmão.

Os anos se passaram, ela se casou, se separou, e um dia o viu, sem chapéu, e percebeu que a cabeça era horrorosa. Ah, era por isso que usava chapéu. Cabisbaixo, segura o cotovelo de uma mulher. Seria a cunhada? Fingiu que não viu, passou batida.

ILEGAL E DAÍ?

Passo a toda a hora em frente a FACHA. É caminho da academia, da casa da amiga e de mil outras coisas. Corta-se o caminho, embora eu deteste caminhar pela Muniz Barreto por causa das fezes nas calçadas, e mendigos esperando a sopa da dona Zoé. Mas hoje foi incrível o abuso que impera nessa cidade. Alunos da FACHA colocaram mesinhas e cadeiras na calçada, armaram uma tenda e se serviam de petiscos e cerveja tiradas de um capô de um carro estacionado em área proibida e fizeram a festa. A alguns passos um guardete municipal conversava animadamente com um qualquer.

quinta-feira, novembro 06, 2008

POLICIAMENTO OSTENSIVO

Uma autoridade carioca declara no jornal que a Guarda Municipal vai estender o horário de trabalho, até as 19 horas. É pra rir, né não?Acorda gente. A Guarda Municipal e a PM têm que estar o tempo todo na rua. É inacreditável que as autoridades não se dêem conta disso. É assim em qualquer parte do mundo. Aqui é notícia de primeira página. Pra mostrar trabalho. Que tristeza.

BARACK OBAMA

A vitória de Barack Obama me lembrou a festa para Lula. Na época, estava em Salvador e foi impossível ficar indiferente à festa que tomou conta do país. Era a esperança forte batendo no peito, mas hoje em dia aquele ardor patriótico se esvaiu na fumaça. Reconheço que ali se fez história, mas nosso presidente não tem dimensão de estadista, mente o tempo todo, apoiou o Severino nas últimas eleições e fala coisas inoportunas para um presidente. E sem falar na altíssima corrupção e na falta de postura dos componentes do PT. Mas reconheço que o país avançou, mas poderia ter avançado muito mais.
Ontem, a história de novo se fez com Barack Obama. O príncipe negro, de carisma transbordante, olhos de águia e discurso afinadíssimo na ponta da língua. O povo americano está de parabéns, deu uma tremenda aula de democracia. O mundo todo se emocionou,e a festa rolou de norte a sul, de leste a oeste. Rostos de várias cores, sorrisos em profusão e muita gente chorando. Obama quando aparece, eclipsa o que estiver do lado. A família é bonita, ele beija a mulher, diz que a ama, ela responde também dizendo que o ama, meus olhos ficam emocionados e torço para que ele faça um bom governo. O Mundo precisa de um líder, e é muito legal que seja aquele príncipe de ébano com um pé no Quênia, não é o máximo?
Espero que por aqui se aprenda a lição, que começou com a classe e a elegância de GABEIRA.

terça-feira, novembro 04, 2008

DENÚNCIA

Exercer a denúncia para o bem da coletividade é sempre muito bom. Um dia desses, no O Globo, um leitor denunciou o estacionamento abusivo de carros de funcionários públicos dentro do Campo de Santana. Louvável que o jornal tenha aberto essa pauta e publicado com fotos, no dia seguinte, a frota dos barnabés públicos. É estarrecedor a resposta que as pessoas responsáveis dão para abusos desse tipo. "Não há cláusulas que impeçam o estacionamento," e blá-blá-blá. Não há bom senso e mostra como nós nessa cidade fazemos o que queremos. O carioca que sempre foi anárquico está piorando, pois agora não respeita mais nada e faz o que quer. Haja visto como se encontra a cidade.

sábado, novembro 01, 2008

SISTEMA PENAL BRASILEIRO

Não sei porquê a demora secular em se mudar o sistema penal brasileiro. Não consigo entender porquê não temos prisão perpétua para crimes hediondos. Não consigo entender como presos enjaulados em presidios fora do Rio comandam ações criminosas na cidade. Não consigo entender porquê não houve uma limpa na Polícia Militar, na Civil, na Federal, na Alerj, na Câmara dos Vereadores, no Senado. Lugar de criminosos é na cadeia. Não consigo entender prisão especial para quem tem nível superior. Não consigo entender como prisões de segurança máxima apresentam falhas de segurança. Não consigo entender o porquê de tanto riso estampado na cara do governador Cabral quando a cidade continua violenta, insegura e pessoas continuam morrendo como água e não se vê policiamento ostensivo em lugar algum.

quinta-feira, outubro 30, 2008

MINÚSCULOS ASSASSINATOS E ALGUNS COPOS DE LEITE

Leio sempre atentamente a coluna de Cora Ronái. É uma jornalista interessante, inteligente, gosta de animais e dá dicas literárias ótimas. Ele falou de Fal Azevedo e seu livro - Minúsculos Assassinatos e alguns copos de leite. Comprei o livro, amei e passo a dica pra vocês. Fal mantém um blog- drops da fal, respondeu ao meu e-mail, e é uma autora de primeira linha. O livro trata de vida, que podia ser a minha ou a sua, das escolhas que fazemos, enfim, disso tudo que está escancarado na cara da gente. Tem humor e elegância. Comprem o livro ou me peçam esprestado. Não vão se arrepender.

CABBRAL, PAES E LULA

O primeiro ri como uma hiena no cio. De que tanto ri o infeliz?
O segundo se comporta como a criatura na cola do seu criador.
O terceiro se mostra terrivelmente embaraçado nas fotos.
Não era isso que eu queria para o Rio.
Vamos rezar.

A LOJA DE MÓVEIS USADOS

A LOJA DE MÓVES USADOS



Passeava os meus olhos por uma Copacabana decrépita quando ao passar por uma loja de móveis usados tive a atenção despertada por uma mesa de jacarandá empoeirada, circundada por belas cadeiras. Parei e admirei aqueles móveis, e por alguns momentos viajei no tempo. Visualizei uma sala de jantar ampla, com flores silvestres no centro da enorme mesa, e em cima do aparador peças antigas de prata-de-lei. Uma família grande e feliz encontrando-se em volta da mesa para o almoço de domingo. Crianças corriam em volta e empregados traziam bandejas fumegantes que colocavam sobre a alva toalha de linho. Pela janela o dia passava morno. Podia até sentir o cheiro do assado. Ao meu lado, alguém suspirou. Virei-me e vi o velho apoiado na sua bengala. Olhava para aqueles móveis. Uma lágrima sentida escapou de seus olhos. Veria ele o que eu via? Vivenciava aquilo que eu orquestrava? Quando percebi que a emoção também me pegava pelo pé, apaguei a cena, e continuei o meu passeio.

quinta-feira, outubro 23, 2008

VANDALISMO

O vandalismo aos monumentos públicos é a maior prova do subdesenvolvimento de um país. Não adianta apenas repor o que foi roubado mas tomar providências para que o povo aprenda a zelar pelo patrimônio. Essas ações mostram claramente o nível de selvageria que impera na cidade. Essa falta de respeito endêmica deveria alertar os governantes das três esferas. Algo de podre se instalou nas mentes e ações de um grupo perigoso. Será que o BolsaFamília resolve? Ou incentivo na infra-estrutura desses país com empregos, saúde em alta e educação séria para essa população favelada e marginalizada? Um amigo meu que está lecionando numa escola pública do estado me confessou, um dia desses, que todos os alunos dele não crêem que vão ter uma vida legal com um bom emprego, casa e carro. Seríssmo, isso. Se já esperam não conseguir o mínimo. como vão sobreviver?

