sexta-feira, junho 29, 2007

O BOOM DAS FAVELAS COMEÇOU NO GOVERNO BRIZOLA

O carioca sabe que o boom das favelas começou no governo Brizola. O Rio está desse jeito por conta dos governos desastrosos desde então. Polícia tinha um acordo com quem mandava nos morros. Policial não subia o morro e os donos da droga ficavam por lá mesmo. Também não desciam. Acordo de cavalheiros. Com a pobreza grassando, falta de infra-estrutura, corrupção generalizada e crescimento populacional sem planejamento justo nas áreas carentes, esperava-se o quê? O que está acontecendo agora. Pelo menos o governo Sérgio Cabral está mandando ver no Complexo do Alemão. O secretário Beltrame dá declarações honestas e o estado está buscando soluções. Deus queira que dê certo.

VIVAS PARA O DR.ROMEU CÔRTES DOMINGUES

Nem tudo está perdido. O Dr.Romeu Côrtes Domingues tem uma clínica exclusiva para pessoas carentes. Cobra por mamografia, ultrasonografia e ressonância magnética apenas 85% do que é cobrado nas clínicas particulares. O médico realizou um sonho e buscou parcerias para concretizá-lo. Vivas para ele. Fiquei feliz ao ler a notícia.

terça-feira, junho 26, 2007

O CERIMONIAL DO GOVERNADOR



Sérgio Mendonça de Barros Neto era um político ambicioso. Almejava a Presidência da República. Muito rico e sem escrúpulos, fazia qualquer aliança que lhe garantisse a permanência no poder. Não andava sem seguranças e fazia questão de ser onipresente. Num mesmo dia era fotografado numa missa em Salvador, à tarde almoçando em São Paulo e à noite numa festa no Rio de Janeiro.
- Ué, esse cara não trabalha?
- E você já viu político trabalhar?
- Político não trabalha, rouba, mer’irmão.
E o povo ria e bebia mais uma cervejinha que ninguém é de ferro e fazia o bolão para ver quem seria o campeão da Taça Nacional.
Barros Neto começou como prefeito de uma cidade do interior onde sua família mandava e desmandava. Casou-se com Georgiana, uma moça tão rica quanto ele, e cuja família reinava no município vizinho. Mas o sogro avisou:
- Na nossa família as mulheres não se divorciam. Ficam viúvas.
Com esta união Sérgio consolidou as alianças regionais, pautando seu caminho ao tão sonhado cargo de governador de estado.
Candidatou-se e foi eleito por uma margem ampla de votos. Não havia dúvidas: o povo o queria e ele não ia decepcioná-lo.
Antes de sua posse fez uma única exigência ao chefe do gabinete civil:
- Quero no meu cerimonial, mulheres lindas. Para serem cobiçadas e eu invejado. Não precisam ter muito preparo. Se duas ou três tiverem, já é o suficiente. Contrate duas ou três funcionárias de qualquer secretaria estadual, pra não dizerem que não favoreço a prata da casa.
E falou para a sua mulher:
- Se submeta a uma dieta rígida. Para caber num manequim 38. Vamos ser o casal mais bonito e invejado desse estado. Como Jack e Jackie Kennedy. As mulheres te invejarão e os homens gostariam de estar no meu lugar.
O chefe do gabinete civil e seus aspones (assessores de porra nenhuma) correram para contratar novas funcionárias. Choveu uma quantidade de filhas, sobrinhas de ministros, desembargadores, deputados, prefeitos do interior, todas loucas para ter uma ocupação remunerada e sem fazer muito esforço.
Finalmente foram escolhidas:
Cristiana- 22 anos. Filha de prefeito do interior.
Débora- 25 anos. Filha de desembargador.
Cátia- 23 anos. Filha da amante de um ex-governador. Trabalhou para o partido do namorado da mãe.
Marcilene- 30 anos. Amante de um ministro.
Eliane- 40 anos. Socialite, amiga da mulher do vice-governador.
Cilene- 50 anos. Funcionária de carreira. Auxiliar de serviços gerais. Encarregada do fax e do telefone.
Mônica- 34 anos. Funcionária de carreira. Psicóloga. Casada e sem filhos.
Clara- 30 anos. Funcionária de carreira. Professora com mestrado em literatura.
Gilvan- 40 anos. Funcionário de carreira. Pau pra toda a obra. Curso primário. Vários filhos de mulheres diferentes.
Supervisionando o cerimonial, um diplomata, indicado por um amigo de infância.
Barros Neto começou seu governo prometendo investir na educação, na saúde, no meio-ambiente, segurança, etc., o mesmo discurso de todos os seus antecessores e de seus sucessores. E já nos primeiros meses mostrava serviço. Era inauguração de estrada pavimentada para os prefeitos do partido; entrega de chaves de casas populares de quinta categoria; inauguração de hospital público de excelência, mas a festa era apenas no andar que estava pronto e mais nada seria construído até o fim do governo; programas assistencialistas em profusão, e mais almoços e cafés da manhã para os correligionários, amigos, amigas da primeira-dama, e muito blá-blá-blá.
Barros Neto se encantou platonicamente por Cátia. A morena era linda. Negros cabelos e olhos profundos. Conhecia o amante da mãe dela, e por conta dessa familiaridade cruzada, era um tanto paternal com a garota. Para tudo, ele mandava chamar a Cátia, até que resolveu colocá-la como sua secretária particular. Assim poderia vê-la todas as vezes que desejasse, sem que despertasse comentários maldosos.
Georgiana sentiu cheiro de pólvora no ar quando viu Cátia sentada na ante-sala do marido. Mas como tinha um pai cabra macho, achou que o marido não ousaria traí-la.
- Vai ser capado. Ele que se atreva.
