domingo, maio 21, 2017

A RECEITA FEDERAL SÓ PEGA OS PEQUENOS

As recentes delações premiadas do Joesley Batista escancaram para o país e quiçá para o mundo a maneira perversa e corrompida de como se faz política no Brasil. Os brasileiros já assistem a algum tempo a todos os tipos de delações e a cada uma  nova a nação reage atônita e perplexa, como se estivesse assistindo a um filme de horror com segredos sujos revelados a cada instante.
Este grupo JBS é bilionário e é gerido por um homem que usa fala de roceiro, mas cuja inteligência deve ser brilhante, porque roubou muito e muito bem, ajudado por ex presidentes e bancos públicos. 
Este homem, Joesley Batista fez uma delação extraordinária e por isso se safou da tornozeleira eletrônica e pagou multa ínfima e hoje está nos Estados Unidos usufruindo sua fortuna. Todavia o fato estapafúrdio caiu nas redes sociais e os brasileiros reagiram de todas as maneiras, e talvez por causa disso o MPF mudou a multa de 1 bilhão para 11 bilhões, valor esse que foi ganho pelo grupo devido as especulações da bolsa e informe privilegiado. Os desgraçados lucraram enquanto o país numa crise dos infernos assiste de camarote, esperando que a JUSTIÇA realmente faça justiça. É o pior dos momentos, e nem vou falar na crise institucional que pode vir a acontecer caso Michel Temer seja impedido de governar. Estamos pagando preço alto demais.
Mas a razão deste desabafo é simples e até pungente, COMO É QUE A RECEITA FEDERAL NUNCA INVESTIGOU ESSA DINHEIRAMA QUE SAÍA DE LÁ PRA CÁ? POR QUE A RECEITA FEDERAL SÓ PEGA OS ASSALARIADOS QUE PAGAM UMA FORTUNA DE IMPOSTO DE RENDA POR CONTA DE TABELAS DEFASADAS QUE OS GOVERNOS DESSES ÚLTIMOS 14 ANOS NUNCA TENTARAM ATUALIZAR? E ESSE MINISTRO, O MEIRELLES DESCARTOU MEXER NA TABELA, ENTÃO SEREMOS FERRADOS MAIS UM, DOIS ANOS, PORQUE SEGUNDO O MINISTRO, O GOVERNO NÃO PODE ABRIR MÃO DESTA ARRECADAÇÃO. MAS NÓS PODEMOS SER FERRADOS. Como se os brasileiros já não fossem roubados em cada item que compramos, pois os impostos são exorbitantes.
VERGONHA