quarta-feira, outubro 22, 2008

PAULO FRANCIS

Meninos eu li hoje no jornal O Globo, coluna "Há 50 anos":
Paulol Francis, de batismo Heilborn, é um fracassado crônico de nosso teatro... canastrão insuportável... fracassou como ator, diretor, produtor e co-empresário. E Henrique Pongetti continua chamando-o de delinguente intelectual. Fiquei estarrecida. Pessoalmente nunca gostei dele e nunca entendi aquela maneira horrorosa de falar como se tivesse uma batata quente na boca. O incidente do bofetão de Adolfo Celi na cara de Paulo Francis por conta de uma grosseria com Tonia Carrero, foi comentado exaustivamente até muito tempo depois. Sérgio Brito também andou se estranhando com ele. Enfim. era um sujeito que ninguém suportava, mas vejam como são as coisas, acabou trabalhando no Manhattan Connection, morando lá e ganhando muito mais do que qualquer um que não foi nem sombra do cafageste arrogante que ele foi.

sexta-feira, outubro 17, 2008

TRÁFICO NO RIO DE JANEIRO

Tráfico executa 7º chefe de presídio em 8 anos. A cidade, quiçá o estado estão dominados, e não haverá autoridade que dê jeito nisso. Agora, não dá mais.
O último a sair apague a luz

quarta-feira, outubro 15, 2008

ATÉ TU BRUTUS?

Que coisa mais feia, hein, dona Marta Suplicy?

SOBRE BARULHO

Não é que o Ministério Público quer que o révèillon de Ipanema comece mais tarde e termine mais cedo , bem como o som tem quer ser mais baixo do que os anos anteriores? Legal, não sou só eu quem se incomoda. Sou de um tempo em que as pessoas iam à praia no dia 31 de dezembro ver o ano novo nascer, sem balbúrdia, sentavam-se na areia e se consultavam com as espíritas de branco sentadas em tamboretes.Hoje não, é barulho, muito barulho, é a teoria do Pão e Circo para a plebe. Com os leões à solta.

domingo, outubro 12, 2008

IMPUNIDADE NO TRÂNSITO

Prisão perpétua para Gabriel Saavedra Borges Pereira que matou Rafael Fontes e para Marcos Vinicius Ramos Assunção que matou Camila Souza.
O primeiro atropelou e fugiu sem prestar socorro. Pagou 8 mil de fiança e está solto para fazer a mesma coisa, isto é matar outro desavisado, quem sabe já na próxima semana.
Há que se mudar essas leis. Essa gente é criminosa e pegar de 4 a 6 anos de cadeia é pouquíssimo, quando ainda pegam. Isso tem que acabar, e cabe a nós mudar.

quarta-feira, outubro 01, 2008

LULINHA AGORA ACHA QUE A CRISE ECONÔMICA É SÉRIA

Leviano esse Lulinha, né não Populista como ele só, e querendo sempre agradar, proclamou as quatro ventos que a crise financeira era um prolema do Bush. Vai ver que também queria acalmar o mercado brasileiro, sabe cumé. Mas hoje já admitiu que a crise é séria e profunda. Deus nos acuda.

CENA REAL

Como faço todas as manhãs, tirei o meu carro da garagem e fui trabalhar. Parei em frente ao Palácio Guanabara e vi uma cena inusitada. Um casal de mendigos deitado em cima de uma carroça-cama, brigava por um trapo a guisa de coberta. Num dado momento ele foi pra cima dela e começaram a fazer sexo. Ali mesmo, em frente ao palácio da mais alta autoridade estadual. Fiquei pasma. Avançando com o carro vi um guarda municipal. Pensei em alertá-lo, mas a tempo me lembrei que são uns ineptos,medícocres, e que nada adiantaria, como de praxe. É esta a cidade que vivo. Decrépita como o casal de mendigos e medíocre como o guardete.

ELEIÇÕES 2008

Não estou gostando nada do clima dessas eleições. A bandidagem impondo regras e candidatos fazendo promessas absurdas que vão piorar a baderna reinante na cidade. Tô saindo fora.

A FAVORITA

Fiquei décadas sem assistir novelas e me desacostumei. De um tempo para cá voltei ao hábito antigo e curto bastante. Há interpretações primorosas para um veículo tão imediatista e sempre me surpreendo com talentos que surgem do nada. É bem verdade que decepcionam numa segunda empreitada, mas parto do princípio que vão aprender com o tempo. Cristiane Torloni e Maitê Proença eram péssimas quando começaram. Até Maitê reconhece, então não estou sendo assim tão má.
A FAVORITA começou arrepiando. Críticas favoráveis e a audiência ali, comparecendo.Patrícia Pillar, Cláudia Raia. Murilo Benício arrasando logo na entrada. Havia um jogo de ambiguidades na interpretação de Patrícia Pillar que me seduziu. A atriz aproveitava tudo. Aliás, essa foi a tônica dos primeiros capítulos. E a história coesa avançava, não havia barriga, o texto interessante se impunha. Então, depois de um tempo percebi:
  • Mariana Ximenes- carinha de boneca mas me diga, que roupa é aquela? É assim que os jovens de São Paulo se vestem? Sou mais a turma daqui, então. Depois de tudo que o personagem passou, crise de identidade de mãe, padrastro vagabundo, morte da mãe adotiva, não era para ela, pelo menos atuar mais desesperada, loucona, sei lá? A garota vai dançar, transa com o namorado, comemora o aniversário da mãe adotiva (já morta) num restaurante finérrimo, e vai para casa. Mas como refém, deu show de bola - até tremeu a boquinha. Acho que era essa emoção, ou algo mais parecido que ela tinha que levar para a dor da crise materna. Ela tinha que ter pirado feio. Não sei se foi o texto, falta de tempo televisivo ou não sei, mas ficou gauche.
  • Debora Secco- cruzes, que que deu nela? Totalmente equivocada e chata. Idem para o exagerado Orlandinho e Suely Franco, que perdeu a mão. Está vulgar e cheia de trejeitos.
  • Cassiano é um porre, até a voz dele é sacal. Pode ser desses que vão aprender com o tempo.
  • Amo Taís Araujo que no início aparecia travestida de Cleópatra. É outra que está ficando chata. É totalmente inverossímil a relação familiar do personagem. O tal do Didu então, coitado, está totalmente perdido e a relação amorosa dele com a Rita não convence de jeito algum. Aliás,acho que nem a própria Cristine Fernandes acredita no que fala.
  • No clã dos Coppola a coisa é morna. Cláudia Ohana não tem o que fazer e a família está simpática com seus conflitos.
  • Cauá Reymond é tão lindo que dói. Gosto dele, e é engraçado. O texto é bom e ele tira vantagem.
  • Meu compadre José Mayer não merecia aquele papel.
  • Ary Fontoura é show. Amo as cenas do trio do mal. São bem escritas e a turma manda ver.
  • Glória Menezes virou uma avózinha mala. Fez tantas plásticas que está irreconhecível.
  • Gosto também de Mauro Mendonça e do avô Pedro. O texto de ambos é bom.
  • a casa de Cirlene é divertida, mas as meninas não têm texto legal e não convencem.A história da Cirlene com o Harley com certeza foi inspirada na tragédia do menino Pedrinho sequestrado pela aquela mulher Vilma. É outro caso doloroso que de repente aconteceu e ficou por isso mesmo. Perdeu-se no meio do caminho. Elisânela fez muitas cartas e bocas e pronto: o autor encerrou ali mesmo.
  • Não gosto da boca de Zé Bob.
  • que homaço é o Damião, hein? Pena que ele só tira a camisa. Gosto dele também, e o embate com Dedina é o tempero sexy da novela.
  • Shiva Lenin foi uma grata revelação. O garoto passa o conflito do personagem.
E la nave va. Vamos ver agora o final. Por mim a Flora arderia em chamas. Muita maldade.

