GREENLEAF, série da Netflix

Chancelada por Oprah Winfrey, entre outros, a série afro-americana foca a vida da família Greenleaf, cujos integrantes são todos pastores da Calvary, uma Black church. Nem sabia que esse termo existia, mas ouvi na série, e mais uma coisa, os negros não gostam de se misturar aos brancos sem suas igrejas, o que também ouvi. Cinema é cultura, sem a menor sombra de dúvida.
Amei a série, seus atores, roteiro e direção. O figurino dá show, embora os da matriarca Greenleaf emboquem para uma certa ostentação cafona, mas acho que pode ser proposital, pois são novos-ricos e se enricaram com a igreja. E foi assim que fui me inteirando da trama principal, que faz com que a filha pródiga volte ao lar para esclarecer a morte da irmã. 
O que me encantou na série foi a realidade, sem nenhuma máscara do que acontece em qualquer instituição religiosa, que através dos dízimos e de certa ajuda governamental, que poderemos ler como apoio a políticos, como eu disse um pouco acima  faz com que pastores espertos enriquem. A Igreja Católica é riquíssima em obras de arte e mansões para abrigar os papas e a corte eclesiástica, portanto.....lá como cá é a mesma coisa.
Como os pastores, em contraponto aos padres, bispos, cardeais, etc.... se casam e constituem famílias, e claro os conflitos aparecem, e ninguém é santo, há brigas, adultério, estrupo, suicídio, mentiras, etc. etc. e etc. Impacta e nos faz refletir até sobre a própria instituição religiosa.
No  caso de Greenleaf X Calvary se assiste de camarote as intrigas para impedir uma nova Igreja se se fundir com ela. Medo da família empobrecer, de perder prestígio, e ainda rezam para um deus que, para a gente que está de fora, dá até vontade de rir.
Totalmente fora de linha do que prega a religião. Vale a pena conferir. 

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