sexta-feira, maio 19, 2017

DESTA VEZ O BRASIL ATOLOU DE VEZ

Que país é esse? Que tipo de político é esse que o povo elege? Somos um povo responsável que sabe em quem vota, ou ainda ganha o voto de cabresto? Será que somos tão irresponsáveis e alienados que contribuímos para que este país se mostre desta maneira?
 NA SUA MAIORIA, os políticos brasileiros, representantes do povo, são corruptos, levianos, cafajestes, roubam e aceitam propinas descaradamente, e esquecem que se estão no Parlamento é para lutar pelo país, mas não, a meta é enriquecer e segurar como podem a carreira para se aposentarem com salários integrais após 8 anos der mandato.
 É inacreditável que os Ministérios fiquem à mercê de indicações de parlamentares, como se fossem bolsões de mercadoria, onde é visível o interesse corporativo ao invés do desenvolvimento do país. É horrorizante ver os três últimos presidentes da República envoltos em crimes de corrupção e obstrução de justiça. É de arrepiar  comportamento dos Parlamentares no Congresso, as vezes em que assisti fiquei horrorizada com o que ouvi. um verdadeiro circo dos horrores.
 Qual o país que teve o Presidente da Câmara e do Senado com uma série de processos nas costas. Um está preso, e o outro... se safou. Triste, e de se lamentar.
 Paulo Maluf, de 85 anos com provas irrefutáveis contra ele, jamais foi preso, enfim, este é o retrato desses políticos eleitos pelos brasileiros. Agora, a outra pergunta, somos tão pouco capazes de eleger gente legal, ou não estamos nem aí para as eleições? Votar em qualquer um, votar em quem vai dar uma casa, uma bolsa família, bolsa presidiário, é suficiente?
Qual o país que tem uma empresa- Odebrecht - uma empreiteira camuflada de "partido politico"?
Qual o pais que tem um casal de marqueteiros que vendem uma imagem de governança para um povo otário, que acredita e vota na ilusão?
Qual o país que tem um ex governador que rouba 240 milhões e a Receita Federal não investiga e vai atrás?
Qual o país onde bilhões foram roubados e a Receita Federal não sabe, não viu e não vê? A Receita Federal só pega os pequenos e tinha que ser investigada. 
Qual o país onde uma estatal que enchia de orgulho os brasileiros foi gerida por um bando de sindicalistas, sem preparo e com um poder político atrás que a levou para o fundo do poço.
Qual o país que tem um Supremo Tribunal Federal que não nos enche de orgulho? Por que será?
Ao menos a Polícia Federal cumpre bem o seu papel.
A república de Curitiba sofre ataques da esquerda que divulgam que o juiz Sérgio Moro é treinado pela CIA para acabar com Lula.Só o tempo dirá.
Qual o país que tem governador, presidente da Câmara, deputados, presidente de empreiteira, empresário e vários funcionários de alto escalão, presos?
Qual o país que tem um empresário de porte como Joesley Batista dizendo como é difícil fazer negócios no Brasil, e por isso se muda para os Estados Unidos, depois de ter enriquecido horrores aqui e pagar multa altíssima.
O BRASIL naturalmente.

terça-feira, maio 16, 2017

SALVADOR, UMA CIDADE LINDA, MAS....

Minha paixão pela Bahia começou com a música Na Baixa do Sapateiro de Ary Barroso. Apaixonada pela melodia, a canção sempre me emocionou. Depois vieram os livros de Jorge Amado, que me cativaram e fizeram de mim uma fã ardorosa do escritor. Depois vieram os Baianos, Caetano, Gal, Bethânia e Gil. E ainda tinha as cocadas, o vatapá, Dorival Caymmi e João Gilberto. 
