quarta-feira, janeiro 27, 2010

O SHERLOCK HOLMES DE GUY RITCHIE


Me lembro de comentários horríveis sobre os filmes de Guy Ritchie. Acho que a turma se mordia de inveja porque o cara era casado com Madonna. Se referiam a ele como o marido dela. Horrível. Vi alguns de seus filmes que não eram lá essas coisas, mas nesse, ele deu um show, mostrou que entende do riscado. O Sherlock de Guy Ritchie é trepidante, um herói audacioso, sagaz, valente, invencível, ganha todas, até contra um gigante francês e voilà, o ator é baixinho, mas se agiganta na interpretação detalhista, primorosa de Robert Downey Jr, um ator deslumbrante. Ele e Sean Penn são duas grandes referências não sei se da mesma geração,  mas correm lado a lado. O filme me pegou, dei gritinhos, sofri, torci e ria muito, me perguntava como ele, Sherlock se safava daquelas situações todas? Truques cinematográficos, câmera segura e inteligente, a la Speilberg, li em algum lugar. Até o cachorro teve lugar de destaque. E a música, que bom gosto, tinha de um tudo ali. Meus ouvidos sensíveis registraram de tango a música de Zorba, o Grego, pelo menos alguns acoredes de Zorba eu juro que identifiquei. Enfim, um ótimo filme, Jude Law ótimo também, maravilha.

CONSUELO DE CASTRO/VERA JAFARDO/A PROVA DE FOGO


Foi uma grande satisfação para todos que participam da montagem de A Prova de Fogo, a presença de Consuelo de Castro, que escreveu a peça enquanto estudante da USP e aos 19 anos, peça esta que hoje é referência histórica daquele tempo. Na foto as duas, Vera Fajardo e Consuelo de Castro.
Eis o que ela escreveu para Vera Fajardo, a diretora, sobre a emoção de rever o seu texto.
"O teu trabalho transcendeu a contingência histórica, na medida em que você concebeu o espetáculo com cenário e algum distanciamento narrativo, dividindo os tempos em uma história contando outra historia.
Na medida também em que você fez um trabalho de ator , um a um, em que as personalidades individuais, os conflitos, as invejas os ciúmes,os tesões, os temores, tudo ficasse tão forte e tão ritmado, em crescendo, que aqueles conflitos jovens poderiam se passar com qualquer juventude, em qualquer tempo.No mais, me espantou como você consegui ampliar o espaço cênico com uma noção de dinâmica , de integração, de tempo distendido. A cena do telefonema do pai da Rosa, enquanto rola o terror pânico das coisas da segurança que sumiram, é o exemplo disso
Acho um espetáculo enérgico, nervoso, generoso, afetivo e sem jamais ralar no melodrama.
Acho um espetáculo profissional, da melhor qualidade e os meninos não deixam nada, nada a desejar.
Claro que uns e outros se sobrepõem.
O Zé é o máximo( Igor Vogas), simplesmente o máximo, Vilma (Camila Moreira), Frederico (Lucas Gutierrez)- que puta ator .
Ah, e eu descobri, ontem, que ele, Fred, é o personagem que mais cresceu, humanamente, ao longo da experiência.
Depois de 43 anos você me deu essa visão sobre meu próprio trabalho.
OBRIGADA PELA ALEGRIA, OBRIGADA PELA QUALIDADE, OBRIGADA POR ESSE MOMENTO
BJS\
Consuelo


terça-feira, janeiro 26, 2010

CHARLIE SIMPSON, o menino londrino

Em tempos tão crueis, as crianças, graças a deus, ainda surpreendem. Belo gesto desta criança que através de uma mensagem singela via web conseguiu arrecadar um dinheirão pra ajudar os haitianos. Impossível não sentir uma lágrima descendo e a garganta apertar. Vida longa pra esse menino, já é um abençoado.