segunda-feira, setembro 22, 2008

O PREÇO DOS INGRESSOS DO CINEMA HÁ 50 ANOS ATRÁS

Não sei se choro ou se me escangalho de rir. Mas saiu no O Globo de hoje, naquele cantinho de 50 anos atrás, um alerta sobre o preço alto do ingresso do cinema, que a curto prazo invibiliarizaria a freqüência de pessoas no interior, não sei se no país, ou no Estado do Rio de Janeiro. O articulista pede que "a matéria seja examinada com vistas ao encontro de uma solução razoável."
E não há muito tempo atrás, saiu no mesmo jornal, uma matéria sobre cinema em que o alto custo dos ingressos era comentado. E de fato está muito caro.
Pois é, depois que li 1808 e outros livros sobre a família imperial me deu um desanimo.... Há uma repetição na nossa história de costumes que dá tristeza. Claro, que se avançou em muitos aspectos, mas há o diabo é o fator congênito. O preço do ingresso é um. Em 50 anos o problema persiste.

quinta-feira, setembro 18, 2008

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA E LINHA DE PASSE

São dois filmes impactantes, e que nos fazem refletir. Linha de Passe me deixou deprimida e com a certeza de que essa moçada marginal não vai ascender socialmente nunquinha. Tudo bem que é um filme, mas é a realidade tocável que a gente sente, pelo menos no Rio de Janeiro e São Paulo. O ódio explícito nos olhos de quem nos rouba, nos humilha, nos maltrata, é coisa nossa, de um país que as diferenças sociais são abissais.
Já em Ensaio sobre a Cegueira o enfoque é mais alentador, há uma luz no fim do túnel quando a população que havia ficado cega começa a enxergar. Ambos os filmes me incomodaram, me fizeram sentir pequena e insegura, mas é isso - arte tem que incomodar.

segunda-feira, setembro 15, 2008

LINHA DE PASSE E A CENA DO VEÍCULO DE RADAR MÓVEL INCENDIADOaR

Realmente é de se ficar estarrecido com os atos de vandalismo que acontecem nessa nossa cidade e arredores. Não leio sobre o país todo, mas me reservo ao direito de falar no que acontece no meu pedaço.
Vamos começar pela depredação da cidade inteira, dos óculos de Drummond ao pênis do Manequinho, às esculturas de Mestre Valentim, das pixações das estátuas, e etc, etc. e etc. e tal. As autoridade comparecem e remendam o mal e fica assim até ao proximo ato. Quem faz isso? De onde vêm essas pessoas? Têm família? Emprego? Vã à escola? Eu não sei, você sabe? O que me revolta e ao mesmo tempo me instiga é descobrir porque não há uma política de moral e cívica que se implante em todas as escolas,noções de cidadania, de respeito ao bem público, de higiene sanitária doméstica e urbana e de tudo mais que diferencie o homem do animal. Estamos, nessa cidade, nos comportando como verdadeiros animais: defecando, urinando e fazendo sexo nas ruas, que por sua vez estão imundas , cheias de esgoto parado, muros pichados, fiação elétrica das ruas quase batendo nas nossas cabeças, enfim, uma cidade como só vI na Índia. Não vou negar que a natureza ainda impressiona, mas o que está no asfalto, ASSUSTA.
E o jornal mostra jovens sorridentes com o incêndio de uma kombi que portava radares móveis. Ficaram felizes e mostraram seu contentamento para as câmeras. É um equívoco preocupante. Pra mim mostra um desprezo pelas leis que deveriam dar segurança a todos, inclusive a eles, motoqueiros, os que mais morrem no trânsito.
E então, fui ver LINHA DE PASSE, que aborda a vida de uma família periférica, cuja mãe tem um filho de homens diversos, é empregada doméstica, é incapaz de dar amor ou cuidar de seus filhos, que são párias nessa sociedade de consumo que a gente vive ( igual a Índia que também tem gente assim - são os intocáveis). O filme é intenso e faz sofrer. Sabem por que faz sofrer? Porque não há luz no fim do caminnho. Duvido que os personagens do filme tenham algum futuro nesse nosso mundo. e não vai haver Bolsa- Família que dê jeito.Enquanto não houver escolas de verdade e se criarem oportunidades de fato, os nossos párias só vão dar certo no futebol ou assaltando para sobreviver. E claro, debaixo da asa de um Fernandinho Beira-Mar.

segunda-feira, setembro 08, 2008

CASAL GAROTINHO- TSE ARQUIVA PROCESSO

Falta culhão mermo no TSE. Nessa merda de país qyem é rico e poderoso pode tudo. Haja visto o caso Pimenta Neves, assassino confesso e que nunca ficou preso. Nos EUA já tinha ido para a cadeira elétrica.
Quanto aos gorduchos INHO, garota e garoto, teriam seus direitos cassados e obrigados a reporem o que roubaram . Mas como somos o país do carnaval. do futebol e da bunda, vamos levando no CRÉU.

AEROPORTO TOM JOBIM

Não deixa de ser uma ótima notícia a privatização do nosso aeroporto. Pelo menos, em honra ao nosso grande maestro, que não merece ter o nome ligado àquela rodoviária de quinta.
É um big step para a modernidade de fato, pois vários grandes aeroportos no mundo são privatizados.

OS DESAFINADOS

Arrebatador, fiquei fascinada com o filme. Walter Lima Jr. filmou com o coração. Os atores agarraram seus personagens com unhas e dentes e deram um show, de arrepiar. Cláudia Abreu é uma atriz de encher os olhos. Adoro. Mas todos estão excelentes, se entregando totalmente. Não queria que o filme acabasse, queria viver mais aquele sonho. O final me fez chorar. Muito bonito, muito humano. E as músicas, ah as músicas, resgate de uma época que foi tão boa.

terça-feira, setembro 02, 2008

LEMON TREE- o filme

Adoro ver filmes fora do circuitão americano. Esse é uma co-produção lá dos lados de Israel, com atores árabes e judeus. Já conheço a atriz árabe, ela está em todos os filmes que eu vi com a temática palestina-judaica. Ela é ótima, e fico com a sensação de que estou vendo uma velha conhecida em cena, novamente. O filme aborda o embate surgido por causa da mudança do ministro israelense para um local vizinho à uma plantação de limões de uma senhora árabe. E então, começa a confusão, com a paranóia da insegurança e toda a problemática que envolve os habitantes daquela faixa de terra. É interessante poder julgar de fora: tanto aqui como lá os problemas são os mesmos-abuso de autoridade, pessoas que não têm nada a ver se metendo na vida privada dos outros, preconceito, mas o legal também é perceber o olhar carinhoso da mulher em relação a outra, mesmo de credos e status diferente. Valeu o filme. Aquele pessoal filma legal e com pouca grana, dá pra ver, e a gente torce.

