sexta-feira, junho 27, 2008

SEX AND THE CITY

Não podia deixar de falar no filme. Uma amiga disse que era um filme para mulherzinhas. Fiquei na dúvida se ela estava sendo irônica ou muderna. Não gosto de preconceitos. O legal é a gente estar de peito aberto e tirar proveito do que vem. Em relação ao filme, me diverti bastante. Adorei o vestuário, se bem que nada daquilo eu usaria e duvido muito que se veja amiúde por aí. Ainda mais nos Estados Unidos que a grosso modo, o pessoal anda muito mal vestido. As atrizes são carismáticas e dá pra rir com o roteiro, que é uma bobagem bem escrita. Aliás me vi interagindo com o que se passava na tela- tipo jogo de futebol- e todo mundo dando palpite, muito engraçado. E olha que eu sou do tipo que vejo filme muda. Tá bem, vá lá que de vez em quando sai um comentariozinho. Sai do filme leve e com vontade de sair com aquelas quatro mulheres. Agora, feiozinha a Sarah Jessica Parker- Magrela, a mulher só tem cabelo. Incrível o que faz a magia do cinema.

BERNARDO CARVALHO- O SOL SE PÕE EM SÃO PAULO

Que belo romance. Estilo de mestre. A estória é fantástica, minuciosa com um requinte estilístico que me matou de inveja.
Acho incrível os escritores ambientarem suas estórias em países distantes com maestria e conhecimento de quem sempre lá viveu. Chico Buarque escreveu Budapeste como se tivesse nascido lá. Fico impressionada e curiosíssima para saber como rolou a pesquisa.
O SOL SE PÕE EM SÃO PAULO conta a estória de um triângulo amoroso surpreendente, tendo o Brasil e o Japão como cenário. O tom é cinza, melancólico e a prosa tão bem articulada que não dá nem para parar para ir ao banheiro. Cada capítulo uma nova surpresa, um oh preso na garganta.
Muito bom. Viva Bernardo Carvalho.

segunda-feira, junho 23, 2008

CYD CHARISSE

Morreu a linda Cyd Charisse. Foi-se com ela meus sonhos de virar dançarina em filmes musicais da Metro. Como foi linda a minha infância e adolescências vendo Gene Kelly, Fred Astaire, Leslie Caron e Cyd Charisse dançando e me encantando. Deve ser por isso que adoro atores e atrizes que dançam, cantam e representam. Realmente Cyd tinha as mais belas pernas do cinema. É antologócia a cena de Singing in the Rain onde o chapéu de Gene Kelly se encontra na extremidade de sua perna, no pé mesmo, equilibrando, e a câmera vai subindo, subindo e a imagem dela nos é mostrada por inteiro. É uma cena linda mesmo, um hiato na história. Acho que ela, Gene e Fred hoje devem estar dançando e relembrando os bons tempos. É o que devemos fazer também para não sucumbir as tristezas.
Viva a Cidy Charisse por tão belos momentos.

sábado, junho 21, 2008

NÃO AO CRIVELLA

Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. Foi preciso que jovens fossem brutalmente assassinados para que esse acordo indecente entre governo e um político assistencialista, visando os $ para eleger-se prefeito, viesse à tona. E é patética a atitude do presidente. É um ator de primeiríssima categoria: nunca sabe de nada, nunca viu nada, e ainda vem a público se dizer horrorizado com o que viu.
O ESTADO É LAICO E ASSIM DEVE PERMANECER. NÃO AO CRIVELLA. NÃO E NÃO.

terça-feira, junho 17, 2008

CRIVELLA

Crivella não pode se eleger prefeito, de jeito algum. É crime contra os cariocas. A gente não merece. Foi preciso um morticínio para os do alfalto tomarem conhecimento dessa vergonhosa promiscuidade que envolve o governo e um senador candidato a prefeito. Vamos acabar com isso. Religião e política nunca deu certo. O Estado é laico.
Mas o que me incomoda e MUITO é que pessoas como eu, você e muitos outros como nós não vão votar nesse infeliz, mas os votos dos evangélicos, INFELIZMENTE, podem fazer a dferença.

