Aos poucos, muda-se o país. É bem verdade que o momento é caótico, com uma crise política e econômica enorme, sem precedentes na história deste país. O Brasil mostra uma cara hipócrita desenhada nas caras dos políticos que se sentam no Congresso. A maior parte é corporativista, corrupta, e ao invés e apresentarem projetos que melhorariam a vida de quem lhes honrou com o voto, fazem o contrário, estão no Parlamento para enricarem e que se ferre o país.
O Brasil é um país de castas, o Legislativo e o Judiciário recebem um monte de benefícios que atrelados ao salário da turma é de uma indecência a toda prova, muitos passando dos 100 mil reais, uma afronta ao cidadão comum que se esforça para manter uma vida decente num país cujos tributos são escandinavos enquanto que os serviços que recebe são africanos.
O povo está, ou quem sabe sempre foi, selvagem. Machos brasileiros ejaculam nas mulheres em transporte público, e os estupros cometidos nesta santa terrinha nos deixam em posição "privilegiada" no mundo. Não sei o que está acontecendo, mas todos os dias leio e assisto nos noticiários notícias como essa. Não há dúvida que os tarados aumentaram em número, porque ejacular em transporte público não me consta que seja prática urbana na Alemanha, ou França, por exemplo.
Mata-se mais no Brasil do que na guerra na Síria, e então, não preciso dizer mais nada. A situação caótica em que vive a cidade do Rio de Janeiro, deixa os cariocas reféns em suas casas. O povo da Rocinha não sai de casa, as crianças perdem dias de escola, e ao ver o bairro onde vivem, me pergunto se algum dia conseguirão melhorar de vida. Esse povo não tem o mínimo, as casas são toscas, esgoto a céu aberto, sem o mínimo de urbanidade. Não é a toa que a bandidagem corre solta. Há que se pensar muito seriamente em dar dignidade a todos que moram nas favelas, construir centros de cidadania, levar arte e esporte (muitas já tem meninos músicos e meninas lindas dançando balé), pintar as casas, como fizeram no Dona Marta, enfim, reurbanizar pra valer. Quem sabe melhora a auto estima desta gente tão penalizada.
Na outra ponta estão na cadeia ministros, empresários, governadores, e espera-se ansiosamente presidentes da República. Cadeia era para jovens e negros, e agora não, então avançamos.
Acho que depois desse tsunami tropical o povo vai acordar e exigir um país melhor. Antes, as conversas eram sobre futebol e carnaval, mas agora não, se fala em política o tempo todo. Embora ainda apaixonados e sem conseguir admitir opiniões contrárias, vamos abrindo caminhos para um país melhor, sem mordomias, com menos corrupção e mais justo.