sábado, março 29, 2008

HOMOEOPATIA PARA A DENGUE

Meu primo Victor me mandou a fórmula e já mandei fazer.
Passo pra vocês:
RHUS TOX/EUPATORIUM PERF/CHINA OFF/LEDUM PALUSTRA/GILSEMIUM 5 CH ã ã
glóbulos ou alcoolatura a 30%
glóbulos 3 -1 vez ao dia
gotas- 12 -1 vez ao dia.
A re4ceita vem da dra. Ana Teresa Doria Dreux CRM 52 33019-9

DENGUE

Finalmente uma boa notícia: saiu hoje no Jornal O Globo:
O Tribuna de Justiça do Rio de Janeiro concedeu limir ao Ministério Público estadual dando prazo de 24 horas para que as secretarias de Saúde do estado e do município transfiram para hospitais privados conveniados as SUS, todos os pacientes que est~qao com suspeitas de dengue mas ainda não conseguiram atendimento na rede pública.

Só que o estado informou que inicialmente vai atender mas estuda recorrer da medida e o idiota do prefeito disse que somente quando for notificado poderá se manifestar.
BABACAS, tem mais é que pegar dengue pra deixar de ser tão idiotas.

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Sou privilegiada pela oportunidade de ler tantos livros bons. A menina que roubava livros de Markus Zusak é uma obra-prima e ele só tem 32 anos. A estória emociona, te embala, te leva a percorrer o infinito das palavras e descobrir frases ímpares que me deslumbraram. Fiquei imersa, emocionada, sensível durante os dias em que me debrucei na janela e observei o crescimento de Liesel Meminger. Como a amei, como torci por ela chegando até a sentir o cheiro forte de seu corpinho magricela que não via banho e comia tão pouco. Como ela amei seu pai, sua mãe, Rudy e Ilsa, a mulher do prefeito. Através de seus olhos vi a desgraça, senti o fanatismo, engoli a desolação. Como ela torci por Max e fiquei triste quando ele se foi e esperançosa quando ele apareceu. Como odiei a guerra, tanto quanto o pai de olhos prateados, bom no acordeão e tão humano, e outras almas boas do bairro. Bravos Zuzak e vida longa pra você, mas tenho que reconhecer- morri de inveja.

sexta-feira, março 28, 2008

SERVIÇO DE IMIGRAÇÃO

Intriga-me a maneira com que os servços de imigração barram os estudantes brasileiros.
E não é só na Espanha, não- Agora li notícia que o mesmo aconteceu na Irlanda. Não sei se tem a ver, mas não gosto de saber que brasileiras e travestis lotam os os clubes de stripper e ruas européias em troca de euros que acabam servindo para comprar imóveis no Brasil. A gente não lê sobre prostitutas americanas, holandesas, dinamarquesas, etc... Triste sina, só dá brasileiras, venezuelanas, colombianas.... Não sei como se melhora isso. Com escolas? Com menos fome? Com mais oportunidades,certamente. Não gosto de carnaval, e quando morei em Portugal, ficava muito constrangida ao passar pelas bancas de jornais e via revistas brasileiras escancarando fotos de bundas verde-amarelas e aquele bando de homens, uns por cima dos outros fazendo comentários horríveis. Se vinha conversando, parava de falar com vergonha de reconhecerem meu sotaque e me identificarem com as bundas. É um preço incomodo e alto onde todos esses fatos se interligam. O país do carnaval. Herança de 200 anos que piora a cada ano - Leiem 1808. Está tudo lá.

POLÍTICA DO CÉSAR MAIA

Não sou contra o aumento de servidor, mas a Prefeitura do Rio, na figura do César Maia deveria também indenizar às famílias dos mortos pela dengue. Impressiona-me o silêncio da Justiça e dos parlamentares. As autoridades das três esferas devem ser condenadas criminalmente pelo descaso com que trataram a epidemia da dengue, com direito a impeachment. Não sei o que está pegando para que isso não se concretize.

quarta-feira, março 26, 2008

CHÁ DA TARDE

A mesa posta
xícaras descansavam
sobre pires sonolentos
o chá quente
se espreguiçava
em suaves espirais

O bolo
redondo
de chocolate
reinava soberano
em cima do prato
esperando ser deglutido
com elegância
entre suspiros de prazer
e felicidade

As horas passaram
o chá esfriou
as xícaras desabaram
cansadas de tanto esperar

O bolo murchou
deixou rugas profundas
no prato escolhido para a ocasião

Gente sem tempo
gente com tempo
mas com preguiça
não encontra tempo
para o chá da tarde

desculpas são dadas
desculpas são aceitas
o que se há de fazer?