domingo, janeiro 24, 2010

RECUERDOS DE BUENOS AIRES

Terminei 2009 e comecei 2010 em grande paz e felicidade. Viajei. Fui rever Buenos Aires da minha adolescência, do meu primeiro amor - Juan Antonio Garcia, Tacho, um portenho de olhos verdes e sarado de corpo,  professor de educação física. Meu pai foi participar de um congresso internacional de educação física e nos levou com ele. Passava as manhãs nadando na piscina, e foi ai que conheci Tacho, que de férias, também nadava no complexo de Nuñez, onde rolava o congresso.E de tarde, passeava pela bela cidade portenha. Nunca mais voltei. E foi com grande alegria e com olhos saudosos que mi Buenos Aires querido, voltou a se reencontrar comigo.
Buenos Aires é linda e ampla, como bem lembrava. O verão é bastante suportável, as ruas mais limpas que as do Rio, e mais civilizada também, digo isso me baseando no barulho urbano de seus habitantes, e no fluir do trânsito. Lá os motoristas param pra você passar. Beleza! Não ouvi ninguém gritando, o argentino fala baixo em qualquer lugar, inclusive shoppings e restaurantes, passear pelos shoppings, pelas ruas é super tranquilo e até los chiquitos são  menos estressados e mimados do que os daqui. Andamos everywhere sem problemas, a qualquer hora do dia e da noite, e não sou ingênua para pensar que nada acontece por lá, pode acontecer sim, mas a sensação de segurança foi bastante forte. A cidade também mantém um grau de limpeza alto, claro que vi lixo esparramado pelo chão, e alguns becos bastante sujos, mas oh! diferença! quando comparo com a Rua Bambina, Rua Vicente de Souza onde um rapaz defecava na frente de todos às 14 horas de um dia na semana qualquer. Isso não vi lá, nem homem urinando nos cantos ou nas árvores. Nós, os cariocas precisamos urgente de lições de etiqueta e comportamento- choque de ordem.
Fomos conhecer a Livraria Ateneu, onde Borges ia todos los dias. Impressionante a Livraria, a começar pelo prédio, e lá dentro então, é enorme, não chega a ser colossal, mas é muito européia.


Esta é a vista do lado de fora, linda, linda.
Como qualquer  turista, andamos pelos lugares mais conhecidos, a vontade de rever o que na minha lembrança ainda estava tão vivo, tal real. E vamos a ela, na cor da qual tanto gosto. A CASA ROSADA.


Preciso apresentar minha companheira de viagem, uma gaúcha muito especial. Com vocês, Marilene.Quando  vi Porto Madero pensei nas grandes oportunidades que o Rio de Janeiro vai ter quando urbanizarem o Cais do Porto. Em Barcelona e em Belém as experiências foram bem sucedidas e espero que logo, logo comecem as obras por aqui. Porto Madero é bem bolado, uma infinidade de restaurantes, sorveterias e o povão andando pra lá e pra cá. Palermo viejo, o Soho portenho também é uma graça e é onde estão os jovens, e restaurantes mais descolados. Comi uma pizza gostosíssima por lá.
E não vou esquecer Caminito, com suas casas coloridas, reduto da italianada quando imigrou. Rola um tango legal  na rua , para  turista se deleitar.

Sentamos num restaurante e ao sabor de uma cerveja festejamos o fato de estarmos ali, nos divertindo, vendo o tempo passar.
E não podia deixar de registrar essa tanguedía.
As Galerias Pacífico é um shopping chiquérrimo, e pela segunda vez vi, ao vivo e em cores, as grifes européias, cada roupa de cair o queixo. Gosto de apreciar roupas, adoro moda e essses estilistas são verdadeiros artistas, a roupa é pensada em cada detalhe e não há mulher que não se extasie, é bonito de ver. Talvez eu nem usasse, é tão longe dos meus parâmetros, mas que é bonito é.
Ah, uma foto do Jardim Japonês, em Palermo.

Esse jardim é muito lindo, nesse dia, particularmente estava muito quente , mas quero crer que era porque a gente estava andando o tempo todo. Tinhamos ido à feira de San Telmo, e depois pegamos o ônibus para Palermo, onde está o Jardim  Japonês. E fazer turismo em baixo do sol, não é mole, mesmo que a temperatura não chegue ao horror do que é no Rio de Janeiro, este verão de 40º direto.