Fiz duas viagens à Bahia, uma para Porto Seguro e Arraial da Ajuda quando esses lugares ainda eram pouco povoados. Impressionou-me a cor da água (no Rio tudo era poluído), o clima gostoso, e a comida deliciosa- não a que vendiam nas barracas da praia, que inclusive me deixaram doente por conta da falta de higiene, mas a dos restaurantes. A segunda vez, passei alguns dias em Salvador e depois fui para o Morro de São Paulo e Boipeba. Caí de quatro, esplendorosas. Caminhava muito, tirava o biquini dentro d'água e nadava nua, em água morna. INESQUECÍVEL, não conheço o Caribe, mas o potencial dessas praias se estivesse em mãos certas seria um baú de dinheiro para o turismo. O problema crucial nesta terra é a falta de estrutura para atrair o turista rico como por exemplo nas ilhas Gregas. E sei o que estou dizendo porque conheci Creta e Santorini, e as praias de Santa Catarina e as do Nordeste não ficam nada a dever àquelas.
Agora Salvador. Adoro a cidade, suas avenidas limpas e largas, uma brisa sempre a levantar a roupa, mas estranho qualquer calor hoje em dia porque moro na Serra Fluminense, cujo clima não tem igual.O impacto da cidade é grande, parece que em Salvador o Brasil é mais Brasil. Aquela negritude linda, o sotaque do povo, a malemolência do andar, a comida maravilhosa, sou apaixonada mesmo, e acho que ao invés de ter me criado no Rio, deveria ter vivido lá. Falaram muito da violência, dos assaltos em ônibus, nos ataques a turista, principalmente nos pontos turísticos e fiquei triste, mesmo sabendo que a violência extraordinária das cidades brasileiras é uma constante há décadas. Décadas, e e nada se faz para coibir isso. Soube que os turistas estrangeiros andam escasseando por lá, e aqui também, pudera, morrer no Brasil por conta de celular ou de uns poucos dólares, ninguém merece. Que fiquem fora deste país, até melhorar, é o meu conselho.
Mas, mesmo assim,  o fato de ter ficado hospedada na Barra, ter revisto minha querida amiga Symona Gropper, razão da minha ida à Salvador - queria lhe dar um abraço pela publicação de seu livro- A menina que era vento,  e Stella Ferraz, sobrinha de outra amiga querida, já valeram a viagem. Nadei na praia, conversei com todo mundo naquele pequeno pedaço, Symona me levou para passear, vi onde morava Ivete Sangalo e Duda Mendonça, Carlinhos Brown e visitei a casa de Jorge Amado no Rio Vermelho. Com a alma em festa passei pelo terreno do Gantois e pela casa de irmã Dulce. Comi bem, me delicieis com cocadas, respirei fundo o ar da Bahia, e o gosto do sal nos meus lábios nos três dias que passei lá.
Não gostei dos vendilhões do templo, aquela cambada nojenta de ambulantes que ficam nos pontos turísticos querendo lhe vender bijuterias pobres e horrorosas. ME LEMBROU A ÍNDIA. Ninguém merece. Fora isso, Viva Salvador, Axé Bahia de Todos os Santos, aliás que baía mais linda. 
Acabei de me dar conta do contra senso. No Rio de Janeiro temos um Cristo Redentor de braços abertos, numa cidade que se mata horrores todos os dias, e em Salvador, a bela baía é a de Todos os Santos, cidade também muito violenta. Jesus e os Santos não dão mais conta do Brasil, estamos mal.

