sábado, janeiro 28, 2012

A CATÁSTROFE NO RIO DE JANEIRO

Quando vi as primeiras imagens do desabamento do prédio na Rua 13 de Maio fiquei estarrecida. Em momentos como esse é que nos damos conta, ou pelo menos eu, que a vida pode acabar de uma hora para outa, sem aviso prévio. O Rio de Janeiro sempre foi atípico, um povo anárquico, que por não gostar de sinal fechado, como já disse a Calcanhoto, também não gosta nada de outras formas de obediência e civilidade. Cada um faz o que quer, ajudado muitas vezes pelos olhos sonolentos dos órgãos públicos. Morei em um prédio em Botafogo, onde alguns moradores faziam pressão para que o síndico abrisse janelas numa na parede externa. Ele disse não, as pessoas ficaram indignadas e hoje eu agradeço a ele por não ter permitido. Eu mesma, tinha achado uma ótima ideia. E assim outras pequenas obras surgiram, sem a licença da prefeitura e que no futuro, talvez possam oferecer riscos maiores. Se diminuíssem a quantidade de papelada, essa burocracia dos infernos que atrapalha mas do que ajuda, a agilização para os pedidos de obra surtisse mais efeito. Não vai haver fiscalização por parte da prefeitura, não há funcionários disponíveis para isso, o jeito é confiar no síndico e cada um exercer uma cidadania responsável. Com certeza, o Rio de Janeiro está de luto, estamos todos.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

A TARIFA DE FIXO PARA CELULAR VAI BAIXAR

Bem, em um país onde a tendência de tudo que se consome é subir, e nunca descer, essa notícia é alvissareira. Mas a Oi já declarou que suas promoções já barateiam o custo das ligações. Paga-se muito pelas ligações telefônicas, e o custo de um celular é desproporcional em se comparando com outros países, isso todo mundo sabe. Os menos favorecidos compram celular, mas não fazem ligação com frequência porque é caro para eles, como é caro o custo do bloqueador solar para o trabalhador rural. O governo disse que ia baixar o preço do bloqueador solar e até agora nada. Gente mentirosa,essa.

GAROTINHO X CESAR MAIA

Num passado bem recente o então governador Garotinho odiava o então prefeito César Maia. César nunca pisou no palácio enquanto o primeiro era governador. Insultos eram trocados e com isso perdeu o Rio de Janeiro, o que comprova a minha tese que essa turma nunca trabalha para o povo e sim para eles próprios. Hoje leio no jornal que os dois são aliados, o Garotinho apoiando a candidatura de César para a prefeitura do Rio. Vade retro, os dois. Dessa série de ódios, me lembro de Miro Teixeira sendo destratadíssimo por Leonel Brizola, num programa de debates na televisão em que os dois postulavam o cargo de governador do Rio de Janeiro, os insultos foram tantos que eu cheguei a ficar envergonhada, o Miro também, porque o constrangimento dele, na tela foi visível. Mais tarde, ele entra para o partido do Brizola e me parecem ficaram amigos. Nunca votei em Miro por causa disso. Todos lembram das declarações de Eduardo Paes e Lindberg Faris em relação ao Lula, e depois a reviravolta nas declarações com medo de perder a boquinha. E ainda esperem que eu vote nesse tipo de gente?

terça-feira, janeiro 24, 2012

Um porco na praia de Ipanema

O que adianta sermos a sexta economia do mundo com um comportamento urbano e social, com certeza, beirando as últimas fileiras de qualquer rank. O porquinho se banhando nas praias de Ipanema foi sintomático. Somos todos porcos, sujamos nossas praias, atiramos qualquer coisa pelas janelas do carro, ônibus, urina-se nas vias públicas, falamos alto dentro de cinemas, restaurantes e o celular é usado indiscriminadamente, principalmente em elevadores, o que pessoalmente acho até engraçado, como pode um indivíduo ser tão mal-educado. Os americanos através de seus filmes mostram cenas em que o celular toca e o sujeito se afasta do grupo para falar. Que tal as novelas começarem a ensinar a essa gente bronzeada regras de boa educação? Nossos políticos também não ficam atrás, mostram um baixo nível comportamental encontrando desculpas abjetas para seus erros visíveis. Quer dizer, não se enxergam como realmente são. E, cá pra nós, quem são esses brasileiros que dão para a presidente altos índices de aprovação? Aprovação em quê? Saúde sucateada, morreu um secretário por falta de atendimento, corte nas verbas de segurança, nível de educação baixo do Oiapoque ao Chuí, inflação alta, impostos altos, inexistência de programa de governo,o que se vê são os partidos brigando para colocar seus homens no poder, para perpetuar a boca livre nas licitações e coisa e tal. Sem falar, na política exterior, um horror desde que Lula pôs os pés no Planalto. A oposição não existe, é ridícula e Rita Lee vai se aposentar. Brasiiiillll!

sábado, janeiro 14, 2012

MARIA DUEÑAS- O TEMPO ENTRE COSTURAS

MARIA DUEÑAS- O TEMPO ENTRE COSTURAS Cada vez que acabo de ler um livro me dou conta de quantos outros gostaria de ler, e vejo meu tempo mais escasso a cada dia para tudo que quero fazer. Bem, O Tempo Entre Costuras abrange a Guerra Civil Espanhola e a 2ª Guerra Mundial, pesquisada com rigor pelas fontes da escritora, ou quem sabe por ela mesma, dando uma base sólida para que ela construísse a história da costureirinha espanhola, de vida pobre durante a infância e a adolescência, criada pela mãe costureira, e que por revezes outros vai para o Marrocos, um pouco antes do início do pesadelo espanhol. É abandonada e roubada pelo namorado, passa por dificuldades tremendas, porém tem uma mão que lhe ajuda a sair do poço, e aos poucos a vida de Sira Quiroga toma um rumo inesperado que prende o leitor até o capítulo final. É um livro delicioso, palpitante, com doses de suspense e glamour nas doses certas.

terça-feira, janeiro 03, 2012

SIRI HUSTVEDT- O QUE AMÁVAMOS

Siri Hustvedt além de ser uma mulher linda, é escritora, das boas, e mulher de Paul Auster, outro escritor de quem gosto bastante. Os dois são americanos, e ela descendente de noruegueses, daí o nome me ter soado tão inusitadamente diferente. Até hoje só conhecia uma pessoa deste país nórdico tão bonito, que também não conheço, embora tenha chegado bem perto quando visitei a Suécia. Também não conhecia a autora e fiquei fascinada com esse romance com uma prosa tão bem alinhavada que o difícil foi deixar o livro de lado. Trata-se de uma história de dois homens que se tornaram amigos tendo a arte como fio condutor. Um professor e crítico de arte vê a obra de um pintor, fica maravilhado com o que vê, e procura o autor. Ficam amigos, compartilham alegrias, separações de suas mulheres e morte. A história de vida de qualquer um, apenas com o diferencial autoral de Siri que cria e desenvolve ganchos que prendem a atenção do leitor. As tramas paralelas beiram o suspense e imagino a trama nas mãos de Scorcese. Não há como não se emocionar com as reflexões do protagonista que permeiam os fatos. Um livro imperdível, uma literatura das melhores