A ELEGANCIA DO OURIÇO- Muriel Barbery

Tenho privilégio de ser amiga de Sérgio Branco Vieira Junior, que além de ser uma pessoa maravilhosa, é um leitor atento e excelente escritor. Empresta-me livros incríveis. Foi através dele que conheci Bernardo Carvalho, alguns outros tão bons quanto e agora, Muriel Barbery. Confesso que quando comecei a ler o livro estava um pouco descompensada e custei a entrar na trama, mas graças a Deus fui voltando ao normal e pude desfrutar de tão elegante narrativa. O personagem da concierge é fantástico. Portuguesa, caipira, mas com um refinamento intelectual de cair o queixo e que mataria de inveja o presidente Lula, e quiçá o próprio Bush. O encontro dela com o morador japonês muda tudo que vinha acontecendo e eu me vi torcendo por ela e o final me deixou estatelada, foi mesmo de surpreender. O personagem da adolescente é também fascinante. São esses dois personagens que contam a estória do prédio. Comprem o livro, não se arrependerão.

MARCO AURÉLIO

Por muito tempo foi gerente do tráfico na comunidade onde morava. Durão, mantinha todo mundo nos trinques, embaixo da asa. Não matava, tinha horror de droga, mas a grana era boa e ele topava. Era muito respeitado, até que num vacilo a corda arrebentou pro lado mais fraco e foi preso. Ficou pouco tempo na prisão, mas ao sair, não quis o antigo posto. Queria mudar de vida, mesmo que ganhasse salário mínimo. Queria servir de exemplo para o filho, que nascera quando ele estava na prisão e já era um moleque de quatro anos.

Foi num momento de raiva que matou o vizinho. Por pura bobagem. Os dois moleques, o filho dele e do outro disputavam uma bola. O vizinho, querendo agradar ao filho, empurrou o filho do outro e ele caiu ao chão. O ferimento no braço foi coisa-à-toa, mas Marco Aurélio se enfezou, veio com a arma e matou o pai do amigo do filho. Onde já se viu? Empurrar assim, sem mais nem menos o meu moleque? A comunidade entendeu, não tomou partido e velou o morto. Mostrou serviço, o cara é bom. Fazer o quê? Mas voltar pro tráfico não queria não. Ainda mais que Rosilene pintou na jogada. Bem arrumadinha, gostosinha, enfermeira com salário fixo e casinha no alto, foi olhar e se aboletar na casa da mina. Colchão bom, se precisar de consertos domésticos, sei fazer de tudo. E foi fazendo. Nesses noves anos juntos passou por muita coisa. Conseguia trabalho ganhando uma merreca, mas cumpria horário e fazia qualquer coisa. Não assinavam a carteira, sabe como é, presidiário, a gente tem medo, era o que diziam. Mas ele agüentava firme e ia em frente. Era um cara legal, e esforçado, isso todo mundo reconhecia. O ponto alto foi quando teve um caso com a secretária do diretor da empresa onde trabalhava como chefe da limpeza e jardineiro quando o tempo dava. Ele se apaixonou e já se viu morando em Copacabana com a dona. Num por acaso de hora incerta, ele estava ali, disponível, o beijo furtivo gostoso, o volume dele, despudorado nas suas coxas, abraço apertado, resolveu arriscar. De 5 a 10, deu nota 6. O cara metia legal, mas no depois é que a coisa falhou. Não teve tino pra apreciar um bom vinho e não gostou do queijo francês e das torradinhas que ela, elegantemente, colocou sobre a mesa. Estava com fome. Atracou-se num pão com manteiga e na cerveja e lambeu os beiços de tão bom. Ficaram amigos e ele continuou com a enfermeira. O sonho de morar em Copacabana esvaiu-se na espuma da Brahma.

Foi descendo a ladeira que Lineide o viu. E caiu-se de boniteza pro lado dele. Ele fingiu que não viu. Lineide era a mulher do dono do pedaço, o Gordão do tráfico, sujeito enfezado e porco que implicava com todo o mundo e com ele, sobretudo. Não se conformava com o fato dele não ter querido voltar para a vida bandida. Esse cara é mesmo mané, ganha uma miséria e é sustentado pela mulher. Ele sabia desse disse-me-disse mas fazia-se de desentendido. E o Gordo não perdia oportunidade de alfinetar, até que um dia, na festa de aniversário do filho, os dois se cruzaram na varanda da casa. O Gordo foi logo dizendo: que que tu tava falando com a minha mulher? Não ouviu quando ele respondeu: nada- Aliás a resposta não interessava. O que interessava era extravasar a raiva, mostrar macheza. Foi de soco na cara, que logo foi revidado. O Gordo levou a mão ao queixo que já sangrava, e ao bolso, de onde tirou a arma. Mirou a testa do adversário, agora desfecho o tiro e esse filho-da-puta morre. Marco Aurélio, num esforço supremo, teve certeza que foi Deus quem ajudou, conseguiu desviar a arma e foi pra cima do Gordo com tudo: encheu o outro de porrada, cavalgou em cima e só se ouvia o som oco de quem bate para não morrer. Saiu de lá ensangüentado, mancando e conseguiu chegar à casa da irmã, quilômetros longe dali, a pé, porque taxi não conseguiu. A enfermeira, sua mulher, não quis sair do morro. Minha casa é aqui e tenho mãe pra cuidar. Ele não se conformou, afinal foram dez anos, e então, se joga tudo pro alto, assim? Mas armou a vingança. Sou um homem de bem, isso não pode ficar assim.

Planejou a emboscada, tinha vários amigos que lhe auxiliaram, e num sábado de muito sol, muniu-se de uma arma emprestada e ficou à espreita. O Gordo saiu de sua toca, qual lacraia para beijar o sol, e o tiro foi certeiro. Não voltou pra lá, não queria confusão pro seu lado, mas aceitou Lineide do lado direito de sua cama. Mulher trabalhadeira, enfermeira que nem a outra, porque ninguém é de ferro. Enfermeiras cuidam bem da gente, disse pra sua mãe, quando foi visitá-la com a nova mulher a tiracolo.

A AMEAÇA

A calçada, em toda a sua extensão, estava tomada por vendedores ambulantes. Estendiam suas mercadorias em panos estirados sobre o chão ou em encaixes de madeira servindo de apoio. Vendiam biscoitos, balas, bolsas e roupas infantis. Alguns se abrigavam em baixo de barracas de plásticos, imundas. Outros se sentavam ao meio fio ou em bancos improvisados. Pessoas pobres vendendo para pessoas pobres. Se a bexiga apertava, se aliviavam ali mesmo, sem pudor e na frente de quem estivesse passando. De costas, melhor dizendo. Um grupo de pessoas barulhentas atiçou a falsa indiferença dos comerciantes da calçada. Ligados o tempo todo ao menor movimento suspeito, caixas e sacolas antes invisíveis, apareciam como por milagre e mãos treinadas e disciplinadas começavam a colocar a mercadoria exposta para dentro delas, enquanto os olhos se fixavam em algum ponto no horizonte à espreita do surgimento da tropa inimiga: a Guarda Municipal. Segundos tensos custavam a passar, mas ao perceberem que o alvoroço fora causado por estudantes, voltaram a se aquietar. Uma moça parou e comprou biscoitos. As moedas rapidamente deslizaram para o bolso da calça do homem. Numa outra barraca saiu um cachorro quente quentinho com molho para uma boca ávida de poucos dentes. O pipoqueiro, naquele dia, só vendeu um saco de 2 reais. Desistiu e foi para outra esquina. O movimento estava fraco. Forte era o sol que democraticamente banhava rostos e torsos expostos.

