segunda-feira, outubro 31, 2022

VENCEU A DEMOCRACIA.

O povo disse não:

1- ao desmatamento sistemático da Amazônia;

2- ao desmonte da Educação Pública Brasileira;

3- sim às Vacinas;

4- meninos e meninas vestem as cores que querem;

5- não à perseguição aos seguidores das religiões de matriz africana, Salve meu pai Ogum  e mãe Iansã;

6- sim ao respeito a todas as religiões;

7- sim ao diálogo com as comunidades internacionais;

8- não às armas; Empunhe um livro e não uma arma;

9- sim à política cultural. Os artistas merecem respeito pois alegram e alimentam nossas almas;

10- sim às políticas públicas para alimentar e cuidar dos miseráveis;

11- proteção às áreas indígenas;

E tem mais, mas para mim esses são fundamentais. Nova era. Força. 


quinta-feira, outubro 27, 2022

DEBATE POLÍTICO AGORA TEM COACH ESPECIALIZADO EM ARTES MARCIAIS, GESTALT, BUDISMO E MEDITAÇÃO?

Não sei o que pensar. Daqui a pouco vão duelar fisicamente, porque verbalmente está um horror. Esses políticos não apresentam propostas, ficam é se desafiando com caras, bocas, sorrisinhos irônicos, olhares fixos, e toques físicos, esse comportamento é de Bolsonaro. Estou foraaaaa. Imagino o custo da coach Olga Curado. Estou curiosa para ver o resultado.

ARGENTINA 1985

Filme encabeçado por Ricardo Darín, foca a Argentina da ditadura militar no julgamento de seus algozes. O Filme é excelente, e me incomodou muito. Por quê? Ora, ora, porque os latino-americanos vivenciaram esse horror no século passado e sabemos de camarote o que aconteceu, embora muitos e muitos aplaudissem os crimes militares, os bolsonaristas de ontem. Quantos amigos morreram, o quanto de tortura se praticou, e se você não era nascido na época, existem os livros que explicam melhor do que eu aqui, nesse espaço. No banco dos réus, os torturadores militares e na procuradoria Ricardo Darín com um texto excelente na ponta da língua. História verídica, no Amazon Prime. Dê um pulo lá. Golpe nunca mais. Acorda Brasil.

A CARRANCA DE BOLSONARO

Assistia ao GloboNews em Pauta quando Marcelo Cosme interrompeu Catanhêde para a fala presidencial. Surge na tela o presidente, cara amarrada (pergunto-me se seria efeito intestinal, pois todos sabem que o commander-in-chief tem problemas fecais e não defeca todos os dias), carranca digna de histórias de terror, e com fala mansa, a língua presa e má articulação vai dando o seu recado, que ninguém aguenta mais. Os comentaristas afirmam que é discurso de perdedor. Sei são, preciso ver para crer. Se também é peça de um ato só, saberemos no domingo. 

Hoje no jornal vejo a carranca estampada. Cruzes, nunca vi um homem, presidente ainda por cima, trazer na cara todo o desprezo e raiva que tem da imprensa e do povo que ele sabe, está com Lula. Mais uma vez, me arrepio de confrontar esse brasil tão repugnante. 

segunda-feira, outubro 24, 2022

A GUERRA QUE SE TRAVA NO BRASIL

Estamos em guerra, há tiros sim, bolsonaristas contra petistas, bolsonaristas contra cinegrafistas, político chamando Ministra do Supremo de prostituta, presidente dizendo que "pintou um clima" quando meninas venezuelanas se aproximaram dele, enfim uma guerra baixa, vulgar, medíocre que desde 2019 tomou conta deste país de maneira extraordinária. As polarizações começaram com o PT com aquela coisa de "nós contra eles", ridícula e que me deixava bem enfezada. Vieram a eleições, já num ambiente conturbado, aconteceram as facadas e o que veio depois todos sabem. O capítulo governo Bolsonaro é o pior da História do Brasil. Páreo duro com a ditadura militar. Os dois são abjetos, mas a ditadura nos fez aprender que a democracia é melhor do que o autoritarismo fascista. Liberdade de expressão, e de pensamento é muito legal. Todavia, constato que essa reflexão não foi a mesma para essa quantidade extraordinária de gente vestindo verde-amarelo, xingando e ameaçando qualquer pessoa que eles intuem que pense diferente da manada enraivecida. O tipo de brasileiros que sempre existiu, desde os Integralistas, assim como nos EUA de Trump.