segunda-feira, junho 16, 2008

A MORTE DE MEU AMIGUINHO JACQUES

Jacques era namorado da Aimée, uma menina adorável que mora no meu prédio. Os dois tinham a mesma idade, estudavam juntos no colégio Ph e conheceram o amor em sua plenitude. Eu adorava os dois: Educados, gentis, tão diferentes do que vejo por aí.
Na sexta-feira passada, Jacques foi atropelado por um caminhão. O motorista passou por cima dele e de sua bicicleta, e fugiu. Ficamos todos em choque. Todos que o conheciam rezavam por ele, e eu achava que ele ia se safar. Não resistiu.
Fiquei com raiva quando me lembrei que há alguns dias atrás, nosso governador, em Paris, braços abertos em cima de uma bicicleta, falava na implantação de um sistema de aluguel de bicicletas no Rio de Janeiro, e de como seria bom essa prática para a Cidade. Esqueceu o deslumbrado governador que essa Cidade é violenta, selvagem e enquanto não se civilizar esse povo não adianta trazer idéias da Europa para os trópicos.
Primeiro há que se civilizar os ciclistas, que nas ciclovias dirigem como loucos, e fora das ciclovias estão sempre na contra-mão, atropelando o pedestre que atravessa a rua desavisado, olhando apenas para um lado. Não obedecem sinauis de trãnsito e circulam pela calçada, em alta velocidade.
Aposto que em Paris, os ciclistas não andam na contra-mão, obedecem os sinais de trânsito, e não andam pelas calçadas.
Depois, há que se civilizar os motoristas: de caminhão, de carros de passeio, de ônibus, enfim essa frota fanstástica que trafega pelas ruas de cidade, que pilota seus bólidos como se estivessem em guerra. O inimigo é sempre o que está na frente, no lado, em qualquer lugar atrapalhando a performance.
E FOI ASSIM QUE JACQUES MORREU.

A CÚPULA DO PT É AUTISTA

Em 2006, Lula, num dos seus rompantes, declarou que a saúde no Brasil era quase de primeiro mundo. E todos gargalhamos, pois sabíamos que pessoas morriam na fila dos SuS e da falência administrativa de todos os hospitais públicos no Brasil. Sem falar nas epidemias de dengue e malária que continuam devastando vidas.
Agora o ministro Haddad, que até é bem bonitinho, afirma que no quesito Educação, estamos no melhor dos mundos. Isso quando a gente sabe que a Educação no Brasil foi reprovada no Ideb.
Fala sério.

MORTE NA PERIMETRAL

Não é a primeira vez que assaltam e matam no acesso a Ponte Rio-Niterói. Que política de segurança incompetente é essa que está cansada de saber do perigo que todos correm e nada faz? E que papo de empurra indecente é esse entre a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar pela responsabilidade da vigilância da Ponte Rio-Niterói? O cidadão quer segurança, obrigação do Estado, não está interessado na disputa de poder entre as polícias. São uns bossais mesmo. Como respeitar sujeitos dessa laia? E também em que está por trás deles.
Enquanto isso, Sérginho Cabral, redondo que nem uma pipa, viaja dessa vez para a Alemanha.

TRAGICOMÉDIA BRASILEIRA

É de estarrecer, mas acabei de ler, o que já sabíamos, os controladores de vôo brasileiros não sabem inglês. Agora, me diz, se não sabem inglês, como dialogam com os pilotos estrangeiros? Quer dizer, não dialogam- Crash, crash, crash.....Como é que a Aeronáutica explica uma desfaçatez dessa natureza? Coloca a vida de todos nós em perigo e se recusa a largar o osso. Esse serviço tinha que ter funcionários civis, ganhando bem, e falando inglês, no mínimo. Espero que o Ministério Público se manifeste e acabe com isso. Você, amigo viajante,se precavenha. Se ainda não aconteceu nada com você, é porque o seu santo de guarda deve ser forte. Saravá.

quinta-feira, junho 12, 2008

A NOVA CPMF

É criminosa a atitutde desse governo de abrir os cofres para agradar aos deputados e fazer passar o novo imposto.

