O DEBACLE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Desde o fim da ditadura militar no país, apenas dois governadores não foram para a cadeia: Leonel Brizola e Marcelo Alencar, que além de não fazerem grandes governanças, se foram antes dessa debacle que atinge o coração do Estado e que deve ter sido iniciada por aqueles tempos. Pelo menos no serviço público posso afirmar que sim, pois estive nele durante toda a minha vida, e senti na pele o descaso com que o funcionário concursado era tratado em detrimento de inúmeros terceirizados, que ao longo do tempo contrataram um advogado, conseguiram inserção no serviço público e a máquina foi enchendo, a qualidade passou por fora, o salário de porcaria passou para miserável, e depois de 40 anos olha no que deu. Essa foi a minha experiência, de funcionária do executivo cujos salários são 1/4 do judiciário e do legislativo, por exemplo.
Dos benefícios que as castas recebem não posso falar, até porque como disse, não recebo nada, mas sei, por conta desses meus anos de vida, que nunca foi a indecência do que é hoje. Acredito que esse cofre espúrio começou na década de 80. A conferir, quem quiser.
A cidade do Rio de Janeiro dá dó de ver como está. Favelas por todo o lado, mendigos dormindo pelas calçadas, violência, sujeira, trânsito caótico, se foi maravilhosa um dia, deixou de ser há muitos outros. Claro, que o landscape da cidade em si é glorioso, mas isto não basta. Preferível uma cidade como Curitiba, sem nenhuma beleza, mas com uma qualidade bem melhor do que a nossa.
Hoje, leio no jornal que Garotinho e Rosinha foram presos mais uma vez. Sempre me soou estranho esses dois nomes, parecem nomes de personagens de gibi. Rosângela Matheus hoje é mais Rosângela do que Rosinha. E Garotinho, kkkk, Anthony, por favor. Parece que se apoderou desse nome que era de um locutor de eventos esportivos. É a mesma coisa de uma velhinha ser chamada de Aninha, Luisinha, etc. e tal. O roubo cometido por essa gente que está na cadeia é monstruosamente imoral. Imoral. Tudo que podia ser melhorado no Estado, no país, de escolas, a hospitais, em infra-estrutura, mobilidade urbana, bolsas paras cientistas, mestrados e doutorados, tudo foi para os bolsos dessa corja. Corja. Têm que apodrecer na cadeia e seus bens estornados para a população que foi roubada em cada centavo.O país está acabado. O povo desempregado, taxas embutidas altíssimas, sempre foi assim, duvido que se resolva na Reforma Tributária, como a Reforma da Previdência privilegiou as castas, e o povo que se ferrou, mais uma vez, ó pátria amada. O Imposto de Renda que ferra os assalariados, enquanto os ricos colocam dinheiro nas cuecas, em malas, ou em apartamentos. O IOF nas alturas para embolsar mais um tiquinho, brasileiro viajante é rico, vamos entrar nos dólares e euros da patuleia enquanto Bolsonaro leva filho caçula como "embaixador aprendiz" à Argentina, como dinheiro nosso, e ainda goza com a população. É ou não é uma pátria gentil?
Perdemos o rumo, duvido com todas as letras na recuperação desse gigante inanimado que ocupa grande parte nesse continente que aloja países que cultivam e exportam drogas pesadas, que aloja fascistas, Hezbollah, pátria de Escobar e da turma que o sucedeu. Alguém vê progresso nisso? Eu não. As fronteiras do país não são patrulhadas, passa tudo por lá, se não for por terra, agora também é por mar.
Patriota? sou não. Sentada assisto ao debacle de uma nação. Dá um livro.
Que povo é esse que vota tão mal. Aliás, não me parece que é só para governadores, engloba todos, prefeitos, presidentes, parlamentares, etc e tal. O que nos faz tão levianos, irresponsáveis para se votar tão mal? Precisamos de escolas para isso? Para aprendermos a distinguir os populistas, os ladrões, os inconsequentes que no voto arrasam mais o país, o estado, o município?
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