SÉRGIO MORO, PALADINO DA JUSTIÇA?

Sérgio Moro tornou-se o paladino da justiça brasileiro quando enfrentou com coragem os colarinhos brancos e mandou muita gente para o xilindró, de presidentes a parlamentares e empresários. O brasileiro que já é chegado a alimentar mitos fez a festa, com direito a uma passeata em direção à mãe de Moro no dias das mães. A turma postou-se em frente à sua casa e rompeu-se em aplausos. Afinal ela merecia, quase uma virgem maria, uma divindade terrena por ter concebido Sérgio Moro. Somos assim, não é mesmo? Eu não, só para completar.

Quando Moro aceitou participar do ministério de Bolsonaro, acendeu uma luz entre o amarelo e o vermelho no meu cérebro. Conversando com uma amiga, ela também se mostrou estupefata com esse fato, pois sabíamos quem era Bolsonaro, e fazer parte do ministério dele, era surpreendente, embora Mandetta também fizesse. Digo isso porque este último se mostrou capaz e... caiu fora. Havia um discurso progressista que incluía também Paulo Guedes, que incensado no início, vemos agora que não é nada disso, é apenas um falastrão bilíngue.

 E chegamos a Sérgio Moro. Pois é, será que o ex-magistrado não sabia que havia um gabinete do ódio no Palácio? Será que não sabia que seu chefe sempre foi ultra direitista, um político que nunca respeitou mulheres, debochava da identidade de gênero e que como parlamentar nunca apresentou nada no parlamento? Quer dizer, sua história política nunca foi relevantes, mas sim uma maneira de ganhar salário no fim do mês?

Se Moro se candidatar a presidente, não terá meu voto. Sempre fui totalmente imune a salvadores da pátria. Se sua intenção era chegar ao Supremo errou na avaliação de quem poderia lhe indicar.