É infantil, descabida e assustadora a atitude do presidente de se sentir magoado pela votação maciça dos paralamentares que votaram contra a manutenção do malfadado imposto no fim-d0-ano passado.
É ridículo os brasileiros, os únicos do mundo, a pagar esse tributo, alé de todos os outros que pagamos.
E todos sabemos muito bem para onde irá esse imposto. Para o mesmo lugar que foi o outro. E haja trabalho para a Polícia Federal.

quarta-feira, junho 11, 2008

O DIREITO DE GREVE

O estado de greve é inerente à democracia. Sou totalmente a favor, desde que não infernize a vida dos outros. As greves no Rio de Janeiro se concentram na Av. Rio Branco ou na Pres. Vargas, atrapalhando o fluxo dos carros e a vida das pessoas. Forma-se um nó dantesco, todos se estressam, chegam tarde nos compromissos, e não há uma autoridade sequer par monitorar o fluxo. A população se vê mais uma vez impedida de exercer o sagrado poder de ir e vir.
Quando vamos aprender a reivindicar com civilidade?

terça-feira, junho 10, 2008

O HOMEM E SEU CARRO

Todos os dias, às 7 horas cravadas, eu dava de cara com ele, passando uma flanelinha no seu carro, lustroso e tão limpo que qualquer pessoa podia nele se mirar, e além da imagem refletida, podia se chegar a ver até o fundo da alma. E ele tirava um pozinho aqui, outro acolá, esperando a filha descer para levá-la ao colégio.

Era um sujeito de meia-idade, altura mediana, claro, de cabelos brancos com um topete rebelde, óculos de hastes negras, uma ligeira barriga impedindo o bom caimento do cinto, e o que me chamava à atenção, era o fato de estar sempre com a mesmíssima roupa, embora limpa e com as calças bem vincadas. Nunca cheguei a ver sua mulher, e vi sua filha apenas uma vez. Era bonitinha a pequena, calma e delicada. Lembro-me que entrou no carro com o maior cuidado para não amassar a saia do colégio.

O carro era luxuoso em contraste visível com o prédio onde morava: um edifício de três andares, sem garagem, modesto para os padrões da rua, ladeada por edificações com playground, piscina, sauna, bosque e garagens de dois andares.

Mudei meus horários e nunca mais vi o vizinho.

Passaram-se alguns anos e ontem, o revi. Passou por mim com uma flanelinha na mão, e eu procurei imediatamente o Vectra de outrora. Dessa vez era um Honda Fit prateado, luzindo de tão limpo, esperando a hora de entrar em ação. Seu dono olhava para ele em franca adoração. Não esperei para ver a menina. Sorri feliz de vê-lo ali. Recebi no coração uma lufada de lembranças de tempos mais felizes.

sábado, junho 07, 2008

O LOBBY DOS SUPERMERCADOS

Quando é para melhorar a vida do povo, o lobby dos poderosos entra em ação, CONTRA, claro, isso é Brasil. Com a restrição de horarío dos caminhões de entrega o trânsito na cidade melhorou consideravelmente. Mas foi por pouco tempo. O lobby poderoso dos supermercados etrou forte e derrubou. É sempre assim, pra melhorar a vida do povo que se foda, primeiro o meu bolso. Eu acho, que já que as autoridades do Rio de Janeiro não conseguem impor a lei, que devia-se acabar com essa farsa de eleição. Que deixem os bandidos, as milícias, esses poderosos que têm bala na agulha governar logo essa cidade.

O QUE É SER UM POLÍTICO NO MEU MODESTO PARECER.

PARA SER POLÍTICO NÃO PRECISA:
  • Ter vergonha na cara
  • Ter dignidade ou ética
  • Falar a verdade

O POLÍTICO rouba muito e legisla em proveito próprio, visando o bolso. Álvaro Lins e Garotinho são os exemplos que vieram à tona. Mas quem não se lembra de Quércia, Maluf, Jader Barbalho, João Alves, Collor, João Alves, e ih, vou parar por aqui, porque essa gente suja a minha página.

SÃO QUASE TODOS UNS ESCROTOS

A CPI DO CARTÃO CORPORATIVO ACABOU EM PIZZA

SEM COMENTÁRIOS.

terça-feira, junho 03, 2008

A CONTA DA LIGHT

Meu Deus, quando li, nem acredtei! A gente paga à Light 46,5% SÓ DE TRIBUTOS. Que coisa imoral!!!!! E estão pensando em aumento, para subsisdiar eletricidades para os de baixa renda. Acho engraçado isso, o pessoal de baixa renda tem gatos e usufruem das mesmas coisas que nós que pagamos impostos. Minha empregada, que mora no Vidigal, tem Net e cogita comprar um aparelho de ar refrigerado. O gato vai ser do Sheraton, com certeza. Por que será que A Inteligência Governamental não diminue o tributo de 46, 5%, não seria mais fácil e mais accessível para todo mundo? Bolas.

segunda-feira, junho 02, 2008

ERA UM ROMÂNTICO INVETERADO

ERA UM ROMÂNTICO INVETERADO

Numa festa, um grupo animado discutia sobre o amor. A aposta era saber quem era mais romântico o homem ou a mulher. Quando ele tentou falar, sua voz era sempre abafada pela das mulheres que tentavam puxar a sardinha para o seu lado.