Roberto Jefferson trabalhava como repórter de um programa televisivo chamada Cidade Alerta, ou qualquer coisa no gênero. O nome do programa era o Povo na Rua, amiga me soprou o nome certo. De baixa qualidade, ele me assustava com sua postura e fala. Era imenso de gordo. Nunca o suportei. E agora, o que aconteceu em Levi Gasparian mostra que os anos lhe deixaram pior. Por que não o algemaram? Chegou ao Rio com as mãos livres. Afinal, tentou matar policiais. 

A situação das instituições brasileiras corre perigo real, com o aparelhamento pela máquina bolsonarista. Juízes, procuradores, federais procuram agradar ao chefe pensando como ele, então há um acomodamento do fato, quase que uma banalização, e pronto.

A campanha presidencial está feia, medíocre, assustadora. Sei não...

quarta-feira, outubro 19, 2022

MERVAL PEREIRA FINALMENTE ENXERGOU SÉRGIO MORO

Carta que mandei para o editorial do globo e foi recusada, e eu reenviei para carta dos leitores. A ver se vai ser publicada. O que eu escrevi:

Prezado jornalista. Fico muito contente que tenha enxergado Sérgio Moro como ele realmente é. Não nego a Lava-Jato, mas hoje já questiono e muito, os métodos de Deltan em dobradinha com Moro. Um ditado batido, mas oportuno: o pior cego é aquele que não vê. Salve a sua redenção. 

Em relação ao editorial do jornal, de ontem, 18 de outubro.

Merval apoiava Moro para a presidência. Aquilo me bateu forte. Logo Merval, um jornalista premiado, presidente da ABL? Com mais clareza, hoje vemos que o juiz é extrema-direita. Foi escorraçado por Bolsonaro e agora o apoia. Estava lá na Band, no debate. Quero acreditar que Merval tenha se dado conta de quem apoia Bolsonaro, de democrata não tem nada. O povo se move como entende, direita, esquerda e centro. Se virar para os extremos, aí é que fica feio. 

segunda-feira, outubro 17, 2022

SEVEN SECONDS

Minissérie excelente sobre as consequências do atropelamento e morte de um adolescente negro por um policial em dia de muita neve acumulada pela rodovia. O policial pede ajuda aos colegas, quando vê uma bicicleta embaixo das rodas do carro e a partir daí a trama se desenvolve. O roteiro é forte, alinhavado, e os atores dão bem o recado. Há conflitos morais, conflitos individuais, enfim, tudo bem mesclado. Vale muito a pena. Na Netflix.

LULA X BOLSONARO NA BAND.

Bem, o formato do debate mudou, e no meu parecer, para melhor. Os candidatos ficaram livres, para se movimentarem com mais liberdade. Houve uns minutos em que os dois se confrontaram, face to face, e eu fiquei na expectativa de que alguma agressão fosse acontecer. 

Bolsonaro se mostrou debochado logo na primeira fala. Pessoalmente, detesto deboche e ironia. Fala logo o que quer, com todas as palavras, sem precisar de caras e bocas e sorrisinhos no canto da boca. Sua fisionomia tensa e carregada nos davam uma leitura do que lhe ia na alma. Tocou Lula no ombro o que não foi legal. Foi audacioso (condescendente?) e o gesto não cabia ali em hipótese alguma. Lula tencionou ao receber o gesto inapropriado. 

Registro também o deboche com que se referiu à jornalista Vera Magalhães, a primeira a perguntar. No jeito grosso bolsonaro perguntou como ela estava e ainda acrescentou um "prazer em revê-la". Mostra bem o caráter desse homem que brasileiros opacos e desinformados não conseguem enxergar,

Analistas gostaram da performance dos dois. Eu não. Não posso aceitar insultos e mentiras ditas por sujeitos que são candidatos à presidência de uma nação, embora Bolsonaro, como presidente, use no seu linguajar diário insultos e mentiras. Mas, sua vitória em 2018 foi um ponto fora da curva, o que dizem os especialistas. O horror ao PT estava estrondosamente alto, como ainda está, e a solução ficou com o capitão.