As cerimonialetes aprenderam o essencial e se esmeravam. A rotina dos eventos não era do outro mundo, aliás, era sempre a mesma. Uma vez aprendida, tudo se tornava fácil e até bastante elementar. A preocupação maior era com a roupa. A batalha principal era ver quem estava mais bem-vestida e quem ia ganhar os beijinhos do governador. Próximas do poder, as brigas no ambiente de trabalho se sucediam. Qualquer coisa era motivo de briga. Brigavam até por banalidades. Mas a pior de todas era Clara. Moça enfezada e de perene mau-humor tinha um palavreado pior do que a mulher mais baixa da zona. Frustrada nas suas ambições literárias jogava toda a sua raiva nas colegas de trabalho. Era impossível conviver com ela quando estava atacada. E o pior é que era dia sim, dia não. O chefe não se conformava. Moça tão prendada, tão inteligente! Todo mundo escutava. Uma vergonha.
Cristiana apaixonou-se pelo chefe de segurança do governador, Romão, que era casado, depois que foi abandonada pelo noivo, sem maiores explicações. A mulher dele quando descobriu ligou para a primeira-dama e contou da traição do marido. Chorou, falou dos filhos e conseguiu emocionar dona Georgiana que exigiu do marido a exoneração da moça.
- Mas como, mulher, ficou doida? O pai dela é um grande aliado, como é que eu vou fazer?
- Fácil, manda ela de volta para a prefeitura do pai. Afinal, você é o governador, pode tudo. E Romão tem que sair também.
- Mas ele é competente, mulher.
- Dane-se. Ninguém é insubstituível, meu pai costuma dizer, a não ser no casamento, lembra?
Barros Neto frente à tão forte argumentação não duvidou. Substituiu Romão, que acabou se separando da mulher, perdeu o cargo e hoje está casado com Cristiana e com dois filhos. Voltaram para o interior. O sogro, prefeito, contratou-o para ser o chefe de sua segurança. E arranjou um empreguinho pra filha, com o salário maior do que quando ela trabalhava no cerimonial.
A cobra fumava quando o governador oferecia os banquetes Era uma disputa descabelada para saber quem ia tomar a frente de tudo. Ganhava por metros de dianteira a socialite Eliane. Mulher muito rica trabalhava para não entrar em depressão. Queria ser útil à sociedade de qualquer maneira. Um sentimento de culpa que carregou para sempre, que nem o trabalho do cerimonial amenizou.
Eliane preparava uma mesa como poucas. Contava com a ajuda de Flávia Helena, cujo buffet era o mais requisitado da cidade. Os banquetes do governador eram não só elogiados como fotografados para o país inteiro. Uma vez chegou até ser assunto uma revista americana. As cerimonialetes adoravam essas festas. Sentavam-se às mesas com os convidados, e disputavam em elegância e beleza com a primeira-dama os olhares dos homens presentes. E isso para Barros Neto era o que contava.
O problema maior era quando precisavam falar uma língua estrangeira. Ficavam mudas e o inglês de Miami não dava nem para começar. Quem salvava a situação era Clara, se não estivesse de mau-humor. Falava inglês, um pouco de francês e italiano. Eliane apesar de viajada, misturava inglês com espanhol, e era difícil entender o que ela dizia.
Débora era uma funcionária que se esforçava. Estava noiva de Roberto Alves cujo pai tinha uma das bancas de direito mais conceituadas na cidade. De inteligência mediana digitava bem, mas era incapaz de redigir qualquer coisa própria. Nunca havia trabalhado e no fundo se divertia com tarefas que nunca pensou que um dia faria. O dia que viu Guilherme Moreira, um dos seguranças do governador, quase desmaiou de emoção. O homem era um autêntico modelo de Calvin Kelin.
- Calvin Klein, Débora?
-É, Calvin Klein. Altíssimo, pernas adjetivas, olhos verdes de pantera. Eu quero aquele homem.
- Você é noiva. Cuidado, não vá por tudo a perder, dizia Cilene, a mais velha, a mais ponderada.
Investigou os horários do rapaz e descobriu que ele fazia tiro ao alvo às 14horas no estande de tiro. Pediu ao chefe uma dispensa e foi para lá aprender a atirar. Mas de nada adiantaram suas investidas. Guilherme Moreira namorava Marcilene, que já estava cheia de ser a segunda na vida do ministro. Ninguém sabia do namoro dos dois. Um dia, Marcilene apareceu grávida. Todos acharam que era do ministro, mas ninguém perguntou. Houve controvérsias, claro. Alguns acharam que era de Guilherme.
O governador quando viu a barriga de Marcilene ficou preocupado. Conhecia Rômulo de Albuquerque e sabia que se a mulher dele desconfiasse que um filho dele com outra mulher estava prestes a vir ao mundo a coisa ia estourar para o lado dele. Chamou Marcilene e perguntou:
- Esse filho é de Rômulo?
- Não, excelência, é de Guilherme Moreira.
O governador ficou felicíssimo, pois não gostava dos olhares que o rapaz dirigia à Cátia. “Se ele fez um filho em Marcilene é sinal que não está tão interessado em Cátia assim.” – pensou com seus botões.
Próxima de dar à luz, Marcilene pediu demissão e foi ter o filho no México. Seu amante, o ministro, morreu pensando que tinha um filho mexicano. Sustentou a criança enquanto viveu, e lhe deixou uma bela herança. Meses depois Guilherme pediu demissão e foi para o México. Casou-se com Marcilene. Viveram às custas da pensão do ministro.
Eliane saiu sem ninguém notar pela sua falta. Recebeu o pagamento durante alguns meses até que alguém se tocou que ela não aparecia no trabalho há meses. E então, não houve jeito, foi exonerada.
Enquanto isso, Gilvan, que desprestigiado pelas colegas pela pouca instrução e cheio dos ataques de TPM delas, escreveu um poema e anonimamente o distribuiu em todos os departamentos:

“Não eram todas
mas as moças daquele Cerimonial
não atendiam às exigências do cargo

Nem cultas, nem educadas,
muito menos raffinées
ao contrário eram
boas de briga
onde a língua afiada
batia mais que porrete de guarda
em bunda de malandro

O serviço exigia
cuidado, elegância, fidalguia
mas as cerimonialetes
não estavam nem aí
faziam tudo ao contrário
no susto e no breque
naquele gabinete
do Cerimonial”

Foi um Deus-nos-acuda. Quem escreveu? Causava espanto o uso de uma palavra em francês que poucos conheciam.
- Então, quem escreveu sabe francês.
- Clara sabe. Será que foi ela?
- Mas ela não é nada raffinée.
Nunca ficou esclarecido.
Gilvan entusiasmado com a repercussão de seu poema tomou coragem e meses depois já tinha um manuscrito pronto. Procurou editoras, não conseguiu nenhum retorno e então, resolveu bancar a publicação. Deu-se bem. Todos os secretários, funcionários e até o próprio governador compareceram e compraram o livro. Esgotou-se a publicação. Hoje já tem dois livros publicados e é considerado poeta de vanguarda. Saiu do cerimonial, enveredou-se pela política, elegendo-se vereador pelo seu município.
O governador fez um governo medíocre igual ao seu antecessor e provavelmente igual ao que fará o seu sucessor.