- Homem não é romântico. Não adianta. É racional, e age com a cabeça no pênis.

- Que é isso? Eu abro a porta do carro para a mulher entrar, levo rosas no primeiro encontro e depois da primeira transa, sempre ligo no dia seguinte.

As mulheres se entreolharam e analisaram o sujeito da cabeça aos pés.

- E ainda tem mais. Gosto de colecionar as calcinhas. Tenho um monte delas. Cada cheiro me lembra uma mulher: todas inesquecíveis.

As mulheres se entreolharam de novo e olharam o homem com olhares cobiçados.

Ele não se alterou. Só não disse que usava as calcinhas. Elas podiam não entender.

METRÔ

Vão abrir uma linha até Ipanema. Vai ser uma loucura. Já imaginaram a multidão que vai se espremer até a Central? Quando chegar em Botafogo estará lotado. Por que será que a inteligência do metrõ não pensa em linhas expressas? Sei que é caro, e nós não temos bala na agulha para melhorar o transporte público. Não adianta querer convencer o povo a deixar o carro em casa, e usar o que está aí. Daqui há pouco o metrô estará inviável, claro, com essa política de ir abrindo estação em cada bairro com apenas uma linha. Viajar pela linha 2 é deprimente- está sempre lotada, e os carros demoram à bessa a chegar. Quando a turma desce pra fazer a conexão para a Linha 1, é tanta gente que dá até medo. Sei que há um projeto para uma linha expressa, justamente pra aliviar o pessoal que vem da zona norte. Deus queira que saia logo do papel.

DANCIN'

DANCIN’

Não dançava há décadas, e o convite veio a calhar. Mas, fantasmas do passado assombraram sua mente.

-Detesto ter que esperar sentada um homem me tirar pra dançar. Já passei da idade, e quando tinha, não gostava.

- Não é nada disso. Os caras vêm incluídos no cardápio- concluiu às gargalhadas, Francisca Regina.

- Como é que é? Perguntou uma incrédula Ruth Maria.

- Simples: é um restaurante novo, chiquérrimo, e que pra atrair as mulheres ricas e sozinhas de Copacabana e adjacências, inventou esse cardápio: bufê com direto a bebida, e os rapazes pra dançarem com a gente. É caro, mas a gente pode.

Foram.

Ruth Maria entrou desconfiada. Olhou pra os lados e só via mulher. Nem um nadinha de homem. A vontade de voltar para casa foi enorme, aliada ao medo de pagar mico. Volteando pelo salão dois instrutores de dança. Homens de meia-idade, simpáticos e sorridentes.

- Será que esses dois vão dar conta desse mulherio todo? - Ruth Maria sussurrou ao ouvido de Francisca Regina.

- Não esquenta que vão chegar mais uns dois.

A princípio, Ruth Maria não olhava para o salão. Posicionou-se meio de costas, para evitar qualquer convite que a fizesse levantar para dançar. Mas, ao cabo de alguns minutos, não resistiu e olhou para frente com olhar pidão. O convite veio logo.

Levantou-se feliz, embora com medo de não acertar os pés e pisar o parceiro.

O corpo estava duro e nada dos pés deslizarem. Esforçou-se. E foi se esforçando. Os pés começaram a obedecer e o corpo foi ficando levinho. Quando terminou a música, não largava do instrutor. E ele, cavalheiro, lhe beijava a mão, sinal de que a vez dela terminava ali.

A chegada dele causou frisson. Alto, louro, cabelos rebeldes domados por um rabo-de-cavalo, fiapos de bigode no rosto jovem e bronzeado, e um vestígio de cavanhaque, que lhe davam um charme todo especial. Ruth Maria suspirou fundo, e teve raiva de não ser mais tão jovem assim. Em priscas eras, ele já estaria no papo.

Dançar com o anjo louro foi muito especial. Captou todos os cheiros que vinham do corpo do rapaz. Cheiro de banho recente, embora a camisa exalasse um pouquinho de suor.