O hoje agora é assim
encontro
desencontro
não é hoje
mas pode ser amanhã
e tudo acaba
em fumaça
que sobe em espiral
de um tempo
onde amigos
não têm mais tempo para amigos.

CARROS X DESORDEM URBANA



Carro financiado em 99 prestações é dose pra leão. Oito anos pagando por um veículo? Cruzes, imagina quem se presta a isso? Não se pode permitir isso de jeito algum. Há que se desenvolver sistema público de transporte eficiente e segurança para que a gente deixe o carro em casa e enfrente o transporte oferecido. O colapso será inevitável, como já sofre São Paulo há anos. Faço a minha parte, um pouco forçada, mas faço. Vou de metrô e uso o carro nos fins-de-semana. Mas já penso em acabar com isso num futuro próximo. Vou incorporar o jeito New Yorkean de ser. Nova iorquino que se preza não tem carro. Só que, bem, deixa pra lá. Otimismo moçada, vamos em frente.

A CAFETINA BRASILEIRA



Será que ela merece esse destaque todo? Quando vi, pela televisão, a mãe dando declarações que a filha tinha perdido o vôo ou sei lá o que era, fiquei pasma. E os parentes também dado declarações, se ela vinha ou não vinha. Não sei bem o que atrai tanto as pessoas para um instantinho de fama. Será assim tão importante aparecer ao vivo e em cores para o Brasil inteiro, não importando o que se tem a dizer? Efeito de shows de reality? É muito Big Brother pro meu gosto. Todo mundo com binóculos querendo saber mais, afinal a brasileira tinha se dado bem. Apartamento em Nova York, festas concorridas, celebridades e políticos na mão, se fosse no Brasil, rolava convite para protagonizar novela das oito, corria grana verdinha, se bem que o dólar anda tão fraquinho, mas mesmo assim ainda é dólar. Não estou julgando o que a Andréia faz. Cada um sabe de si, e uma mãe vai estar sempre ao lado do filho, mas o que me deixou perplexa foi o à vontade da família para falar do assunto. O pudor foi pras cucuias. Será isso o muderno? E esse aparato da Infraero foi de coroação de paísinho bem subdesenvolvido, foi não? Onde nós estamos? Que merda de valores é essa?

sexta-feira, março 21, 2008

DÚVIDA- M ESCLAREÇAM POR FAVOR- Cartas serão bem vindas.

Não entendo de economia, por isso preciso da ajuda de vocês. Se tenho dinheiro sobrando, gostaria de comprar geladeira nova, quem sabe um carrinho novo e planejar uma viagem. Então, vem o Ministro Mantega e diz que o consumo desenfreado gera inflação. Ué, dinheiro é pra guardar ou pra gastar?

O BANHEIRO DO PAPA

Que gostosura esse filme uruguaio. Uma tragicomédia onde os personagens bem construídos dão show de interpretação. Pessoas comuns, feias até, mas inseridas num roteiro tão bom que a gente torce pra que tudo dê certo. Impossível em se tratando de Latino América. Continente esquecido esse nosso. a pobreza, a corrupção, abuso de poder está tudo lá, como está lá também a grandeza de seres humanos driblando a mala suerte. Adorei.

segunda-feira, março 17, 2008

FERNANDO GABEIRA



O preconceito é uma atraso de vida. Estou ouvindo comentários que votar no Gabeira é uma furada porque ele é veado e drogado. Pode? A turma não esquece a tal tanguinha de crochet. Quero matar as pessoas. Quem é que nunca fumou um baseado, meu deus-do-céu? naquela época fumar maconha não tinha a conotação que tem hoje. Eram épocas diferentes. A verdade é que as pessoas que falaram isso não fazem parte do meu grupo de amigos, gaças a deus, mas fico com medo que seja o que pensa a minha empregada, a manicure, o pessoal da Baixada, e os evangélicos, que vão crivar no Crivella. Vade retro!!! Torço para que o Gabeira costure as alianças direitinho e venha com tudo em cima. Gosto do jeito elegante dele, e dou a minha mão à palmatória quando o critiquei por ter abandonado o PT logo que Lula entrou. Ainda por cima visionário. Vamos votar nele, turma.