SOCIEDADE DOENTE

É de estarrecer o episódio dos jovens que agrediram a doméstica, pensando que ela fosse prostituta. Argumento impróprio e patético, pois se ela fosse uma puta, o problema era dela e eles não tinham nada com isso. Agredi-la a a pontapé numa fúria explosiva e incontrolável me fez lembrar com aperto no coração o sofrimento de João Hélio, do índio Galvino e da cadelinha prenha arrastada por quilometros presa a um carro para deleite de quem estava conduzindo. Sociedade doente é essa a nossa, e não vejo sinceramente luz no horizonte. Pobres e ricos se igualam na raiva. Há uma raiva incontida nesse país que está explodindo a todo o instante. Não sei se é fruto de corrupção generalizada (ouço na tevê que o processo do senador Renan vai ser arquivado- espero ainda que haja uma reviravolta), dos desníveis economicos abissais, da elite dando exemplos execráveis de impunidade, dessa multidão que existe nesse país, nessa cidade, onde respeito e educação viraram objetos de luxo... sei não, faço a minha parte e fico perplexa com o que estou vendo. E não posso deixar de registrar a infeliz declaração de um dos pais do jovem bandido. Não percebeu que o filho dele era tão bandido quanto aquele outro, de sandália havaiana e que mora no morro. Deus dá olhos a quem não consegue ver - não é esse o ditado? É por tudo isso que não tenho coragem de votar no Cristo - a cidade não merece- estamos todos num balaio cheio de granadas, e o Cristo está de braços abertos porque não consegue fechá-los. Chega de impunidade. Que a justiça mostre a sua cara.

sexta-feira, junho 22, 2007

AS ESCADAS ROLANTES DO MERGULHÃO

É triste constatar que em 2007 ainda agimos como verdadeiros selvagens. Não me lembro de ter visto em nenhum lugar do mundo civilizado a depredação do patrimônio público como vejo no Rio de Janeiro. É degradante e dá uma profunda dor no peito ver o estado lamentável das escadas rolantes que levam ao mergulhão da praça Quinze. Não há vigilância e os selvagens que habitam essa cidade roubam e depredam ao seu bel prazer. Além disso a cidade fede e papéizinhos de todas as cores são jogados na rua. Nunca o Rio esteve tão sujo, tão feio, tão fedorento. Andar na cidade também é um tour de force que não é pra qualquer um. Hoje tive que resolver pendências e todas eram no centro da cidade. Fui empurrada umas cinco vezes, vi pessoas feias e mal ajambradas e tive pena de todos nós. Vi camelôs correndo, todos com cara de bandido e um monte de cedês piratas espalhados pela rua. Jamais convidaria um amigo estrangeiro para vir ao Rio. À primeira vista ele até que poderia gostar. Uma cidade exótica, as mulheres sensuais e com pouca roupa, baderna na rua. Tudo que ele não tem no seu país. Isso poderia funcionar na primeira semana, duvido que aguentasse outra semana. A coisa aqui tá feia, irmão.

terça-feira, junho 19, 2007

E NÃO É QUE A ELITE BRASILEIRA ETÁ AUMENTANDO SEUS SALÁRIOS SEM O MENOR CONSTRANGIMENTO?

Vivo indignada com a sem-vergonhice da elite desta republiqueta latina abaixo do Equador. Têm o desplante de aumentar seus salários e foda-se o povo. Como é que fica a cabeça de um miserável que ganha 350 reais por mês, o outro que ganha 600 e os 8o% da população que não ganha nem 2 mil reais por mês, que é casada, tem filho, mora mal, está mais exposto à violência, ao horror do transporte público, que se alimenta mal, estuda pouco e é mal servido pelo sistema público de saúde? Não dá pra acreditar. São atitudes como essas que mais nos distanciam da pretensão de um dia chegarmos a ser um país sério. Não há a mínima chance. Continuaremos a ser o país dos coronéis. FOREVER AND EVER AND EVER.