A descida da Serra às 6 horas da manhã

Fui à Salvador na semana passada e meu voo saía às 9:30 precisando estar no aeroporto do Galeão às 7:30. De Petrópolis até o aeroporto uns cinquenta minutos, no máximo. Descida da Serra sem problemas, o trânsito empacou na rodovia Washington Luis. Impressionava a quantidade absurda de caminhões, que claro atravancavam o fluxo dos carros. Entendo que moro num país violento cujos roubos de carga ultrapassam o limite do tolerável, mas é espantoso que as autoridades deste Estado não tomem nenhuma providência inteligente para melhorar o fluxo dos veículos. Se rouba-se neste país, neste Estado que se providencie comboios militares para coibir. Mas, não, sem medidas concretas e inteligentes fica o povo à mercê de assaltos que podem acontecer caso os bandidos resolvam agir ao raiar do dia para garantir o pão com manteiga do café da manhã.  Se isso se tornar realidade, estaremos todos fodidos, mais do que já estamos. Desculpe, mas não há outra expressão. 

sexta-feira, maio 05, 2017

A COISA ANDA BRABA PELA SERRA FLUMINENSE- DISTRITOS DE PETRÓPOLIS

A Serra é um lugar muito gostoso, a começar pelo clima, sem o estresse da vida nos centros urbanos. Vim parar aqui por não aguentar mais a violência no Rio, o calor saárico e a mobilização urbana totalmente saturada.  Morava na zona sul com as facilidade de acesso à praia, à vários cinemas, a cafés descolados, teatros, etc. e tal. Para tudo havia fila, até na farmácia. A ponto de estourar decidi fazer as malas e me mudar de vez para Petrópolis, A ojeriza a cidade em que me criei é tamanha que nem morta quero voltar para lá.
Escolhi Itaipava e nesses 6 anos em que estou aqui vejo a deterioração urbana desse lugar que teria tudo para se maravilhoso, e não é, igualzinho ao Rio que de Maravilhoso não tem mais.
Para se chegar à Petrópolis tem que se passar pela Avenida Brasil, Baixada Fluminense com todas aquelas favelas, violência explícita, trânsito pesado. Para se ir ao Rio demora-se horas intermináveis passadas dentro de um carro rezando para que não haja arrastões. Como uma vez, em que havendo uma troca de tiros na favela da Maré, fiquei incontáveis minutos dentro do táxi, contando as horas para sair dali e chegar a tempo de pegar o avião. Isso não é possível. O problema de sempre.
Chega-se a Petrópolis e se encontra o mesmo problema na Estrada União e Indústria se o caminho for para Corrêas, Nogueira, Itaipava. Ida e volta. As retenções no trânsito são assustadoras para distritos tão pequenos. Todo mundo tem carro, poucos dirigem com habilitação e seguro de carro, nem pensar. A patuleia não faz, porque não tem como pagar. Esqueceram de avisar ao povo que manter um carro é caro neste país, mesmo que ele compre um movido a gás, os impostos são altos. E pouco são os que pagam.
Itaipava é uma tripa de menos de 2 km, congestionada o tempo todo por ser uma Estrada de duas vias, uma para ir e outra para voltar, muitas lombadas e um povo mal educado que não atravessa na faixa de pedestre e sim em qualquer lugar. E paramos para lhes dar vez, não é assim que age uma pessoa civilizada...atrás de um volante? Os carros que querem entrar à esquerda, colocam a seta, esperam o carro do outro lado lhes dar passagem, e de novo para o trânsito até que o sujeito consiga o seu intento. E a recíproca é verdadeira. Então, o trânsito não anda numa quilometragem pequena. Desesperante, porque é toda a hora, todo o momento, todos os dias.
A prefeitura é totalmente omissa, não trabalha as estradas vicinais, não estabelece um programa de trânsito zero na Estrada União e Indústria que cobre o centro de Itaipava, onde se situam os restaurantes e shoppings, mas o que faz? Estabelece ESTACIONAMENTOS PAGOS no fim de semana, pra arrecadar algum, afinal a vida está difícil pra todo o mundo. De novo, pagando tributos e não tendo nada em troca. Sábados e domingos aqui em ITAIPAVA é um inferno. 
O Parque Municipal, local de lazer, está totalmente abandonado, foi arrendado por uma empresa que instalou um parque de diversões com barraquinhas de comida e artesanato pobre. É lamentável, porque também é nesse parque que rola um festival de música de pouca qualidade que reúne a juventude sem muita opção da região. E ali rola de tudo, bebida, droga e roubo de celulares, porque a turma desvalida adora roubar celular e bicicleta. Já os ricos, os poderosos roubam o Brasil e consequentemente a nós também, a turma que não rouba celular nem bicicleta,e paga tributos pra viver neste país, sem nada em troca.
Ao invés de estimular o esporte dentro do parque, vôlei, basquete ou mesmo futebol, a prefeitura prevalece esse tipo de música ruim, e um parque de diversões deletério. Exposição de animais, cães, cavalos não têm mais, como eu disse prevalece uma política cultural (???)) ruim de poucos efeitos sociais.
A prefeitura de Petrópolis é realmente inoperante, entra prefeito sai prefeito é tudo a mesma coisa. Extraordinário se ver repetir o mesmo tipo de procedimento. Como vivo aqui sou testemunha ocular do que digo.
A prefeitura gosta é de conceder o habite-se. Impressiona a quantidade de prédios novos em Itaipava, lembrando que não há escoamento de trânsito, tudo imprensado mesmo na tal Estrada União e Indústria. Muita gente vindo morar aqui por não aguentar mais a violência nos bairros onde moram, e os petropolitanos assustados com esse fluxo de pessoas. Roubos começam a acontecer nos bancos, por enquanto não assaltam pessoas durante o dia como no Rio de Janeiro, e todos aqui olham seus smartphones de 5 em cinco minutos, sem a paranoia carioca.
Se um sujeito passar mal e precisar de atendimento médico numa hora de rush morre antes de ser atendido, porque é praticamente impossível chegar ao Bingen pelas vias naturais de acesso, como disse todas congestionadas;
Não vejo ninguém se mexer, ninguém reclamando pra valer, é tudo à boca pequena, por isso sempre escrevo, quem sabe lendo as pessoas reflitam e tentam mudar.
E assim vamos levando, morando num país, estado, cidade e municípios todos impotentes em dar um vida segura e legal para seus habitantes. E nós continuando a pagar alto. XÔ.