Bolsonaro não me representa. Nem Lula, mas nesse cruzamento medonho da História do Brasil, é necessário que vença o segundo. Haja vista a lista de nomes de peso o apoiando.

Incomoda-me e muito o linguajar errado dos dois candidatos. Não é possível que nesses anos todos Lula não tenha aprendido que verbo no plural pede complementos também no plural. É inconcebível a quantidade de erros gramaticais que saem de sua boca. Idem para Bolsonaro, que ainda por cima tem língua presa, é isso?

Bolsonaro anda de pernas abertas e sua barriga dobrou de tamanho. Deve estar cheia de fezes. Que é um problema de saúde recorrente. Deselegante na postura e na fala, ternos não combinam com ele. Seu rosto transtornado, e seu corpo se mexendo o tempo todo são sinais visíveis de seu incomodo em estar no debate. Ao final do debate, nas entrevistas solo, Sérgio Moro aparece ao lado dele. Como é que pode este homem ter descido tão baixo, quando já esteve lá em cima época da Lava-Jato, onde tinha uma maioria que o apoiava, eu inclusive. Tive repulsa ao olhá-lo, como tenho em relação ao presidente, à Dilma, e a tantos outros que traíram meu voto de confiança, o que para mim é muito sério.

Lula revirava as mãos o tempo todo. Sinal também de desconforto. Entendo perfeitamente.

Planos de governança? Assim, assim. Lula revivia gestões bem-sucedidas no seu governo, enquanto Bolsonaro apontava sua metralhadora giratória para o adversário. Pontuou algumas questões contra o governo petista, e tinha razão. Mas, sua maneira de falar é tão grosseira e vulgar, que a meu ver, esses fatos passaram flutuando. 

O circo foi armado e o espetáculo aconteceu. Sem pipoca.

quinta-feira, outubro 13, 2022

O COMPORTMENTO MACABRO EM APARECIDA

Macabro, feio e chulo. Apoiadores de Bolsonaro, fantasiados com as cores da bandeira nacional humilham e agridem imprensa, e a quem não entoar o mantra "mito". Chamar o presidente de mito é estar fora da realidade que assombra o país já há alguns anos. É no mínimo curioso assistir a isso. Assistir o quanto regredimos em comportamento, tolerância em relação ao outro e educação. 

O povo que estava em Aparecida é devoto, creio eu. Então, deduzo, me digam se estou errada, religioso, crente em sua fé, tolerante. Mas o comportamento que se viu foi ao contrário disso. Houve intolerância, agressividade, boçalidade explícita. Se a selvageria estava em cada cara dos periquitos verdes e amarelos, fica difícil acreditar que a turma era religiosa do bem. Estamos numa guerra aguerrida, boçal e selvagem.  Impressionante o caminho aberto pelo presidente para que essa turma mostre a cara sem vergonha. 

Os dois candidatos se xingam mutuamente, detonam fake news, não apresentam propostas de governo, enfim, ficou muito pesado. Protejo-me não vendo noticiário, mas o lendo, e de camarote assisto à derrocada da Grande Nave.  Lá vamos todos.

O ESTADO É LAICO

E deveria continuar assim. Se é só na aparência, deve-se mudar para ser real. Crucifixos devem sair das salas de autoridades, que são passageiras nos seus cargos públicos, se o sujeito é assim tão devoto que tenha sobre a sua mesa suas imagens preferidas, que levará consigo quando sair do cargo. 

Foi eleita uma senadora terrivelmente evangélica, que fala bobagens o tempo todo, e que me faz duvidar de sua sanidade mental. Em tempo: é apoiada pela mulher do presidente desta república, que anda bêbada. A república, está bem entendido?

Xuxa liderou um abaixo-assinado contra as últimas declarações desta senadora neófita, com pretensões de chefiar o Senado. Que coisa. Em dois dias, alcançou meio milhão de assinaturas, a minha está lá. A senadora pode responder por prevaricação, mas dificilmente será cassada. Azar nosso, que teremos que aturá-la por 4 anos, e quem sabe, por quanto tempo mais. Parlamentar brasileiro uma vez eleito, não deixa mais o cargo. Vira profissão de fé. Bem, pode não ser reeleito, taí Alexandre Frota e Silveirinha, mas fico com o beneplácito da dúvida.

