COMO MUDAR UM PAÍS PATRIARCAL E ELITISTA?

Pois é, difícil pra chuchu. As propostas de Paulo Guedes descentralizam bastante o poder e a burocracia da mãe União. Nesse ponto, sou extremamente a favor. Passa no Congresso? Os problemas, com certeza, começam na Casa. Parlamentares não legislam direto para o povo: primeiro para eles próprios, depois para as suas legendas, finalmente para a patuleia. 

Não entendo de economia, mas vivo nesse país, há décadas, e me pergunto se na proposta do ministro em reduzir salários, o judiciário e o legislativo estariam de acordo. D u v i d e o dó. Até porque existe a possibilidade de redução e posterior aumento quando a crise passar. Cruzes, imaginem o que pode vir por aí. Esse país além de elitista é corporativista, quando se fala em castas, são eles é que mandam.

Sou a favor da extinção de municípios que não podem ser sustentados. Vi, quando trabalhava no cerimonial estadual, um município ser criado apenas por questão eleitoreira. Quando fui ao município, na Baixada, fiquei pasma, parecia um bairro, muito próximo da favelização, mas as políticos eram amigos do rei.  Perguntou-me se o fato será viável, principalmente no ano que vem, que é ano eleitoral. E a outra pergunta, se os políticos atracados aos cargos vão se conformar com a perda da boquinha. São brasileiros, macunaímas, duvido muito, e gostaria de estar errada. É esperar para ver.

O que me assusta e muito é ficar sem aumento. Não adianta a inflação estar baixa e o plano de saúde aumentar 200 reais a cada dois anos. Uma amiga disse que o dela aumenta, e muito, todo ano. E então, como fica o salário do aposentado, que se aposenta sem os benefícios das castas? Os salários dessa turma não será mexido até que morram.

É preciso sim, de uma mexida no Brasil, um país agregado aos princípios de Casa Grande e Senzala. 

Outra coisa: dinheiro a rodo na mão de governantes não é uma boa ideia, haja visto as experiências anteriores. Se não houver fiscalização vaia tudo para o ralo. Sempre foi assim e difícil mudar um DNA consolidado há seculos.