E, após quatro dias, lá fomo nós para San Carlos de Bariloche, Patagônia, um lugar que situo entre os mais belos que já vi na vida. O primeiro é a baía e os contornos desa cidade onde vivo, depois vem a Suiça correndo parelha, com os inesquecíveis Alpes e suas cidades de sonho, e BARILOCHE. Amei de paixão esta cidade que foi cruel com a gente. Choveu e fez um frio inacreditável- de 5 a 9º, ninguém merece. Eu, pelo menos não merecia. Desembarquei de sandália de dedo, bermuda, a mesma que está na foto com Marilene e uma blusinha parecida. Marilene me gozava o tempo todo e não acreditava como eu tinha sido tão obtusa em não levar agasalho. Mas ela também foi pega desprevenida, e tivemos que comprar roupa pra aguentar o rojão. Foi duro de roer, mas valeu, fiquei encantada, estou encantada e quero voltar pra aquele lugar de sonho, com seus inúmeros lagos de nomes estranhos aos nossos ouvidos e suas montanhas andinas cobertas de neve.Isso é uma amostra do tempo, tem outras. A capa plástica é para cortar o frio, estávamos em lugar alto. O cachecol comprei em Buenos Aires porque o preço estava ótimo, e foi de grande valia. Usei a mesma roupa por 5 dias seguidos, não tinha condição de usar outra, só se comprasse um outro guardaroupa. Tem hífen essa joça? Daqui a pouco não sei mais escrever português.
Esse cachorro lindo se aproximou da gente em Cerro Otto, um lugar lindo, mas que não pudemos aassuntar o tanto que queríamos por causa da baixa temperatura. Ele veio, ficou do nosso lado, e eu aproveitei pra matar as saudades de meu Rex.
Esta é a visão em frente do nosso hotel- 3 Reyes, um hotel antigo e que fica em frente a este lago -Nahuel Huapi. ao longe o Chile, os Alpes Andinos, cobertos de neve, que não dá pra ver na foto mas, está gravado na minha retina, na minha memória.
E apesar do frio, a gente passeou e passeou, comemos chocolates da Mamuschka e da La Abuela Goye, que delícias. Comer chocolate sem culpa e não engordar, é a suprema glória. E viva o frio!!!
Em Cerro Catedral, fizemos uma caminhada de uma hora e meia que foi espetacular, primeiro pela paisagem que nos rodeava, segundo por ver o tempo todos os Andes, terceiro porque o ar era da melhor qualidade, estávamos em plena natureza selvagem, e aqueles lagos de Bariloche, ah, a caminhada que vale por mil aulas de yoga e meditação.

Não podia estar mais feliz. Nesse dia, não estava tão frio, como andamos muito, teve uma hora em que começamos a tirar as peças uma por uma, ficando só com a camiseta. O céu azul, a  paz do lugar, Cerro Catedral é resort de ski e tudo de bom.
Olhe só que foto linda, um recanto singelo e belíssimo.
E assim foi a viagem, prazerosa,  com uma amiga que compartilhava da minha alegria e do amor a natureza.

E então, fomo pra Porto Alegre, cidade banhada pelo Rio Guaíba. Outra surpresa agradável, o gaúcho é educado, a cidade é limpa, o trânsito flui e é barata para os padrões cariocas. Ah, e falam baixo também. Acho que ando neurótica com o barulho urbano que é a tônica do Rio de Janeiro, e quando percebo outros hábitos, mais civlizados, registro imediatamente.







sexta-feira, janeiro 22, 2010

375 MILHÕES PARA O HAITI?



Que se ajude ao Haiti, claro, é muito importante a solidariedade mundial para um país tão sofrido, pobre e violento. MAS, 375 MILHÕES? Como se a gente aqui não precisasse de nada? E precisamos, saúde, escolas, guarda costeira, infraestrutura, empregos, habitação decente para os menos favorecidos, transportes públicos, segurança nas estradas, rodovias, meu deus, e o Lula fazendo um esforço danado pra manter a liderança brasileira na região? Essa tal cadeira de segurança na ONU está custando caro. E ainda vem o general Floriano Peixoto minimizar escancaradamente a ajuda dos EUA e Canadá declarando que são apenas representações humanitárias e destacando a manutenção brasileira na área de segurança. Que horror!!!