quinta-feira, agosto 21, 2008

AS OLIMPÍADAS DE PEQUIM

O presidente Lula sentiu raiva porque a seleção de futebol perdeu para a Argentina. Acha que essa raiva está mal direcionada. Deveria ter ido para o Ministério do Esporte por sua omissão e organização pífia. O Brasil não tem planos para porra nenhuma. Mas se olhasse com carinho para as comunidades carentes veria que lá tem potencial em profusão. Esses pivetes que nos assaltam e saem em desabalada corrida seriam os novos USAIN BOLT e a turma dos tiros e balas perdidas, aí incluo nossos bravos PMs, bem treinados, não errariam mais e o Brasil teria grandes chances de medalhas de ouro nas duas modalidades- corrida e tiro ao alvo, por enquanto modalidades inéditas para os brasileiros. Ah, antes que eu me esqueça, a medalha do Cielo não conta, afinal o rapaz foi treinado nos States, o técnico é americano, a comida e a assistência social também, então fica até feio esse ufanismo todos, e estamos conversado. Que venha o plano 120. Ah e tem mais, Olimpíada no Brasil? Onde vamos alocar nossos bandidos, essa turminha presente em todas as ruas e cantos dessa maviosa cidade maravilhosa, que teima em matar, assaltar e coisa e tal?

segunda-feira, agosto 18, 2008

A ALERJ E SEUS SALÁRIOS ULTRAJANTES

Não engulo saber que deputados estaduais mantenham em seus gabinetes 41 cargos de função gratificada a um custo de R$ 81.700 Já é mais do que hora de acabar com esse abuso grotesco e indecente que viola todas as regras do bom senso. Essa corja pensa que o povo é otário, mas no fundo devemos ser mesmo, porque não fazemos NADA para acabar com essa indecência. O que você faz? Eu, modestamente , escrevo e reclamo muito no jornal O Globo- cartas dos leitores- mas é pouco. Temos que denunciar e colocar a boca no trombone.

A GANG DO ÁLVARO LINS E GAROTINHO

Agora que Lins caiu, porque não vão atrás de Garotinho e cia?
E impressionante como nenhuma voz da gang é ouvida. Escondem-se as águias de ovos podres e cheiro fétido. Mas de qualquer maneira vivas aos delegados ALEXANDRE NETO E MAURÍCIO DEMÉTRIO. Agora é investigar os deputados corruptos e de rabo preso da ALERJ. Mas acho que isso não acontece: quase todos têm rabo preso e o corporativismo lá é grande.

sexta-feira, agosto 08, 2008

O SECRETÁRIO DE FAZENDA DO RIO DE JANEIRO VAI ARROCHAR QUEM ESTÁ ATRASADO COM O IPVA

Nesta república abaixo do Equador a farra do imposto corre solta. O secretário Levy declarou que vai atrás de quem não pagou o IPVA. Pela conta do secretário mais de 40% da frota do Estado está circulando sem ter pago o imposto. É curioso e a matemática é de simples entendimento. Se as pessoas não estão pagando é porque está caro, né não? Por que não revêem este descalabro e diminuem a percentagem do lucro?

quinta-feira, agosto 07, 2008

GUARDA MUNICIPAL

Agora a gente até entende o despreparo dos guardetes. Só com ensino fundamental não dá nem pra abrir a boca, quanto mais para entender o que falamos. Foi o que li no Jornal O Globo. A escolaridade deles é baixíssima e há grande evasão na corporação. Enquanto não se formular planos e salários para guardas e PMs exigindo, mas dando em troca, teremos bandidos em uniformes dessas duas corporações, aliás, como já vem acontecendo.

domingo, agosto 03, 2008

MATEMÁTICA DE FÁCIL ENTENDIMENTO

Se 44% da frota automobilística está com o IPVA de 2007 atrasado, é mais do que hora de se repensar o valor exorbitante cobrado pelo Governo desse Estado. Não sei como, mas precisamos começar a chiar. E bem alto.

VISTORIA DO DETRAN

Depois de os assinantes de O Globo encherem de reclamação a seção de Cartas dos leitores a respeito da impossibiidade de viabilizar a vistoria de seus veículos online, eis a surpresa- consegui marcar a minha para o dia 5. Ato impensável há uma semana atrás. Voilà. Agora, é dose a gente só conseguir fazer as coisas na base da porrada, né não?

quarta-feira, julho 30, 2008

ERA UM VEZ

Era uma vez é um filme imperdível. Fiquei impressionada com a interpretação dos atores e a doação inegável de Tiago Martins ao personagem. Dono de um carisma fantástico, que quando aparecia na telona engolia todos os outros. E ele teve razão de lutar pelo papel no filme: ele é o personagem. E Breno fez bem em ouvi-lo e lhe dar crédito. A estória está bem costurada, é um romeu-e-julieta carioca, brasileirérrimo cujo coração tropical pulsa de acordo com a violência e as injustezas sociais com que estamos vivendo. É de arrepiar sim, ver nosso cancro social exposto dessa maneira. Senti vergonha, torci pelo casal e me horrorizei com algumas atitudes, e me deprimi com o final - será que poderia ser outro? Sei não. Há também delicadeza na abordagem e muito respeito aos atores. A camera filma com amor. Legal. Gostei de ver que nas cenas de sexo, respeitou-se os atores, não precisou mostrá-los nus e os beijos foram delicados, como eram seus personagens.

BERNARDO CARVALHO ATACA NA MONGÓLIA

Li um dia desses na web um artigo de um crítico literário sendo bastante ácido em relação ao Bernardo. O diabo é que não gravei o nome do cara. Deus queira que ele nunca leia nada meu, porque se critica o Bernardo, imagino o que não dirá de mim. MONGÓLIA é outro arraso. Texto altamente instigante que prende desde o início e que tem um desfecho que me nocauteou- jamais pensei que fosse terminar assim. A Mongólia retratada por Bernardo é um país árido, estranho, difícil de entender por quem está deste lado do Atlântico. Fico pensando na pesquisa que ele fez para chegar onde chegou (idem CHICO BUARQUE com o seu fabuloso BUDAPESTE). Não tenho vontade alguma de conhecer a Mongólia, mas uma vontade imensa de me sentar num café com Bernardo Carvalho e perguntar muito sobre esses personagens e de como é o seu processo de escrita.

sexta-feira, julho 11, 2008

ANTES QUE O DIABO SABA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO

Último filme dirigido por Sidney Lumet. Outro filmaço com a participação de Phillip Seymour Hoffman ( que ator!!!!), Ehtan Hawke espetacular) e ainda contando com Albert Finney.Com um time desses o filme não podia dar errado. Dois irmãos decidem roubar a joalheria da própria família. O fato em si inusitado e com tudo para dar certo, dá errado e a história vai tomando proporções gigantescas. O suspense vai crescendo, incomodando e o final é assustador e surpreendente. Phillipe Seynour Hoffman reina soberano.

A BANDA

A BANDA é um filmaço. Co-produção israelense/francesa. Componentes de uma banda egípcia desembarcam em Tel-Aviv e não tem ninguém no aeroporto a esperá-los. Ficam um tempo lá, na expectativa de que algo aconteça, até que decidem ir em frente. Já se dá várias gargalhadas pelo inusitado da situação e pela cara dos atores. Muuuuito engraçado. Por problemas linguísticos vão parar num vilarejo esquecido no mundo, onde as pessoas coçam o saco por não terem nada, absolutamente nada, para fazer. Outras várias situações engraçadas. E assim vai o filme. Modesto, vai mostrando a cultura de outros povos, os atores com caras comuns, sem botox, silicone ou efeitos extraordinários. Gosto de filmes assim. E com um roteiro exemplar.