É grave o que diz, e ainda mais não apresenta provas. Damares fala de abuso de crianças na Ilha de Marajó, supostamente traficadas para o exterior e vítimas de abuso sexual e mutilações corporais. Era obrigação da senadora apresentar provas, o que até agora não aconteceu. Foi intimada pelo MP a fazê-lo. Lamentável a eleição desta criatura e de outros apoiadores cegos do presidente para o Parlamento brasileiro, que se apequenou espantosamente. Fica até difícil apontar os bons. E, caro leitor, somos nós que lhes pagamos o salário e aquelas benesses espúrias atreladas ao salário deles, dinheiro esse que poderia estar servindo à Educação e à Saúde. 

sexta-feira, outubro 07, 2022

RUY CASTRO DUAS VEZES IMORTAL

Excelente escritor, jornalista, democrata, esse gigante das letras que já era imortal através de seus livros, agora também sacramentado na Academia Brasileira de Letras. Parabéns Ruy pelo seu talento, escrita afiada e lucidez nos seus comentários políticos. Sua fã de carteirinha. 

CHLOE E KLEO, QUAL DAS DUAS?

São duas personagens, uma no Prime Video e a outra na Netflix. A primeira inglesa e a segunda alemã. Adorei as duas. A temporada inglesa aborda um grupo de classe média alta, lindas casas, lindos figurinos, jantares, êta vidaça. O tema é o suicídio de uma pessoa do grupo e a curiosidade de uma amiga da vítima em descobrir o que houve, fazendo se passar como igual deste seleto grupo. Meu coração palpitava o tempo todo com receio de que ela fosse descoberta, afinal usava um nome falso e sua vida particular fechada como um cofre, kkk. A atriz é magnífica, Erin Doherty. Suas nuances interpretativas me deixaram de queixo caído. Vale muito a pena. A outra, a alemã, me deixou com medo, uma vez que o personagem era uma assassina da Stasi, a polícia repressora da Alemanha Oriental antes da derrubada do Muro de Berlin. E a atriz incorporou o personagem com maestria. É forte, mas o espectador é brindado com um roteiro bem costurado. 

quinta-feira, outubro 06, 2022

MARIGHELLA, O DOCUMENTÁRIO

Marighella era político, escritor (poemas ótimos) guerrilheiro comunista marxista lenilista, e principal articulador da luta armada contra a ditadura militar brasileira. Wagner Moura dirigiu um filme, tendo Seu Jorge encarnando Marighella, que já gerou uma interrogação, porque o último tinha pai europeu, italiano e a mãe, negra, descendente de povo malês, uma identidade baiana, e Seu Jorge é negro. Enfim, não vi o filme, porque soube que era bem violento, e me preservei. Todavia li tudo que saiu na imprensa como assisti ao Roda Viva com Wagner. E ontem, assisti ao documentário dirigido por Isa Grinspum Ferraz, que retrata a vida do seu tio. Gostei muito. Há o olhar afetivo, como não? mas para quem não soube que foi esse político, homem destemido, vale muito assistir, com a mente livre e sem prejulgamento.

Eu era muito jovem, a ditadura militar se estabeleceu no país eu tinha 20 anos, namorava um rapaz que fazia Belas-Artes e foi através dele que eu soube dos subterrâneos da tortura. E fui sabendo sobre outras coisas e pessoas, o caso Zuzu Angel nos jornais o tempo todo. Eu lia tudo e a impressão que eu tenho agora, era de um filme que eu era obrigada a assistir, sabendo das mortes e torturas de jovens com a minha idade, e a pergunta que me fazia era se os guerrilheiros iriam mudar o país. Chamar a atenção, com certeza conseguiram, mas a logística era muito ruim. Aqui, não era Cuba, onde Fidel foi vitorioso.