IMPOSTO DE RENDA

É para chorar, mas todos já sabíamos. O assalariado brasileiro paga mais imposto de renda que nos países civilizados. É isso mesmo, não é mais desenvolvido, é civilizado. E como se reverte a situação? Cartas e sugestões para o blog. O ano passado tive restituição pela primeira vez na minha vida. E olhe que já tenho tempo para me aposentar. Esse ano vou pagar dezoito reais e caqueradas. E não tenho aumento há catorze anos, IMAGINE SE TIVESSE.

INTO THE WILD DE SEAN PENN


Filmaço. O ator EMILE HIRSCH se entrega de corpo e alma ao personagem. Havia visto no programa da Oprah a entrevista de Sean Penn e dele sobre o filme. A história é real, fruto da experiência de um jovem que abandona carreira promissora e tudo o mais para viver em contato com a natureza, e entender, talvez, o significado pleno da vida. É fantástico até para nós mesmos. Será que essa vida cheia de cobranças, prato feito de estresse que contamina o dia-a-dia, vale à pena? O consumo desenfreado, pessoas medidas pelo que têm, sei não, talvez o garoto do filme estivesse certo. O caráter legal do personagem me contaminou. Fiquei feliz de vê-lo usufruindo de sua vida sem medo, soltando as amarras e se deslumbrando com o mundo que foi encontrando. Sem falar nas paisagens deslumbrantes... Adoro SEAN PENN, um artista dourado, com muita personalidade.

sexta-feira, março 14, 2008

QUILOS A MAIS

A calça jeans apertada denunciava os quilos a mais. Vinhos, queijos, chocolate e outros vários quitutes saboreados com vontade que com vontade também, se instalaram no corpo da beldade. Ascendeu a luz vermelha. A calça incomodava, a barriguinha inflada caía sobre o cós da calça. As coxas estufadas avolumaram-se e a calça mais apertada ficou, na frente e atrás. Ela, desesperada e deprimida como só as mulheres ficam quando engordam, já pensando num regime mágico, se resignou e saiu pra trabalhar, assim mesmo, com as calças apertadas na bunda e nas coxas
Tristinha se encaminhou pra estação do metrô. De repente um “Gostooossaaa” sacudiu-a do torpor. Alegrinha, pensou: “Será que é comigo?” O bonitão de sorriso amplo e bigodinho anos 20 acercou-se e falou: “Que saúde? Pra onde vais, minha deusa?” “Pra lá,” retrucou a moça entre sorrisos disfarçados e pequenos suspiros. “Quanta fartura, isso pra mim é que é mulher! Sustança. Segurou, tem carne, esbanjando,” sussurava com voz melodiosa.“É tudo seu”, arriscou a moça, um tanto saliente, esquecida dos quilos a mais e feliz por não ter começado o regime. Os dois aflitos pegaram um táxi, ali mesmo, e correram para o motel mais próximo para celebrar o encontro inesperado e a fartura da carne num tempo de escassez fashion.

CORRUPÇÃO EM CAMPOS

Esses currais eleitorais onde políticos sabidos erigem seus feudos são uma vergonha nacional. Advinha quem está por trás? É aquela coisa, não sei se basta o meu nojo - eles continuam vivendo com ou sem o meu nojo- mas a verdade é que fico pensando o que realmente acontece depois que a imprensa denuncia e as fotos saem no jornal. São punidos? O dinheiro é recolhido ou melhor encaminhado, sei lá? Essa gentalha tem filhos e me pergunto como será que eles reagem. Me lembro que meu pai era racista e homófobo e eu, pequena ainda, ficava profundamente constrangida com os comentários dele quando via um homossexual . Não sou racista ( casei-me com um negro e tive vários namorados negros e meus melhores amigos são gays. Mas a impressão que ficou foi a profunda aversão ao comportamento de meu pai. Então espero que os filhos dessa corja também sintam vergonha. de seus pais e não copiem o modelito. Infelizmente não posso dizer o mesmo de Cristina Brasil e da família Cozzolino.