VIVA AO ABORTO

Num país como o nosso cuja população pobre e miserável cresce indiscriminadamente, ser contra o aborto chega a ser crime contra a humanidade. Nunca houve preocupação em levar até aos menos privilegiados noções de planejamento familiar, educação sexual, saúde e tudo o mais que poderia dar vida mais digna a quem tem tão pouco. Com isso a quantidade de crianças nascidas de mães carentes cresceu quase que o triplo em relação aos filhos da classe média para cima. Com isso aumenta o risco de criminalidade, de abandono e de miséria, desses bebês criados, sabe-se deus como. E aí vem a Solange Amaral com um discurso velho, atacando a Jandira, que nem é a minha candidata, se é que vou ter algum, ao invés de se dedicar a apresentar soluções que melhorem a vida do cidadão dessa cidade combalida, que está ficando feia, feia, feia.

quinta-feira, julho 10, 2008

VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO

E então Governador Cabral, da próxima que pegar o jatinho, dê um pulinho em Israel e traga policiais inteligentes para ajudar no combate ao tráfico do Rio. Como a Colômbia fez. Não se esqueça dos americanos também. De quebra peça ao Guiliani para lhe dar consultoria. Quem sabe se com essa ajuda toda a gente sai dessa merda. Está faltando vontade política inteligência e adestramento adequado. Nossos PMs e Guardas Municipais são de dar medo. Falam mal, têm baixa escolaridade, são gordos e ainda por cima,quase todos, bandidos. Não há cidade que resista.

CORRUPÇÃO 4 RODAS

O jornal O Globo publicou na primeira página fotos de PMs tirando casquinhas dos motoristas em dívidas com a lei. Bem, não basta só punir os policiais. Não acham que os donos dos carros também? Principalmente aquele boa-pinta dono do Audi? Nossa herança de roubalheira, de bandidos, aumenta a cada dia. É inesgotável a capacidade desse povinho.

sexta-feira, junho 27, 2008

SEX AND THE CITY

Não podia deixar de falar no filme. Uma amiga disse que era um filme para mulherzinhas. Fiquei na dúvida se ela estava sendo irônica ou muderna. Não gosto de preconceitos. O legal é a gente estar de peito aberto e tirar proveito do que vem. Em relação ao filme, me diverti bastante. Adorei o vestuário, se bem que nada daquilo eu usaria e duvido muito que se veja amiúde por aí. Ainda mais nos Estados Unidos que a grosso modo, o pessoal anda muito mal vestido. As atrizes são carismáticas e dá pra rir com o roteiro, que é uma bobagem bem escrita. Aliás me vi interagindo com o que se passava na tela- tipo jogo de futebol- e todo mundo dando palpite, muito engraçado. E olha que eu sou do tipo que vejo filme muda. Tá bem, vá lá que de vez em quando sai um comentariozinho. Sai do filme leve e com vontade de sair com aquelas quatro mulheres. Agora, feiozinha a Sarah Jessica Parker- Magrela, a mulher só tem cabelo. Incrível o que faz a magia do cinema.

BERNARDO CARVALHO- O SOL SE PÕE EM SÃO PAULO

Que belo romance. Estilo de mestre. A estória é fantástica, minuciosa com um requinte estilístico que me matou de inveja.
Acho incrível os escritores ambientarem suas estórias em países distantes com maestria e conhecimento de quem sempre lá viveu. Chico Buarque escreveu Budapeste como se tivesse nascido lá. Fico impressionada e curiosíssima para saber como rolou a pesquisa.
O SOL SE PÕE EM SÃO PAULO conta a estória de um triângulo amoroso surpreendente, tendo o Brasil e o Japão como cenário. O tom é cinza, melancólico e a prosa tão bem articulada que não dá nem para parar para ir ao banheiro. Cada capítulo uma nova surpresa, um oh preso na garganta.
Muito bom. Viva Bernardo Carvalho.

segunda-feira, junho 23, 2008

CYD CHARISSE

Morreu a linda Cyd Charisse. Foi-se com ela meus sonhos de virar dançarina em filmes musicais da Metro. Como foi linda a minha infância e adolescências vendo Gene Kelly, Fred Astaire, Leslie Caron e Cyd Charisse dançando e me encantando. Deve ser por isso que adoro atores e atrizes que dançam, cantam e representam. Realmente Cyd tinha as mais belas pernas do cinema. É antologócia a cena de Singing in the Rain onde o chapéu de Gene Kelly se encontra na extremidade de sua perna, no pé mesmo, equilibrando, e a câmera vai subindo, subindo e a imagem dela nos é mostrada por inteiro. É uma cena linda mesmo, um hiato na história. Acho que ela, Gene e Fred hoje devem estar dançando e relembrando os bons tempos. É o que devemos fazer também para não sucumbir as tristezas.
Viva a Cidy Charisse por tão belos momentos.

sábado, junho 21, 2008

NÃO AO CRIVELLA

Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. Foi preciso que jovens fossem brutalmente assassinados para que esse acordo indecente entre governo e um político assistencialista, visando os $ para eleger-se prefeito, viesse à tona. E é patética a atitude do presidente. É um ator de primeiríssima categoria: nunca sabe de nada, nunca viu nada, e ainda vem a público se dizer horrorizado com o que viu.
O ESTADO É LAICO E ASSIM DEVE PERMANECER. NÃO AO CRIVELLA. NÃO E NÃO.

terça-feira, junho 17, 2008

CRIVELLA

Crivella não pode se eleger prefeito, de jeito algum. É crime contra os cariocas. A gente não merece. Foi preciso um morticínio para os do alfalto tomarem conhecimento dessa vergonhosa promiscuidade que envolve o governo e um senador candidato a prefeito. Vamos acabar com isso. Religião e política nunca deu certo. O Estado é laico.
Mas o que me incomoda e MUITO é que pessoas como eu, você e muitos outros como nós não vão votar nesse infeliz, mas os votos dos evangélicos, INFELIZMENTE, podem fazer a dferença.

segunda-feira, junho 16, 2008

A MORTE DE MEU AMIGUINHO JACQUES

Jacques era namorado da Aimée, uma menina adorável que mora no meu prédio. Os dois tinham a mesma idade, estudavam juntos no colégio Ph e conheceram o amor em sua plenitude. Eu adorava os dois: Educados, gentis, tão diferentes do que vejo por aí.
Na sexta-feira passada, Jacques foi atropelado por um caminhão. O motorista passou por cima dele e de sua bicicleta, e fugiu. Ficamos todos em choque. Todos que o conheciam rezavam por ele, e eu achava que ele ia se safar. Não resistiu.
Fiquei com raiva quando me lembrei que há alguns dias atrás, nosso governador, em Paris, braços abertos em cima de uma bicicleta, falava na implantação de um sistema de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro, e de como seria bom essa prática para a Cidade. Esqueceu o deslumbrado governador que essa Cidade é violenta, selvagem e enquanto não se civilizar esse povo não adianta trazer idéias da Europa para os trópicos.
Primeiro há que se civilizar os ciclistas, que nas ciclovias dirigem como loucos, e fora das ciclovias estão sempre na contra-mão, atropelando o pedestre que atravessa a rua desavisado, olhando apenas para um lado. Não obedecem sinauis de trãnsito e circulam pela calçada, em alta velocidade.
Aposto que em Paris, os ciclistas não andam na contra-mão, obedecem os sinais de trânsito, e não andam pelas calçadas.
Depois, há que se civilizar os motoristas: de caminhão, de carros de passeio, de ônibus, enfim essa frota fanstástica que trafega pelas ruas de cidade, que pilota seus bólidos como se estivessem em guerra. O inimigo é sempre o que está na frente, no lado, em qualquer lugar atrapalhando a performance.
E FOI ASSIM QUE JACQUES MORREU.

