sábado, fevereiro 17, 2018

INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO

A situação de perigo e de insolvência administrativa que impera no Rio de Janeiro não é de hoje. Tenho tempo suficiente de vida para me lembrar que o Rio deixou de ser um lugar aprazível e legal desde 1980, quando os pivetes começaram a roubar cordões de ouro e anéis das mulheres que caminhavam nas orlas da cidade. Perceberam que era muito fácil e que a retenção era temporária e que valia mesmo a pena roubar. Depois, foram as drogas que entraram com força, o consumo dos cariocas compensou o comércio e daí para cá, somos todos testemunhas que o negócio valeu a pena. O detetive Hélio Luz, ex-chefe da Polícia Civil, entre 1995, 1997, alertou (naquela época) sobre o perigo do aumento do consumo, inclusive prevendo que o dia em que a favela descesse para o asfalto, os cariocas teriam a dimensão do horror. Bem, é o que está acontecendo, e foi previsto há pelo menos 20 anos. 
Na sequência administrativa, tivemos, na governança Brizola, Moreira Franco, Marcelo Alencar, o clã Matheus de Oliveira, Benedita da Silva, Cabral e Pezão. E Nilo Batista, entre Brizola e Marcelo Alencar. O que fizeram pelo povo? Diminuíram as diferenças sociais? Não. Investiram na qualidade das escolas públicas? Não. Inauguraram clínicas de saúde nas comunidades? Não. Trabalharam na infraestrutura das favelas? Não. Pensaram em melhorias urbanísticas nas comunidades? Não. Então, fica muito fácil seguir o meu pensamento. A turma bronzeada das favelas, meninos que são criados como ratos em bueiros, mostra a cara assustadora de uma periferia a que tudo é negado, absolutamente tudo, e a revolta vai para o asfalto. Que se dane a mulher falando ao celular, quero o celular dela - assaltam e aproveitam para roubar dinheiro e relógio. Não importa se o cidadão mora no Leblon ou na Baixada. Param carros e matam por prazer quem está dentro. A vida para eles não tem nenhum valor, portanto tirar a vida dos outros não lhe custa nada, é só apertar o gatilho. E se deram conta que o poder público não conseguia competir com eles, como era fácil matar e roubar. E os traficantes tornaram-se os chefes, o poder público das favelas, onde o governo estabelecido não entra.
Os policiais são despreparados para essa luta, e muitos moram nas áreas dominadas por bandidos. Com certeza, uma situação esdrúxula, muitos atuam nos dois lados e evidentemente rola muita grana por baixo dos panos.
Outra grande mazela é a turma miliciana, essa sim infestando os partidos políticos, policiais que se bandearam para o crime e donos de uma rede de "benefícios" oferecidos à comunidade, benefícios roubados do cidadão que paga às concessionárias - tudo "gato". As concessionárias sabem, amargam prejuízo, mas o custo alto fica para o cidadão que cobre as "perda$", mensalmente. O governo não se mete e foi se levando, levando, até que ficou mesmo insuportável neste ano que inicia - 2018.
A administração do Rio mostra-se incapaz, omissa. O Rio vem caindo no buraco há pelo menos 5 anos e é notável a incapacidade de Pezão, homem limitado, fala um português miserável, de segurar o barco. Aliado à violência extraordinária e a incapacidade administrativa era evidente que esse conjunto de fatos iria transbordar a caldeira. A caldeira vinha enchendo, enchendo, e nada era feito. Nem pensaram em diminuir o fogo ou tirar a água excedente. 
Assustador é o silêncio da ALERJ, os deputados estaduais mudos, não li uma declaração deles na imprensa, nada, e vereadores idem.  Fato espantoso, não acham?
Já no âmbito municipal, esse Crivella, sujeito religioso xiita de uma seita homofóbica e preconceituosa (como pôde ser eleito para o Rio de Janeiro?), mente para o cidadão (logo ele, bispo, a não ser que mentira seja permitida na igreja universal), sai da cidade e vai para o exterior, dizendo que ia tirar uma folguinha. Como folguinha? Carnaval é período de trabalho, tanto para o prefeito, como para o governador. Estabeleceu-se um vácuo de poder neste Carnaval, e os bandidos, muito mais antenados que as "otoridades", deram o troco. Numa linguagem vulgar, mandaram bem. Tão bem que o resultado todos leram nos jornais. 
No âmbito estadual, PEZÃO descansava em Piraí, a 80 km do Rio. Tudo errado, o poder constituído do Rio foram do eixo da cidade. 
É verdade que o Carnaval tem que ser repensado, mas não sei por quem. Estão repensando já pelo menos alguns anos e não chegam a nenhuma conclusão. Não dá para ter não sei quantos blocos infestando toda a cidade, o cidadão não conseguir ir à praia ou sair de casa, enquanto a folia toma conta da cidade. Que vão para o centro da cidade ou qualquer outro lugar, sem invadir o direito  do outro de querer sair de casa e não poder.
As Escolas de Samba com patrocínio estadual cortado resolveram ir para a oposição. Fizeram bonito para a patuleia, que embevecida até chorou. Mas, não esqueçamos que os donos das Escolas são BANDIDOS, bandidos minha gente, uma turma que mata sem piedade e tem um império bastante impróprio, para ficar na elegância. E então, é tudo muito hipócrita, pelo menos é o que eu penso.
A situação econômica no Estado é cruel, o governo não acertou ainda os salários dos barnabés do Executivo, mas liberou uma verba de muitos milhões a mais para os blocos. Só para lembrar, os blocos antes pediam ajuda financeira apenas para os músicos, hoje, segundo amiga que trabalha na secretaria de cultura, a lista dos que querem receber vai de músicos, a produtor, figurinista, e alguns outros itens, configurando espetáculo teatral, ao invés de blocos. Percebeu? Tão bom dinheiro público, não é mesmo, afinal é Carnaval e  a turma precisa se divertir, roubar celulares, quem sabe alguns dólares, é tanta gente, ninguém vai perceber, e nós ficamos com o salário atrasado. Bonito, não é mesmo? Então, não deu mais, e veio a Intervenção Militar.  Só que o país inteiro está mal, a bandidagem se espalhou, e se outros estados também pedirem intervenção? Os estados do Nordeste, por exemplo, verdadeiros barris de pólvora?
Bem, a verdade é que temos políticos incapazes, gente burra mesmo até a medula, que entram para a política para enriquecerem. O Estado do Rio de Janeiro mostra ao mundo a burrice e a incapacidade de seu governante e secretariado e quem dá uma lição de estratégia, inteligência é a turma bronzeada das favelas cariocas que com fuzis nas mãos, sem nenhum apreço à sua vida e a dos outros, venceram esses homens engravatados que infestam o Parlamento e as cortes estaduais.