sábado, abril 28, 2007
O PRESIDENTE LULA E A EDUCAÇÃO
segunda-feira, abril 23, 2007
EQUADOR- Miguel Sousa Tavares
E é seu livro de estréia. Imaginem o que poderá vir depois. Que venham.
sábado, abril 21, 2007
VENDE-SE
Olhou o apartamento pela última vez. Despediu-se dele como um velho amigo. Afinal vinte anos não são vinte dias.
FUZUÊ NA PRAIA DE BOTAFOGO
O GINECOLOGISTA
Sempre foi desprezível, mas de inteligência brilhante. Nunca fez amigos na escola ou em qualquer lugar que freqüentasse. Acnéico tinha dificuldade de arranjar namorada. Seu rosto era constituído de pequenas crateras por onde o pus corria livremente. Mas vingava-se sendo o primeiro da classe e o único que sabia tudo na ponta da língua. Esnobava os outros com sua sabedoria e proclamava aos quatro ventos:
- Ainda hei de ter as mulheres mais lindas de pernas abertas para mim.
Estudou medicina e bacharelou-se em obstetrícia. Em cinco anos fez mestrado e doutorado e logo a sua fama de excelente médico espalhou-se pela cidade. Sua clientela era rica e bonita. Deu-se ao luxo de não atender convênios e cobrava salgado por uma consulta.
Saboreava com indizível prazer o exame ginecológico. Ficava tenso, excitado, mas nunca deixava transparecer. Era minucioso no exame de toque mamário e genital e prolongava o máximo que podia esses minutos com suas pacientes cheirosas e limpas. Findo o exame ia para o banheiro se masturbar.
Raimunda, sua assistente, moça pobre da Baixada, tinha fascinação pelo seu chefe. Era Deus no céu e dr. Ornellas na terra. Esperta, a moça logo percebeu o comportamento bizarro do médico, como também percebeu os olhares que o médico dava para o seu corpo rijo de formas acentuadas. Começou a estudar um plano para seduzi-lo.
Depois da consulta de Gisela Ambrósio, uma das clientes mais lindas do médico e com a qual ele ficava muito tempo explorando as curvas dos seios e as reentrâncias do útero, Raimunda sabia que assim que a cliente se levantasse para trocar-se, ele iria correndo para o banheiro pronto para explodir fragmentos de sêmen. E pensou.
- É agora ou nunca.
Fechou a porta atrás de si, tirou a calcinha e se encaminhou para o banheiro do médico. Pousou a mão na maçaneta para abri-la, mas desistiu. O médico abriu a porta e viu a cena inusitada.
- Que é isso Raimunda? O que você está fazendo aqui, parada?
Ela abaixou a cabeça, totalmente sem graça. Ele olhou a calcinha na mão dela.
- Se você está com algum problema, posso te examinar no final do expediente.
Ele pediu que ela deitasse na cama. Examinou-a diligentemente, igualzinho como fazia com as outras pacientes. Os dedos macios do médico causavam frisson na paciente. Ela extasiava. O olhar pidão o instigava, e ele se esmerava. Findo o exame, ele se trancou no banheiro. Ela o esperou. Ele saiu, deu-lhe boa-noite e ela apagou as luzes.
quarta-feira, abril 18, 2007
RIO DE JANEIRO X VIRGINIA TECH
DENÚNCIA: A POLÍTICA SOCIAL DE SÉRGIO CABRAL
quarta-feira, abril 11, 2007
ABORTO
MAIOR ABANDONADO
Negro
negrinho
de olhos mansos
e focinho tranqüilo
chamei-o Rex
na rua
às tontas
olhava para os lados
foi salvo
Amém!
acuado
sente medo
rosna e arranha
talvez por abandono
saudade
quem sabe?
mas no aconchego da minha casa
virou rei
salve meu Rex!
dono de porte soberano
assunta tudo com fidalguia distância
mas respeita a pequena
Manon Lescot
rainha primeira da casa
mas já se entendem
serão amigos
o rei a rainha
ela lá
e ele cá
segunda-feira, abril 09, 2007
VAN GOGH
domingo, abril 08, 2007
MARIA ANTONIETA DA SOFIA COPPOLA
NOVA MANIA DO CARIOCA
Ó PAÍ, Ó
terça-feira, abril 03, 2007
ATO FALHO
Para meu amigo Sérgio Branco que me deu o conto pronto.
Todos naquela família já consideravam seu Inácio parte dos móveis e utensílios da casa. O velho aos 95 anos era agarrado à vida que dava até dó. Chato e teimoso que nem uma mula, ninguém dizia, mas concordavam silenciosamente que quando ele se fosse saudade não ia deixar.
Sua hora chegou num dia de temporal. O velho começou a passar mal depois da sopa e com dificuldades para respirar, foi desfalecendo. Todos acorreram, mas com a cidade inundada, não conseguiram ambulância e nem táxi. Seu Inácio expirou enquanto a família tomava café e pensava em como resolver o problema do atestado de óbito e da funerária.
Uma semana depois aparecia na porta do elevador onde morava o seguinte anúncio.
“Missa em Ação de Graças pela alma de Inácio, morador do 302”.
Foi Paulinho, o filho de dona Iracema que ao ler o anúncio falou para a mãe.
- Olha só mãe, eu não te disse? A família deu graças a Deus que o seu Inácio morreu. Até Missa em Ação de Graças estão mandando celebrar.
No dia seguinte, a zelosa família corrigiu o erro com caneta vermelha. Em cima de Missão em Ação de Graças, Missa de Sétimo Dia.