A CÚPULA DO PT É AUTISTA

Em 2006, Lula, num dos seus rompantes, declarou que a saúde no Brasil era quase de primeiro mundo. E todos gargalhamos, pois sabíamos que pessoas morriam na fila dos SuS e da falência administrativa de todos os hospitais públicos no Brasil. Sem falar nas epidemias de dengue e malária que continuam devastando vidas.
Agora o ministro Haddad, que até é bem bonitinho, afirma que no quesito Educação, estamos no melhor dos mundos. Isso quando a gente sabe que a Educação no Brasil foi reprovada no Ideb.
Fala sério.

MORTE NA PERIMETRAL

Não é a primeira vez que assaltam e matam no acesso a Ponte Rio-Niterói. Que política de segurança incompetente é essa que está cansada de saber do perigo que todos correm e nada faz? E que papo de empurra indecente é esse entre a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar pela responsabilidade da vigilância da Ponte Rio-Niterói? O cidadão quer segurança, obrigação do Estado, não está interessado na disputa de poder entre as polícias. São uns bossais mesmo. Como respeitar sujeitos dessa laia? E também em que está por trás deles.
Enquanto isso, Sérginho Cabral, redondo que nem uma pipa, viaja dessa vez para a Alemanha.

TRAGICOMÉDIA BRASILEIRA

É de estarrecer, mas acabei de ler, o que já sabíamos, os controladores de vôo brasileiros não sabem inglês. Agora, me diz, se não sabem inglês, como dialogam com os pilotos estrangeiros? Quer dizer, não dialogam- Crash, crash, crash.....Como é que a Aeronáutica explica uma desfaçatez dessa natureza? Coloca a vida de todos nós em perigo e se recusa a largar o osso. Esse serviço tinha que ter funcionários civis, ganhando bem, e falando inglês, no mínimo. Espero que o Ministério Público se manifeste e acabe com isso. Você, amigo viajante,se precavenha. Se ainda não aconteceu nada com você, é porque o seu santo de guarda deve ser forte. Saravá.

quinta-feira, junho 12, 2008

A NOVA CPMF

É criminosa a atitutde desse governo de abrir os cofres para agradar aos deputados e fazer passar o novo imposto.

É infantil, descabida e assustadora a atitude do presidente de se sentir magoado pela votação maciça dos paralamentares que votaram contra a manutenção do malfadado imposto no fim-d0-ano passado.
É ridículo os brasileiros, os únicos do mundo, a pagar esse tributo, alé de todos os outros que pagamos.
E todos sabemos muito bem para onde irá esse imposto. Para o mesmo lugar que foi o outro. E haja trabalho para a Polícia Federal.

quarta-feira, junho 11, 2008

O DIREITO DE GREVE

O estado de greve é inerente à democracia. Sou totalmente a favor, desde que não infernize a vida dos outros. As greves no Rio de Janeiro se concentram na Av. Rio Branco ou na Pres. Vargas, atrapalhando o fluxo dos carros e a vida das pessoas. Forma-se um nó dantesco, todos se estressam, chegam tarde nos compromissos, e não há uma autoridade sequer par monitorar o fluxo. A população se vê mais uma vez impedida de exercer o sagrado poder de ir e vir.
Quando vamos aprender a reivindicar com civilidade?

terça-feira, junho 10, 2008

O HOMEM E SEU CARRO

Todos os dias, às 7 horas cravadas, eu dava de cara com ele, passando uma flanelinha no seu carro, lustroso e tão limpo que qualquer pessoa podia nele se mirar, e além da imagem refletida, podia se chegar a ver até o fundo da alma. E ele tirava um pozinho aqui, outro acolá, esperando a filha descer para levá-la ao colégio.

Era um sujeito de meia-idade, altura mediana, claro, de cabelos brancos com um topete rebelde, óculos de hastes negras, uma ligeira barriga impedindo o bom caimento do cinto, e o que me chamava à atenção, era o fato de estar sempre com a mesmíssima roupa, embora limpa e com as calças bem vincadas. Nunca cheguei a ver sua mulher, e vi sua filha apenas uma vez. Era bonitinha a pequena, calma e delicada. Lembro-me que entrou no carro com o maior cuidado para não amassar a saia do colégio.

O carro era luxuoso em contraste visível com o prédio onde morava: um edifício de três andares, sem garagem, modesto para os padrões da rua, ladeada por edificações com playground, piscina, sauna, bosque e garagens de dois andares.

Mudei meus horários e nunca mais vi o vizinho.

Passaram-se alguns anos e ontem, o revi. Passou por mim com uma flanelinha na mão, e eu procurei imediatamente o Vectra de outrora. Dessa vez era um Honda Fit prateado, luzindo de tão limpo, esperando a hora de entrar em ação. Seu dono olhava para ele em franca adoração. Não esperei para ver a menina. Sorri feliz de vê-lo ali. Recebi no coração uma lufada de lembranças de tempos mais felizes.

sábado, junho 07, 2008

O LOBBY DOS SUPERMERCADOS

Quando é para melhorar a vida do povo, o lobby dos poderosos entra em ação, CONTRA, claro, isso é Brasil. Com a restrição de horarío dos caminhões de entrega o trânsito na cidade melhorou consideravelmente. Mas foi por pouco tempo. O lobby poderoso dos supermercados etrou forte e derrubou. É sempre assim, pra melhorar a vida do povo que se foda, primeiro o meu bolso. Eu acho, que já que as autoridades do Rio de Janeiro não conseguem impor a lei, que devia-se acabar com essa farsa de eleição. Que deixem os bandidos, as milícias, esses poderosos que têm bala na agulha governar logo essa cidade.

O QUE É SER UM POLÍTICO NO MEU MODESTO PARECER.

PARA SER POLÍTICO NÃO PRECISA:
  • Ter vergonha na cara
  • Ter dignidade ou ética
  • Falar a verdade

O POLÍTICO rouba muito e legisla em proveito próprio, visando o bolso. Álvaro Lins e Garotinho são os exemplos que vieram à tona. Mas quem não se lembra de Quércia, Maluf, Jader Barbalho, João Alves, Collor, João Alves, e ih, vou parar por aqui, porque essa gente suja a minha página.

SÃO QUASE TODOS UNS ESCROTOS

A CPI DO CARTÃO CORPORATIVO ACABOU EM PIZZA

SEM COMENTÁRIOS.

terça-feira, junho 03, 2008

A CONTA DA LIGHT

Meu Deus, quando li, nem acredtei! A gente paga à Light 46,5% SÓ DE TRIBUTOS. Que coisa imoral!!!!! E estão pensando em aumento, para subsisdiar eletricidades para os de baixa renda. Acho engraçado isso, o pessoal de baixa renda tem gatos e usufruem das mesmas coisas que nós que pagamos impostos. Minha empregada, que mora no Vidigal, tem Net e cogita comprar um aparelho de ar refrigerado. O gato vai ser do Sheraton, com certeza. Por que será que A Inteligência Governamental não diminue o tributo de 46, 5%, não seria mais fácil e mais accessível para todo mundo? Bolas.

segunda-feira, junho 02, 2008

ERA UM ROMÂNTICO INVETERADO

ERA UM ROMÂNTICO INVETERADO

Numa festa, um grupo animado discutia sobre o amor. A aposta era saber quem era mais romântico o homem ou a mulher. Quando ele tentou falar, sua voz era sempre abafada pela das mulheres que tentavam puxar a sardinha para o seu lado.