sexta-feira, junho 15, 2007

A SUIÇA NÃO É AQUI

O Presidente Lula não entende porque o brasileiro fala mal do Brasil. Diz ele que na Suiça o suiço não fala mal do país dele, e nem o italiano fala mal da Itália. Em relação à Itália vou me omitir, mas me sinto confiante em falar da Suiça. Bem, na Suiça os salários são altos, as pessoas são educadas e civilizadas, não urinam nem defecam na rua, vão e voltam sem serem vítimas de bala perdida ou arrastão na Linha Vermelha, Amarela, Roxa ou qualquer outra cor, fazem compras na Ipanema e Leblon de lá, sem terem de se esconder atrás de carros por causa de um tiroteio entre bandidos fardados e bandidos marginais...que mais... a corrupção não está entronada no poder, os políticos prestam contas à população e não têm metade das regalias daqui, não tem Sarney, Collor, ACM e Calheiros, coronéis do nordeste, e outros Garotinhos com redutos eleitorais onde pintam e bordam, não têm uma justiça obscena e inoperante como a nossa, não moram cercados de favelas onde os bandidos desafiam a ordem pública e são os verdadeiros donos do poder, não moram num país superpopuloso , miserável onde todos estão mais pobres e sem perspetivas de melhoria. E na Suiça, monsieur le Président anda tem chocolate Lindt. Temos o chocolate da Kopenhague, muito bom, mas pra quem tem o padrão suiço, pois é caro pra caramba. Ah, ia esquecendo o principal: o povinho daqui paga impostos extorsivos, que talvez se fosse na Suiça estaria bem empregado. Mas aqui não, nosso suado dinheirinho escorre para os ralos de Brasília. Então tudo é ruim: educação, saúde, meio-ambiente, políticas públicas, transportes , moradia, etc.etec.etc. A Suiça não é aqui. O Haiti é aqui.

quinta-feira, junho 14, 2007

A DECLARAÇÃO DO TÉCNICO BERNARDINHO

Acho que foi despretenciosamente que o técnico Bernardinho se referiu a violência do Rio de Janeiro e do medo que ele tinha em relação à família dos atletlas que vêem para o Pan. Isso suscitou respostas do alcaide e do governador. Sérgio Cabral garante segurança no Pan, e fiquei com a sensaçã que ele não garante nos outros dias e meses que compõem o calendário anual. Já o alcaide diz que o técnico não pensou nisso quando pediu apoio para transferir para o Rio a sede de um time de võlei que coordenava, e para finalizar, Nuzman diz que o técnico falou com ironia, pois afinal ele é que escolheu morar aqui. Moro no Rio porque não tem outro jeito. Minha rede de amigos, interesses sociais e profissionais estão aqui.Pensei em ir embora, para o Sul, que é minha terra de origem... mas sozinha? Morro de medo da cidade, acho que a imundície está cada vez pior, os governantes continuam péssimos e a violência então, passou dos limites. Mas pra quê falar dessas coisas, não é mesmo? Estamos todos já bastante acomodados que mais uma morte aqui, outra acolá, não vai fazer assm tanta diferença, não é mesmo? E fechar os morros, pra quê nos proecuparmos, moramos tão longe do Alemão.

sexta-feira, junho 01, 2007

CRÕNICA DO DIA- 1° de junho

Sinceramente não sei o que o César Maia faz na Prefeitura do Rio de Janeiro. A cidade está esburacada, suja, feia e ele entronado no vaso sanitário de sua casa de frente para o seu laptop- se cagando para o Rio que o elegeu. Hoje leio que as vans piratas foram responsáveis pela retirada de circulação dos ônibus da linha 780. O povo prefere pagar um pouco menos para viajar mais rápido mesmo com a segurança em risco. A Secretaria Municipal de Transporte alega que não pode multar a van pirata porque tem que pegar o flagra do passageiro pagando ao motorista. Muda a lei, ora. Sou a favor de transporte público de qualidade mas não é o que se vê, pelo menos por aqui. O número de vans aumentou consideravelmente logo após a chegada do Cabral ao poder e não gosto como elas se comportam no tráfego. Aliás, os motoristas de ônibus, táxis, vans odeiam o carro particular. Dirigem com raiva dirigida (desculpem, essa foi infame) e graças a deus a gente é bom no safo. O que me incomoda é a raiva explícita. Uma sociedade que tem a raiva que a nossa tem hoje em dia, me deixa alarmada e as consequências são o que estamos vendo. Casos como o João Hélio, da cadelinha grávida arrastada por um carro em movimento em Brasília, incêndio em mendigos, e vai por aí afora.Um país afogado em ódios ancestrais.

Outra do César- Vai proibir o que já é proibido:
  • cães sem coleira na praia do Flamengo
  • bicicletas fora do rodovia.
Ora, e os carrinhos de bebê, patins, corredores, casais de mãos dadas que andam pela ciclovia? Os passantes que esperam o sinal fechar para atravessar a rua? Que jogam lixo pela rua? Que fazem suas necessidades primitivas na rua sem o menor pudor?
O que falta são campanhas educativas em profusão para educar o carioca, que está se tornando a cada dia que passa mais mal educado, grosseiro e sujo.
Não gosto do César Maia.