- Bem que ele podia ter borrifado um pouquinho de perfume. Disfarçava esse cheirinho, um tiquinho incômodo. Nada é perfeito, tenho que me conformar, pensou sorrindo, embalada nos braços fortes do dançarino.

Foi nuns passos arretados de forró, que a química entre eles, subitamente, aconteceu. Os corpos se colaram de tal forma que ao deslizarem num volteio e pararem num breque, se pegaram de rosto colado e respirando no mesmo ritmo, profundamente concentrados no movimento. Ele segurou-a pela cintura, bem firme, e ela espalmou a mão nas costas dele, com determinação. Os corpos se colaram ainda mais forte, e agora eram dois em um. Tocados pela magia, continuaram a dançar, ele de olhos fechados e ela de olhos bem abertos, tentando se convencer que era verdade tudo o que sentia.

Quando voltou à mesa, perguntou para Francisca Regina.

- Será que esses caras também estão a fim de um sexo depois da dança?

- Olha, eu acho que rola. Vou assuntar.

E voltou, assentindo com os polegares para cima.

A troca de cartões foi discreta. Decidiram que o encontro seria na casa dela.

Quando a campainha tocou, Ruth Maria sentiu a premente vontade de ir ao banheiro. Era sempre assim quando estava nervosa, ou ansiosa. Mandou a empregada abrir a porta e servir um conhaque ao visitante, na sala. Ela não ia se demorar.

Voltou, pé ante pé, e olhou para ele, meio escondida, encostada a parede do corredor.

- Eu mereço, eu mereço, apesar da pouca idade desse desgraçado. Vai ver é mais novo que meu filho João.

Ruth se serviu de um conhaque, colocou um cedê de pagode, comprado para a ocasião, e os dois começaram a dançar. Os corpos, já íntimos, se encaixaram direitinho. Ela se deixava levar.

Já na cama, exigiu.

- Vou te colocar uma venda nos olhos. Gosto de sexo sadô. Você topa?

- Com você, topo tudo.

Ruth Maria prendeu os braços e pernas de Gustavo nas bordas da cama, e colocou uma venda nos seus olhos. Sentiu-se melhor assim. Inventou o sexo sadô por que sentia vergonha de expor seu corpo vivido perante a juventude avassaladora de seu parceiro.

Ela foi explorando o corpo do rapaz com ternura e sabedoria. Os beijos nos lugares certos, a mão massageando partes mais sensíveis, os beijos de língua, provocando o prazer. Na mesinha de cabeceira, o lubrificante vaginal para ser usado na hora certa. Num determinado momento, ela o desamarrou, mas pediu que ele continuasse com a venda. Com o homem em cima de seu corpo, se remexendo com vigor, Ruth Maria não pode deixar de sorrir e de se sentir vitoriosa.

- E eu que pensei que a minha vida sexual já tivesse encerrado, pensava. Nunca é tarde.

E celebrou com vontade, deixando-se levar, como na dança.

Na semana seguinte foi ao restaurante. Sozinha, sem Francisca Regina. Quando chegou, Gustavo já estava lá. Ele acenou, sorridente, e ela retribuiu.

Ao dançarem, ela sugeriu.

- E então, vamos nos ver novamente?

Ela sorriu, e encostou o rosto suavemente no dele, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. De felicidade.

GAROTINHO E ÁLVARO LINS

Se esses dois sujeitos forem realmente condenados e punidos, vou começar a achar que o Brasl pode se tornar uma nação com N maiúsculo. O corporativismo da Alerj já entrou em ação, libertando Álvaro Lins e o sogro. É indecente como esses dois enriqueceram fazendo o povo de idiota. Garotinho deve ser banido da política e espero que a filhota Clarissa nunca seja eleita. Temos que dar um jeito de banir essa gentalha do poder.

REVISTA CARAS

Leio a revista todas as vezes que vou à manicure, e como vou toda a semana, a leio toda a semana. Fico vivamente impressionada com as celebridades que são cativas na revista, e mais impressionada fico com a troca-troca de casais. Sempre tem gente que namora o ex de alguém, parecendo que não tem mais gente no mundo do que Rico Mansur ( que não é meu parente), Roger, Dado Dolabella, e mais uns outros. E o mais impressionante é que os cabeçalhos dos artigos são repetitivos, e os conteúdos também. É hilário e me divirto muito. Recomendo a revista para umas boas gargalhadas.