- Homem não é romântico. Não adianta. É racional, e age com a cabeça no pênis.

- Que é isso? Eu abro a porta do carro para a mulher entrar, levo rosas no primeiro encontro e depois da primeira transa, sempre ligo no dia seguinte.

As mulheres se entreolharam e analisaram o sujeito da cabeça aos pés.

- E ainda tem mais. Gosto de colecionar as calcinhas. Tenho um monte delas. Cada cheiro me lembra uma mulher: todas inesquecíveis.

As mulheres se entreolharam de novo e olharam o homem com olhares cobiçados.

Ele não se alterou. Só não disse que usava as calcinhas. Elas podiam não entender.

METRÔ

Vão abrir uma linha até Ipanema. Vai ser uma loucura. Já imaginaram a multidão que vai se espremer até a Central? Quando chegar em Botafogo estará lotado. Por que será que a inteligência do metrõ não pensa em linhas expressas? Sei que é caro, e nós não temos bala na agulha para melhorar o transporte público. Não adianta querer convencer o povo a deixar o carro em casa, e usar o que está aí. Daqui há pouco o metrô estará inviável, claro, com essa política de ir abrindo estação em cada bairro com apenas uma linha. Viajar pela linha 2 é deprimente- está sempre lotada, e os carros demoram à bessa a chegar. Quando a turma desce pra fazer a conexão para a Linha 1, é tanta gente que dá até medo. Sei que há um projeto para uma linha expressa, justamente pra aliviar o pessoal que vem da zona norte. Deus queira que saia logo do papel.

DANCIN'

DANCIN’

Não dançava há décadas, e o convite veio a calhar. Mas, fantasmas do passado assombraram sua mente.

-Detesto ter que esperar sentada um homem me tirar pra dançar. Já passei da idade, e quando tinha, não gostava.

- Não é nada disso. Os caras vêm incluídos no cardápio- concluiu às gargalhadas, Francisca Regina.

- Como é que é? Perguntou uma incrédula Ruth Maria.

- Simples: é um restaurante novo, chiquérrimo, e que pra atrair as mulheres ricas e sozinhas de Copacabana e adjacências, inventou esse cardápio: bufê com direto a bebida, e os rapazes pra dançarem com a gente. É caro, mas a gente pode.

Foram.

Ruth Maria entrou desconfiada. Olhou pra os lados e só via mulher. Nem um nadinha de homem. A vontade de voltar para casa foi enorme, aliada ao medo de pagar mico. Volteando pelo salão dois instrutores de dança. Homens de meia-idade, simpáticos e sorridentes.

- Será que esses dois vão dar conta desse mulherio todo? - Ruth Maria sussurrou ao ouvido de Francisca Regina.

- Não esquenta que vão chegar mais uns dois.

A princípio, Ruth Maria não olhava para o salão. Posicionou-se meio de costas, para evitar qualquer convite que a fizesse levantar para dançar. Mas, ao cabo de alguns minutos, não resistiu e olhou para frente com olhar pidão. O convite veio logo.

Levantou-se feliz, embora com medo de não acertar os pés e pisar o parceiro.

O corpo estava duro e nada dos pés deslizarem. Esforçou-se. E foi se esforçando. Os pés começaram a obedecer e o corpo foi ficando levinho. Quando terminou a música, não largava do instrutor. E ele, cavalheiro, lhe beijava a mão, sinal de que a vez dela terminava ali.

A chegada dele causou frisson. Alto, louro, cabelos rebeldes domados por um rabo-de-cavalo, fiapos de bigode no rosto jovem e bronzeado, e um vestígio de cavanhaque, que lhe davam um charme todo especial. Ruth Maria suspirou fundo, e teve raiva de não ser mais tão jovem assim. Em priscas eras, ele já estaria no papo.

Dançar com o anjo louro foi muito especial. Captou todos os cheiros que vinham do corpo do rapaz. Cheiro de banho recente, embora a camisa exalasse um pouquinho de suor.

- Bem que ele podia ter borrifado um pouquinho de perfume. Disfarçava esse cheirinho, um tiquinho incômodo. Nada é perfeito, tenho que me conformar, pensou sorrindo, embalada nos braços fortes do dançarino.

Foi nuns passos arretados de forró, que a química entre eles, subitamente, aconteceu. Os corpos se colaram de tal forma que ao deslizarem num volteio e pararem num breque, se pegaram de rosto colado e respirando no mesmo ritmo, profundamente concentrados no movimento. Ele segurou-a pela cintura, bem firme, e ela espalmou a mão nas costas dele, com determinação. Os corpos se colaram ainda mais forte, e agora eram dois em um. Tocados pela magia, continuaram a dançar, ele de olhos fechados e ela de olhos bem abertos, tentando se convencer que era verdade tudo o que sentia.

Quando voltou à mesa, perguntou para Francisca Regina.

- Será que esses caras também estão a fim de um sexo depois da dança?

- Olha, eu acho que rola. Vou assuntar.

E voltou, assentindo com os polegares para cima.

A troca de cartões foi discreta. Decidiram que o encontro seria na casa dela.

Quando a campainha tocou, Ruth Maria sentiu a premente vontade de ir ao banheiro. Era sempre assim quando estava nervosa, ou ansiosa. Mandou a empregada abrir a porta e servir um conhaque ao visitante, na sala. Ela não ia se demorar.

Voltou, pé ante pé, e olhou para ele, meio escondida, encostada a parede do corredor.

- Eu mereço, eu mereço, apesar da pouca idade desse desgraçado. Vai ver é mais novo que meu filho João.

Ruth se serviu de um conhaque, colocou um cedê de pagode, comprado para a ocasião, e os dois começaram a dançar. Os corpos, já íntimos, se encaixaram direitinho. Ela se deixava levar.

Já na cama, exigiu.

- Vou te colocar uma venda nos olhos. Gosto de sexo sadô. Você topa?

- Com você, topo tudo.

Ruth Maria prendeu os braços e pernas de Gustavo nas bordas da cama, e colocou uma venda nos seus olhos. Sentiu-se melhor assim. Inventou o sexo sadô por que sentia vergonha de expor seu corpo vivido perante a juventude avassaladora de seu parceiro.

Ela foi explorando o corpo do rapaz com ternura e sabedoria. Os beijos nos lugares certos, a mão massageando partes mais sensíveis, os beijos de língua, provocando o prazer. Na mesinha de cabeceira, o lubrificante vaginal para ser usado na hora certa. Num determinado momento, ela o desamarrou, mas pediu que ele continuasse com a venda. Com o homem em cima de seu corpo, se remexendo com vigor, Ruth Maria não pode deixar de sorrir e de se sentir vitoriosa.

- E eu que pensei que a minha vida sexual já tivesse encerrado, pensava. Nunca é tarde.

E celebrou com vontade, deixando-se levar, como na dança.

Na semana seguinte foi ao restaurante. Sozinha, sem Francisca Regina. Quando chegou, Gustavo já estava lá. Ele acenou, sorridente, e ela retribuiu.

Ao dançarem, ela sugeriu.

- E então, vamos nos ver novamente?

Ela sorriu, e encostou o rosto suavemente no dele, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. De felicidade.