quarta-feira, janeiro 20, 2010

NEW YORK, I LOVE YOU


Pois é, chamaram alguns diretores e fizeram um filme sobre New York.  Vi Paris je t'aime e foi muito bom o que não posso dizer desse aqui. Fora um ou dois roteiros mais interessantes o resto é mesmo decepcionante. Gostei do curta de Natalie Portman como roteirista e diretora, gosto dela, apesar da história em que ela se apresentou como atriz fosse bem ruim. Me esforcei pra ver esse filme, enfrentei calor, fila e a certeza que Estação Botafogo, na Voluntários da Pátria 88, jamais de nouveau.

O METRÔ COBRINDO A CIDADE

Quando o metrô chegar ao Leblon- Bartolomeu Mitre- será o caos nas praias e em qualquer lugar, como já é em Copacabana. Um dia de muito calor, decidi ir à Copacabana, estacionei meu poluente de gases na Barata Ribeiro e fui tentar me refrescar. IMPOSSIBLE- a horda humana espalhada pela praia me lembrou Bombaim- de arrepiar. Quando fui pegar o carro, vi a mesma multidão indo em direção ao metrô. Dava até medo, era muita gente agrupada. Ipanema já está um caos, as praias lotadas e agora o metrô. O transporte público não é só o metrô. Ao invés de duplicarem a avenida Nieymeyer por que não investem em barcas pela orla, não consigo entender a idéia fixa em rodovias, é mais asfalto, mais poluição, e ainda por cima o presidente zera o IPI para carros- não quer MESMO contribuir para a melhoria do ar na cidade.

terça-feira, janeiro 19, 2010

AS NOTÍCIAS DE HOJE

Fora esse calor senegalesco, como diz a comadre, as coisas continuam mais ou menos a mesma coisa. Vamos a elas:
1) METRÔ OPERA ACIMA DE SUA CAPACIDADE- Convenhamos que isso já é até uma notícia batida. A população que pega metrô está comendo o pão que o diabo amassou em dias africanos. Aliás, é sempre o povo que paga o pato, não é mesmo? Os transportes públicos são desastrosos, mas existe uma esperança, as Olimpiadas vem aí e quem sabe sobra um dinheirinho para o transporte público. Não entendo por que esse povo não se rebela, já que o governo estadual não se manifesta? Quebre tudo de uma vez ou mostre indignação ao vivo e a cores. NÃO PEGUEM MAIS O METRÔ E ENTREM COM UMA AÇÃO PÚBLICA, enfim, mexam-se. Mas, não continuam a pegar o metrô e a reclamarem quando a reportagem está lá. Assim não dá MESMO.
2) Os assaltos na Rio-Teresópolis. Algum tempo atrás eram na Rio-Petrópolis, agora mudaram de serra. Nese fim-de-semana foram 8 assaltos seguidos. Bonito, não? A turma cada vez mais especializada no assalto, na violência. E cadê a polícia? O ESTADO DO RIO DE JANEIRO é estado de risco, a violência é alta, os assaltos acontecem a toda a hora e a polícia se esconde. Vai ver está na praia, como aliás vi alguns em tendas- choque de ordem. O policiamento tem que ser ostensivo com patrulhas pelas estradas, nas ruas, nas esquinas, onde der. Os merdas que governam essa cidade, prefeitura e estado, acham que estão em Pandora, fica tudo ao léu, o povo morrendo, sendo assaltado, mas as Olimpíadas vem aí, vai ter policiamento ostensivo e coisa e tal. Enquanto isso vão achando que estão pacificando os morros.
3) Trem carioca, agora, opera sem maquinista. Isso é que é evolução. O trem numa velocidade de 100kmh e o povão se cagando de medo. Quem é mesmo que pega trem? Me lembro como se fosse hoje, governador Garotinho entusiamado com a Super Via, trens com ar condicionado, limpos, transporte de primeiro mundo.  Tá, me engana que eu gosto. Mas, vem as Olimpíadas, quem sabe sobra um dinheiro para  investir na Super Via?