DETESTO O CESAR MAIA

Não quero ficar como a minha mãe, que detesta todos os políticos que governam o Brasil e a cidade do Rio de Janeiro, mas gente, o César Maia é demais. O auto elogio em horário nobre de televisão é de me descabelar. Enquanto a cidade está imunda, com calçadas negras de fezes e de lama, enquanto a favelização cresce a níveis insuportáveis, enquanto os bares invadem as calçadas com sua cadeiras de plásticos, enquanto a dengue mata e deixa dor nos lares desfeitos, enquanto os hospitais públicos não conseguem se deteriorar mais do que já estão, esse desgraçado exibe sua figura na telinha mostrando suas façanhas que não têm nenhum valor perante os horrores de sua administração. Nojento esse homem.

quinta-feira, março 06, 2008

OS TAIS DUZENTOS ANOS DA VINDA DE DOM JOÃO PARA O BRASIL

Li os dois livros sobre a vinda da família real para o Brasil. Bem melhor do que o filme de Carla Camurati que pegou forte nas tintas e desmoralizou os monarcas portugueses. No 1808 de Lauretino Gomes, os fatos são documentados, o autor tem embasamento acadêmico e Era no tempo do Rei, Ruy Castro se permite certas liberdades, misturando ficção com realidade. O que fica? Aí é que está o nó da questão. Não mudou muito o Rio de Janeiro: as pessoas continuam fazendo as necessidades nas ruas, os esgotos são lançados no mar, a vocação para a bandidagem é congênita, está no sangue, a elite roubando descaradamente do povo, o carnaval a orgia de sempre, e para não deixar de registrar o escarro, marca indelével dessa cidade. Como disse o meu amigo Sérgio, mais ou menos, pois não me lembro as palavras exatas: ah, era assim? então,está tudo explicado. e mais não falou, precisa?

segunda-feira, março 03, 2008

ZEZÉ POLESSA É O MÁXIMO

É ótimo rir quando a piada é realmente boa. Zezé Polessa é ótima atriz, cheia de recursos e o texto Não Sou Feliz Mas Tenho Marido fala de tudo que a gente já sabe mas tem medo de falar, saca? A instituição do casamento passa por transformações ao longo do tempo, e por mais que as pessoas digam que são felizes, eu não acredito. Brigas diárias, mesmo que pequenas vão minando a relação. Qualquer relação não se sustenta por muito tempo. Só mesmo a amizade e mesmo assim por forças das circunstâncias atuais que para os amigos se virem têm que marcar hora e data. Acabou aquele descompromisso saudável de se passar pela casa do amigo e subir para um cafezinho. Hoje é considerado de mau gosto e deselegante- e olhe que estamos falando de AMIGOS. Enfim, novos códigos, novas posturas. Ah, e o beijo na boca- Canso de ouvir as mulheres reclamando que sentem falta de beijo na boca. Como fiquei casada pouco tempo não sofri desse mal, mas parece que depois de um certo tempo de casados a paixão de bocas de unindo, troca de salivas desaparece quase que por completo e hoje há o que se chama a síndrome da saudade do beijo na boca. O texto fala disso tudo com graça e elegância. Ficou dois anos em cartaz e parece que vai para Portugal. Legal.

PARA MANON

PARA MANON

sentada na varanda

de minha casa

deixei meu olhar triste

vagar pelas lembranças

de saudades presentes

lágrimas envergonhadas

assombraram meus olhos

enquanto o rosto impassível

nada mostrava

por alguns minutos

deixei-me ficar

ao longe

um latido imperioso

exigiu minha atenção

sorri

conhecia as manhas de minha Manon

virei-me

e meu olhar

esperançoso

procurou-a

vagou pelo sofá

pelas quinas da casa

a realidade

me fez chorar

uma vez mais

restou apenas a lembrança

de sua presença ausente