Marighella me despertava a curiosidade. Era incapaz de julgá-lo, assim como aos outros que o seguiam, eu sabia que não era a minha praia, e tentava entender esse movimento pela liberdade democrática tão perto e tão longe de mim. Ele era comunista marxista-lenilista, que no Brasil era palavrão e ofensivo, e Bolsonaro era ainda criancinha, mas se você ler o que ele queria para o Brasil é democrático, apenas isso.  O documentário de Isa Ferraz é muito bom, foca um determinado momento da História muito feio e até ingênuo. Sim, os guerrilheiros tinham como força motriz a determinação e juventude, mas eram muito ingênuos. Os black-blocks da extrema-direita brasileira que tiveram visibilidade, embora escondidos em máscaras, em 2013, esses sim são dignos de repulsa, mas aquela turma lutava por um ideal. 

Marighella lutou pelo que acreditava. De uma coragem assustadora. Mostrava a cara, combatia e escrevia poemas. Na clandestinidade, conheceu o filho já grandinho, mas a companheira era Clara Charf, hoje com 97 anos, e que dá o seu depoimento no documentário. Se fosse vivo nos tempos de hoje, também teria sido assassinado. A mentalidade do povo é matar quem tiver a ousadia de pensar diferente. Não minto, é só ler sobre petistas e bolsonaristas se matando por pensarem ideologicamente diferentes.

Adorei o documentário. Recomendo.

quarta-feira, outubro 05, 2022

PARLAMENTARES IDOSOS DEVEM SER REELEITOS?

Acho que deveria ter um teto de idade. Sei muito bem o que é passar dos 70 anos. Se o corpo envelhece, a mente também. Claro, que a lucidez pode continuar, vide FHC, e outros que continuam nos brindando com suas reflexões. Mas no Parlamento, os políticos deveriam mesmo dar lugar aos mais novos. Continuam recebendo benefícios até a hora de suas mortes. Virou profissão, Benedita tem 80 anos, Sarney então...fico por aqui. É isso que tem que mudar. Não é profissão, há que haver novos ventos. 80 anos e trabalhando, tendo que pegar avião e estar presente no Plenário? Conte outra. Também não sei sobre presidente. Votei em Lula no primeiro turno, mas sinceramente, é porque não havia ninguém para peitar o presidente, que daqui a pouco terá 80.  

TEIA DE ERROS E ACERTOS

Os dois opostos estão no segundo turno. Erram e acertam no que falam, no que não falam, nas sutilezas e não sutilezas. Lula permitindo que Dilma fosse uma das primeiras a discursar no pós-primeiro turno me deixou perplexa, e me tirou o desejo de voltar a votar no segundo turno. Se há um antipetismo latente e que também parece que veio para ficar, se deve à Dilma Rousseff com Guido Mantega atrelado. Não consigo entender essa cegueira lulista, petista, ou será autoritarismo, prepotência, não se permitir sair do salto alto, voltar atrás, até hoje Lula não pediu desculpas à nação. Estou fora mesmo. A máquina bolsonarista, que é uma extrema direita que sempre existiu no país agora batizada como bolsonarismo, pode, sim, levar à reeleição do presidente atual. Ah sim, havia esquecido, mas lendo a coluna de Bernardo de Mello Franco que relembrou oportunamente o fato de que foi Aécio Neves quem primeiro duvidou da lisura das urnas eletrônica ao disputar a eleição presidencial contra Dilma.  Neto de Tancredo, que tanto lutou pelas Diretas Já, e foi obrigado, já nas últimas, a posar de presidente eleito.

Haddad deixou correr frouxo e Tarcísio o ultrapassou. Um erro crucial. Uma porrada na cara foi Serra apoiar Lula para presidente e Tarcísio para governador de São Paulo. O sujeito não é paulista. Tudo muito estranho. E o governador Rodrigo Garcia apoiando Bolsonaro foi outra porrada. A boiada já está passando.

segunda-feira, outubro 03, 2022

SOBRE AS ELEIÇÕES

Não sei, sinceramente, se estou surpresa com o resultado dos votos para presidente, agora no primeiro turno. Por um momento achei que Lula levaria de tacada, pelo menos era o que os institutos de pesquisa revelaram. Erraram, e agora leio um monte de explicações de comentaristas políticos que se deixaram levar pelo que apuravam. Apenas Natuza Nery sinalizou que talvez não fosse bem assim, aparecia no horizonte o voto envergonhado e dos brasileiros no exterior. O que me surpreende, deveras, é o comportamento de um povo abraçado a Bolsonaro, quando é público e notório o seu desrespeito, grosseria às pessoas, às instituições e aos chefes de outros países, sem falar no horror que foram seus comentários em relação a Michele Bachelet e a Brigite Macron. Imensamente desrespeitoso quando chama Lula de nove dedos. Esse é o chefe atual da nação brasileira, e com chances de mais 4 anos de mandato.

