quarta-feira, agosto 29, 2018

O AUMENTO INDECENTE QUE A ALERJ CONCEDEU ÀS CASTAS DO ESTADO DO RIO


Hoje, li um artigo de Roberto Da Matta no jornal O Globo, em que o entrevistado Moneygrand pinta um retrato em preto e branco disso aqui que é a república brasileira. Nunca li Sérgio Buarque, porém creio que no seu cultuado Raízes, ele também deve dissecar o assunto para explicar o que nos tornamos ao longo dos tempos.
Sou aposentada do governo do Estado, estou na classe dos desprivilegiados, os do excecutivo da máquina paquidérmica, que já teve que amargar salários atrasados por 1 ano e meio, enquanto seus pares, do legislativo e judiciário recebiam em dia, e ainda atrelado aos ótimos salários, benefícios espúrios.
O governo acertou as contas, embora se receba na segunda quinzena do mês, e muitas mortes aconteceram nesse período negro onde o dinheiro não chegava nas mesas dos funcionários mais pobres onde a única renda de sobrevivência era o salário.
Agora, leio que os políticos que habitam a ALERJ concederam um aumento de 5% às castas judiciárias.É indecente esse procedimento, porque essas criaturas sabem da situação financeira do Estado, sabem que nós do excecutivo estamos com os salários congelados, e essa corja se autofinancia, sem ao menos pensar nas consequências. O ex-governador em exercício, já mandou recurso para o supremo -desculpem-me mas não consigo mais escrever o nome da instituição em maiúscula porque já lhe perdi o respeito - e agora é esperar, porque caso esse aumento venha realmente a sair na folha do pagamento daquelas vossas excrescências, nós ficaremos sem salário por no mínimo  6 meses, ou coisa que o valha. 

sábado, agosto 18, 2018

MICHAEL JACKON FARIA 60 ANOS HOJE

Escuto uma rádio que homenageia o inesquecível Michael Jackson. Inesquecível por vários aspectos. Primeiro, pelo talento revelado no grupo Jackson Five, ele, molecote, simpático à toda prova, sorriso lindo cantando com os irmãos, sacudindo seu corpo em desenvolvimento em belo molejo que só os negros têm. Depois se soube da ganância  e despotismo do pai e do que ele foi obrigado a suportar. O garoto foi crescendo, ficando cada vez melhor no seu talento, e de negro transmutou-se em branco, com várias cirurgias plásticas, alisando cabelo e ainda assim voando em sua carreira solo. Michael é um enigma, sua sexualidade não aflorou, imaturo pela infância e adolescência roubada, construiu sua Neverland e se fazia acompanhar por meninos. Foi acusado de pedofilia, mas nada foi provado. Ganhou muito dinheiro, todavia era um pobre menino rico. Infeliz até a medula, precisando de remédios para dormir, foi-se embora prematuramente, e duvido que conseguisse suportar os anos que viriam. Não imagino Michael Jackson com 60 ou 70 anos. Não acredito em interferência divina ou destino no que se refere à morte, mas na dele, talvez tenha sido oportuna, por mais saudade que sinta dele.
Acabei de ouvir "Smile" e sua interpretação é extraordinária. Não há como não se emocionar. Dias desses ouvi um de seus irmãos cantando a mesma canção num show na Itália. Foi soberbo, e me lembrou seu irmão. Quem quiser ouvir está no Youtube,

