A realidade dos menos aquinhoados nos Postos de Saúde e os médicos de convênio

Minha empregada, Maria Augusta, conta que para ser atendida no Posto de Saúde do Vidigal, onde mora, ela acorda as 4 da manhã, para estar antes das 6, no Posto, para tirar a senha. Se for depois das 6, só no outro dia. A médica chega as 8, e então começa a atender. Um dia, com estomago vazio, Augusta desmaiou. Essa é a realidade dos que precisam do serviço público de saúde. Uma vez fui a um médico de convênio que me deixou plantada esperando 3 horas. E o engraçado é que eu havia marcado hora. Esperei até o último minuto. E faltando apenas um paciente na minha frente, saturei, me levantei e vim embora. Encontrei com ele no dia seguinte e falei: "Poxa, cara, três horas pra me atender? E eu estava com a minha mãe." "Ah," ele retrucou, "porque não me avisou?". Cara de pau o cara, né? Qual seria a diferença se ele soubesse, de antemão, que eu estava com a minha mãe? Ele tinha que estar lá na hora da consulta e não chegar atrasado, como sempre faz e deixar os pacientes esperando. Atitude semelhante ao atendimento do Posto de Saúde, com a diferença que eu não precisei acordar as 4 da manhã. Mas cortei esse cara da minha lista. Já a Augusta não pode fazer o mesmo. Outra feita, um outro médico, perante a minha reclamação de esperar hora e meia para ser atendida, saiu-se com essa: Ah, o convênio paga muito pouco, então, a gente marca todo mundo para a mesma hora. Quem chegar é atendido. Só que chegaram os cinco, cuja hora marcada era a mesma. Nota zero para esse tipo de procedimento. Claro, que nunca mais voltei. E tem mais, na academia de ginástica ouvi uma médica dizer pra quem quisesse ouvir, que quando o paciente de convênio, a secretária é instruida para dizer que não tem hora. Mas uma vez uma dentista quebrou a cara. Estava com dor de dente e a minha dentista disse que eu precisava fazer tratamento de canal. E me encaminhou para ela. Convênio Amil Dental. Telefonei. Quando disse que era de convênio, ela disse que não tinha hora. Ai pedi pra uma amiga ligar, dizendo que estava morrendo de dor de dente e que era canal. Como não era convênio, a secretária marcou para o mesmo dia e disse o preço. Algo em torno de 250 reais. Minha amiga marcou a consulta e ligou pra mim. Tornei a ligar para o consultório e desmascarei a secretária. A dentista nem veio ao telefone falar comigo. Em seguida liguei para a Amil Dental e denunciei. Acho que é o mínimo que a gente pode fazer. Denunciar esses profissionais que não têm respeito pela profissão, e nem pelos pacientes.

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