Sempre deixo claro que não sou petista, mas já votei no partido, e me lembro da felicidade que senti quando Lula foi eleito presidente. Estava em Salvador, e os baianos festejavam a eleição de maneira extremamente ruidosa e alegre. Enfim, o tempo passa, nós mudamos e precisamos estar atentos aos novos ventos. Continuo sendo uma pessoa que olha para todos os lados, menos para os extremos. Não acho que um político de direita é execrável só porque é de direita, deve-se ouvi-lo, Marco Maciel é um ótimo exemplo, para quem se lembra dele.

Só quem é muitíssimo mal-informado, ou analfabeto, não enxerga a política de desmonte na Cultura, o desmonte na Amazônia, na Saúde, na Educação com troca incessante de ministros e sem nenhum projeto, Direitos Humanos com uma ministra dizendo que meninos usam azul e meninas rosa, e várias outras barbaridades ocorridas num ministério tão sensível. E essa criatura foi eleita para o Senado, assim como Pazuello e Ricardo Salles como deputado federal, com mais votos do que Marina Silva. Ricardo Salles o defensor de passar a boiada pela porteira enquanto a Covid se alastrava pelo país. É isso o que o povo quer. E penso no Supremo, com duas vagas abertas no próximo ano, caso Bolsonaro se reeleja. Preocupante a Corte Máxima se encher de conservadores, são precisos olhares progressistas e liberais.

Também na esteira bolsonarista Mourão e Moro foram eleitos senadores. Deus meu. No contraponto Boulos eleito o deputado federal mais votado em São Paulo. Na última eleição foi o filho caçula do clã.

Claudio Castro reeleito governador do Estado do Rio de Janeiro, também colado na figura do presidente foi aposta certeira da milícia que se impõe no Estado. Mortificante. 

A milícia, a turma da bala, enfim uma bandidagem presente na Amazônia já são atores protagonistas do Brasil 2022 e daqui para a frente. E duvido que mude. 

O Brasil conservador, preconceituoso, atrasado mostra a cara sem vergonha. Pela História sempre fomos assim. Depois de anos de ditadura militar parecia que a mentalidade brasileira iria dar um pulo. Deu pulinhos, e agora vai de ré ladeira abaixo. 


domingo, outubro 02, 2022

DIE KAISERIN , A SISSI

 O filme Sissi sobre a imperatriz austríaca arrastou multidões ao cinema, e isso no século passado, onde não havia internet, e o lazer era cinema, teatro, shows musicais, festinhas sem cocaína ou maconha (pelo menos as que fui) e as praias. Encarnando Sissi, a belíssima Romy Schneider, que atuava junto à sua mãe, também atriz. O filme foi lindo, suntuoso, o figurino maravilhoso e a música de Strauss enchendo nossos corações e almas. Não me lembro muito do filme, a não ser pela beleza do casal, Romy e Horst Buchholz. Agora na Netflix assisti a uma temporada, minissérie, não ficou claro, sobre a imperatriz Sissi. Muito interessante esse novo olhar cinematográfico. Fiquei na dúvida se Sissi era rebelde, mimada ou além de seu tempo? Em Viena, visitando os palácios da realeza soube que Sissi era obcecada com a beleza, e peso, gostava de ler e ainda escrevia poemas. Quem escreve poemas tem sensibilidade. Sim, era depressiva e infeliz, mas ao mesmo tempo solidária e numa epidemia de cólera que assolou Viena, visitou hospitais. Era uma mulher alta e muito magra. Numa das salas do palácio, não me lembro qual, havia uma sala com aparelhos de ginástica. O povo a adorava e teve uma morte trágica. Recomendo o filme, esperando uma continuação, ficou visível que precisa continuar.

Ah, sim, vale o comentário. Em Viena, visitei e almocei no restaurante do palácio imperial de Hofburg cheio de turistas, e saboreei a maravilhosa torta de chocolate Sacher torte. De se comer rezando, de tão divina.