domingo, janeiro 17, 2010

BARBARA HELIODORA X ADERBAL FREIRE-FILHO

Quero crer que dona Bárbara não é mulher tinhosa. Não vi Hamlet e nem vou ver Macbeth apesar de adorar Adebral Freire-Filho, o fato é que não consigo assistir aos clássicos, acho tudo muito chato e é um teatro que não me fala à alma. Mas leio os comentários e fico perplexa. Aderbal Freire-Filho é um diretor excepcional, genial, culto e jamais encenaria alguma coisa que estivesse abaixo da qualidade que ele exige. E não é que dona Bárbara que tinha acabado com Hamlet, acabou também com Macbeth? Parece que ela não admite releituras do bardo inglês. Só serve se a tradução for dela mesma. Shakespeare é para ser encenado comme il faut. E então, ela aproveita as colunas do jornal e dá-lhe de erudição. Disseca a peça, a mim não me interessa a mínima, vou ao teatro pelo diretor, pelos atores,  pelo texto e claro, pelo boca-a-boca.
 Críticos de teatro, de literatura, de cinema, ou qualquer outra coisa são sempre muito estranhos. Talvez na incapacidade de atuar, de escrever já se põem na defensiva e derrubam com  prazer quem se aventura em campos que foram incapazes, ao invés de procurarem as coisas boas da montagem, afinal montar um texto, alugar um teatro exige uma mão de obra que não é mole. Então, que prestigiem e amoleçam nas críticas. Afinal, ninguém é deus, são apenas pessoas que acreditaram no trabalho e querem mostrá-lo. Deixem para o público julgar, ora.

O HAITI

Tenho amigos que dizem que as notícias dos jornais são lidas nas entrelinhas. Confesso a minha dificuldade nessa empreitada, mas hoje li na primeira página do jornal O Globo algo que me deixou alerta.  Hillary Clinto reconhece que a força da ONU liderada pelo Brasil está mais familiarizada com o país e dentro do governo brasileiro existe o medo da perda da liderança para os Estados Unidos e a preocupação em existir dois comandos.  O Brasil não pode competir com os Estados Unidos, é esse país quem tem todas as condições de chegar lá e ajudar mais do que qualquer um outro, porque tem mais dinheiro, mais estrutura e um governo que não está preocupado em liderar nada, já é líder, pelo menos por enquanto. Nossos políticos pensam muito pequeno e o pessoal do PT é foda. Estão ajudando o Haití, com certeza visando a tal cadeira de segurança na ONU, ou quem sabe abrindo uma nova esperança para o nobel de Lula, que perdeu para o Obama, justo por causa do mensalão.

A PROVA DE FOGO de Consuelo de Castro, direção de Vera Fajardo



Quem ainda não viu, vá correndo a Casa da Gávea, essa tuma linda e talentosa está batendo ponto todas as quintas- feiras de janeiro às 21 horas, e fevereiro também. O texto de Consuelo de Castro é brilhante, a autora o escreveu aos 19 anos, tem uma força dramática incrível e essa turma encarna com perfeição os estudantes daquela época. É um texto com valor histórico, imperdível.

sábado, janeiro 16, 2010

JULIA E JULIE

Li um livro escrito por Nora Ephron e não me entusiasmei. Para falar a verdade não entendi a razão de seu sucesso. Talvez seja até um fator cultural, o que faz sentido lá nem sempre faz aqui. Cito isso mas amo de paixão Woody Allen, porém muita gente por esses trópicos o acha chato. Bem, o filme é dirigido por ela e traz na linha de frente Meryl Streep super bem acompanhada de Stanley Tucci, um ator que nunca protagonizou mas sempre obteve ótimos papéis e brilhantemente soube excecutá-los.
Também  não achei nada demais o filme e algumas vezes me peguei bocejando. Claro que existe a competência americana em fazer filmes, mas chega uma hora que desejei que ele acabasse logo. Me incomodou muito os tons de voz de Streep e da Amy Adams, principalmente da última que me soou antipático, explicado, monótono.
Claro que Meryl é uma atriz que supera qualquer coisa e quando cheguei em casa liguei o micro e fui pesquisar Julia Child. Levei um baita susto. A cópia é igual ao original - a mesma voz, a mesma postura, Meryl é realmente estupenda. Vejam no youtube Julia Child preparando uma omelete, ao ver o vídeo percebi porque nunca consegui fazer uma omelete. Agora já sei, pelo menos para isso o filme serviu.

