sábado, novembro 27, 2010

AI DE TI, RIO DE JANEIRO

AI DE TI, RIO DE JANEIRO




Hélio Jaguaribe já havia dito há muito tempo, creio que foi na década de 80, quando não mais se podia andar com brincos, pulseiras ou anéis de ouro por causa da ação dos pivetes, que o dia que o morro descesse para o asfalto a coisa ia ficar feia. Estamos em 2010, e as otoridades tiveram tempo de sobra para evitar que isso acontecesse, o que não fizeram, mais concentradas em projetos populistas que as mantivessem no poder. E a ciminalidade foi aumentando e aumentando. Vieram os arrastões na década de 90 e em 2000, os sequestros, muita morte, falsas blitzes onde morria mais gente, ônibus e carros incendiados, bala perdida de bandido e de PM, atingindo vítimas que morriam ou ficavam tetraplégicas, sem esquecer as crianças esquartejadas. Tudo isso acompanhado de perto por prefeitos e governadores que não mostravam as caras ou serviço. O Rio de Janeiro nunca teve policiamento ostensivo, nunca vi patrulhinha circulando ou mesmo parada em áreas perigosas, que cobrem da zona sul à zona norte sem esquecer a baixada, não houve vontade política de se equipar a PM com helicópteros, não dá para engulir que helicópteos são caros, e daí? Tem que comprar, colocando mais e tem que equipar também a polícia. O BOPE está mostrando serviço e pela primeira vez a população aplaude a polícia, que ontem era bandida.

Vi os bandidos, cerca de 200, disse o repórter, fugindo para o Complexo do Alemão. Assustador, eles agora estão aglutinados num único lugar , se estamos numa guerra, a polícia tem o direito de matar, não é assim que acontece numa guerra?

Meu medo é que essa bandidagem imigre para outras regiões onde a polícia é bastante despreparada, se não houver já um plano nacional de segurança, compartilhada com vontade com todos os governadores, prefeitos e quem mais puder, continuaremos a correr grave perigo, fera enjaulada é mil vezes pior do que fera domesticada. Cabo Frio e Búzios já estão na rota. O prefeito de Petrópolis esá apareensivo.
José Padilha não deve ter perdido a oportunidade para já pensar num Tropa de Elite 3, farto material ele tem nas mãos, infelizmente ao vivo e em cores.

Vi hoje, no Globo News, os rapagões do BOPE sorrindo com fuzil na mão e fazendo o sinal da paz. A população aplaudiu e eles passaram contentes – que mudança!!!
 
Urge que junto as UPPs programas de assistência social aos moradores das comunidades sejam implantados. Quanto mais cedo tirar os jovens da sedução do tráfico, melhor.
 
Urge que se mudem as regras do sistema presidiário. Que se copiem os exemplos americanos, onde presos de segurança máxima falam com advogados atrávés de um parede de vidro e telefone e vigiaos por policias dentro da cabine.

quinta-feira, novembro 18, 2010


É uma comédia fantástica que traz duas atrizes de peso, Annette Beninf e Julianne Moore e mais Mia Wasikowska, a Alice no país das maravilhas e Mark Ruffalo. A direção é de Lisa Cholodenko e trata da vida em família de um casal de lésbicas com seus filhos, gerados por um único doador. A história dá uma reviravolta quando os adolescentes resolvem conhecer seu pai biológico e conflitos veem à tona, principalmente quando uma das mães, Julianne Moore se envolve com Paul (Mark Ruffalo). Os diálogos são ótimos, soam ótimos na boca dos adolescentes, e por mais que o mundo gire a problemática de décadas atrás continuam presentes nessa década e nas próximas que virão, um exemplo disso é quando Paul dispensa a transa ocasional, o que ela diz, já ouvi várias vezes através de amigas na mesma situação.
Direção: Lisa Cholodenko

TROPA DE ELITE, 2


Fiquei impressionada com o nível técnico e artístico do filme. Muitio já se falou sobre ele, matérias enormes na mídia escrita e televisiva, o empenho da produção em coibir as cópias piratas, enfim, vi o filme. Tem agilidade de filme americano, o roteiro é ótimo, tudo é muitíssimo bom. Nós que convivemos com a polícia bandida, a violência urbana no seu extremo, a hipocrisia política dos governantes,sabemos que infelizmente o filme não é obra de ficção, é a pura realidade. Bravo Padilha, cinema é arte e serve para a reflexão e quem sabe mudanças. Wagner Moura é show, como  Sérgio Rocha e demais atores, saí eletrizada do cinema.

quinta-feira, novembro 11, 2010

A NOVA PRESIDENTE DO BRASIL

Quando Dilma foi lançada por Lula, tinha a certeza de que ela não ia ganhar. Ganhou, e apesar de não simpatizar com ela vou torcer para que faça um bom governo, investindo pesado na educação, saúde, segurança, ninfraestrutura, saneamento, coisinhas básicas que Lula não teve tempo em oito anos de mandato, e está aí o ENEM que não me deixa mentir, a educação no Brasil só está boa na visão míope da nova presidente.
Declarações bobas da familia, mamãe e titia na primeira página do jornal e mamãe Rousseff, do alto de seus oitenta e tal anos, mas que na foto está com cara de quarenta, aparentando mais nova do que a filha, dizendo que a verdadeira dilma rousseff, é ela....será que não tinha coisa mais interessante pra falar?
Foi feita uma enquete para se falar na elegância de Dilma, e adorei a frase de Julo Rego - ela está mais pra bolo de padaria. Demais. Aliás, para ser elegante tem que emagrecer uns 20 quilos. Parece um armário ambulante com as roupas que usa, a mulher é muito feia, e olha que já deu uma melhorada, mas mesmo assim...bem, Lula não fica atrás, em matéria de elegância, eu cá fico com o Casal Obama e Sarkozy com sua bela Carla. Cada um tem o que pode.

terça-feira, novembro 02, 2010

Querer banir os livros infanto-juvenis escrito por Monteiro Lobato com a alegação de que o conteúdo é racista mostra não só uma total incompetência literária como existencial. Li todos os livros desse extraordinário autor, o grande responsável pelo meu amor aos livros e ao fato de também gostar de escrever. Não me tornei racista, muito pelo contrário, tive namorados negros, portanto o temor é totalmente infundado. A mesma caça as bruxas, lá naquele país racista acima do Equador, em relação a outro genial autor Mark Twain, também um dos meus preferidos enquanto crescia, e seu maravilhoso Huckleberry Finn.




CINTURÃO VERMELHO DE DAVID MAMET



David Mamet é instigante, me lembra Quentin Tarantino na crueza em que retrata os fatos da vida, suas histórias são reais e sem final feliz, e esse filme é muito bom, e ainda traz atores brasileiros, Rodrigo Santoro, Alice Braga e outro que não consegui identificar nos créditos. Ao longo do filme, os brasileiros falam alguma frase em português, o que dá veracidade a cena, o que não aconteceu em Comer, Rezar, Amar.