sexta-feira, agosto 10, 2018

A ENTREVISTA DA BAND COM OS PRESIDENCIÁVEIS

A  turma toda reunida. Alckmin, Marina e Ciro mais velhos, cabelos brancos, grisalhos, como eu também assim como Boechat.
Candidatos novos ao cargo, Bolsonaro, o Cabo Daciolo e Álvaro Dias.
Para começar, a reforma política não foi feita e esse fato por si só desmorona qualquer pretensão dessa turma de achar que vai mudar este país. Não vai, porque os partidos pequenos e infames são sedentos de cargo, vão lutar por isso, eles não se importam com o país e muito menos com projetos de governabilidade, querem é o seu dinheirinho lá, poder e poder. Não adianta Alckmin dizer que dentro de qualquer país há os bons e os maus e que ele vai governar com os bons, duvido. Ele mesmo fez alianças espúrias para ter mais tempo na mídia, então, que se cale e aguente a crítica. 
Álvaro Dias começou no auto elogio se apresentando e foi interrompido pelo mediador e não respondeu a pergunta inicial. Seu discurso é velho, oportunista e não falou nada de relevante. Sabemos todos da situação do país, isto é que enerva, porque entra ano e sai ano e nada melhora. Ao seu lado o cabo Daciolo, o que era aquilo minha gente? Fala um português execrável, apela para deus e jesus cristo como assessores divinos e de sua boca não saiu nada que prestasse. Sua ignorância mete medo, totalmente fora de sintonia política e econômica. O que fazia ali? Pretensioso o moço. Parecia que fazia dobradinha com Bolsonaro, carro amarrada e discurso pífio, embora de vez em quando até acertasse o alvo pretendido. Bolsonaro tem seguidores e fico pasma com quem segue esse homem. Também fala um português de botequim, é vulgar e realmente seu discurso é agressivo como se numa tacada fosse resolver na marra os inúmeros problemas brasileiros. Boulos começou na agressão inicial a Bolsonaro. Foi mal educado, grosseiro e que bom que o outro ouviu e não se deixou envolver. Não gosto do discurso dele, embora em relação ao aborto concordei. 
Alckmin, Marina e Ciro sabiam do que falavam, expunham suas ideias com clareza e acho que se saíram melhor num tipo de debate antigo e engessado. Henrique Meirelles tem muita classe, fala com batata na boca, mas entende de economia. 
Não voto em ninguém. Como disse, vai tudo continuar como está porque a reforma política não saiu do papel.

segunda-feira, agosto 06, 2018

FAUDA, A SÉRIE ISRAELENSE X BAIXADA FLUMINENSE, A REALIDADE CARIOCA

FAUDA é uma série israelense que aborda os conflitos entre palestinos e judeus numa área perigosa, onde os grupos fundamentalistas dominam na parte árabe. É um não se entender eterno, com injúrias escarradas uns contra os outros o tempo todo. Um horror. A série é ótima, embora tenha lido críticas do lado palestino, como o Hamas dizendo que era propaganda sionista, embora disponibilizando os capítulos no seu site oficial. Enfim, o roteiro é esplendido, convincente, porque é baseado em fatos reais, assim como Cidade de Deus, o filme brasileiro, que também é uma porrada na boca do estômago. É muito violento, e me pergunto a tensão que os moradores de lá são expostos todos os dias, todas as horas. Dá para se viver assim? Tal e qual ao que passam os moradores da Baixada Fluminense e do país todo. Não dá para se viver assim. A violência daqui não é religiosa ou de posse de terra. mas mata até mais. Aqui, as diferenças sociais, a falta de escolas, de saúde digna, de trabalho e de inclusão são fatores que levam a FAUDA (caos em árabe) e hoje vivemos numa faixa de Gaza extensa de norte a sul.Não sei se lá ou cá têm chance de melhorar. Torço, uma vez que Japão e EUA se dão bem hoje, bem como Alemanha e Israel. E aqui? Quais as chances de se vencer um atraso que já passa de 60 anos?

sábado, agosto 04, 2018

A ENTREVISTA DE BOLSONARO NA GLOBONEWS

Já tinha lido e ouvido declarações desse deputado e nunca concordei ou gostei do que dizia, portanto me preparei para ouvir tudo dessa vez.
A verdade é que a bancada de frente do jornalismo da Globo capitaneada pela excelente Miriam Leitão, estava preparada para triturar o candidato Bolsonaro, e não conseguiu. Aliás, já ouvi os outros candidatos e o que me aflige são as perguntas que fazem.Gostaria que perguntassem sobre plano de governo, soluções previsíveis sobre as mazelas desse país afundado em crises estratosféricas, corte de gastos, ministérios, fim do cartão corporativo, metas de educação, saúde, e sem esquecer na violência absurda alastrada pelo país inteiro.Um Ministério da Defesa muito forte que integre com os estados e municípios. Claro que houveram perguntas relevantes em relação ao que ele quer fazer no país, mas Bolsonaro usa um tom populista que não me agrada, não tem classe, e sinceramente não gostaria de vê-lo na presidência. Leio que a classe média alta o apoia, e eu pensei que o apoio maior vinha do jovem  adulto cansado da política velha.