NOTÍCIAS DE HOJE

As notícias de hoje. Vamos a elas.


• Um jovem paulista, punk é agredido por turma skinhead num carro e é arrastado por cerca de 60 metros. Igual ao João Hélio. O jovem está vivo, mas seu estado é gravíssimo. Me pergunto, o que acontecerá a esses jovens bandidos? Nada, serão presos e logo serão soltos.

• Gangues de jovens do Grajaú e do Méier se reúnem para brigar levando terror ao Grajaú. Um jovem a caminho da padaria é espancado sem razão. Na delegacia,, não reconheceu os agressores. Eu também teria medo. A psicóloga diz que é autoestima baixa. Me pergunto senão vai mais além, pais, educação em casa e no colégio.

• Chuva de meia hora alaga ruas e leva caos em vários pontos da cidade. É o normal. Nada de novo. Não há limpeza dos bueiros e o carioca é sujo.

• No Haiti o terror, a fome, a morte, a destruição. Idem em Angra, sem a fome. Lula socorre o Haiti e não socorre com a mesma destreza o desastre em Angra. Aliás cadê o governador que nem se pronunciou? O Haiti é aqui.

• A desordem urbana em Búzios me deixa bastante apreensiva. Há projetos que estimulam a verticalização do balneário, meu deus. Espero que os vereadores sejam iluminados pela clareza e inteligência e barrem esses projetos. A mesma coisa para o espigão da Lapa. Quando eu digo que essas merdas de políticos não servem pra muita coisa não estou errada.

domingo, janeiro 10, 2010

AVATAR

O filme de James Cameron é um espetáculo. No futuro, Jake é o ex-fuzileiro naval paraplégico enviado a um planeta chamado Pandora. Este planeta é riquíssimo em biodiversidade, o que interessa ao mundo, só que lá também existe a raça humanóide Navi com sua própria língua e cultura, o que evidentemente entra em choque com a invasão dos humanos. É interessante observar a crueldade do colonizador em relação ao colonizado - temos aí as histórias dos índios, dos arborígenes, a destruição da cultura nativa em prol do que aqueles acreditam. A destruição da Árvore Santa e da floresta me deixou muito triste. Talvez um alerta para o cuidado com o planeta, já tão destruído, coitado. Vi o filme em 3D e agora só quero ver cinema assim. É fabuloso.
Tudo fica lindo em 3D. A paisagem é deslumbrante e a história prende o tempo todo. Fiquei até tonta com os vôs, de tão reais que foram. E cá pra nós, como é lindo o amor!!! Não há como não se emocionar quando os dois protagonistas se vêm apaixonados.

DALVA E HERIVELTO

Maria Adelaide Amaral no texto, Denis Carvalho ma direção, Adriana Esteves,s Fábio Assunção liderando um elenco afiado, um drama recheado de ciúmes, paixão, traição e música de ótima qualidade foram os ingredientes dessa minissérie que brilhou tanto quanto os personagens que a inspiraram.
Dalva de Oliveira era um ícone quando eu era criança. Cresci ouvindo sua história de amor e ódio com Herivelto Martins. Não gostava de sua voz como também não gostava das músicas que cantava. Meu ouvido e sensibilidade estavam se preparando para o que viria logo depois: o surgimento da bossa nova, uma outra batida, uma nova maneira de cantar e com
por.
Não gostava de Herivelto, o bruxo que batia na Dalva, mulherengo, que a fazia sofrer, era o que mamãe dizia. Mas também, na minha pouca idade, não entendia porque ela se dizia tão apaixonada por um homem que a fazia tão infeliz.
Via Dalva cantando na televisão e procurava enxergar dentro dela a mulher comprometida pelo álcool, procurando sempre Herivelto em outros amores.
Sua história foi fascinante e muito importante por resgatar um período de ouro da nossa canção.
Adriana Esteves e Fábio Assunção estavam espetaculares. Como é bom ver atores maduros na sua arte, defendendo seus papéis com segurança, talento e a emoção no ponto.
Ótimo.