NÃO É QUE O SÉRGIO MORO DIMINUIU DE TAMANHO?
Sérgio Moro e a turma de Curitiba surgiram como um alento no combate a corrupção endêmica no país, e pela primeira vez mandaram para a cadeia, ex governadores, ministros, parlamentares e vejam só, até ex-presidentes. Neste país onde o povo, de maneira geral, do rico ao pobre procura um Salvador da Pátria, Sérgio Moro se encaixou no figurino. Até no dia das mães, de uma ano que não me lembro, mas sei que foi no auge da Lava-Jato, os paranaenses fizeram reunião em frente à casa da mãe do magistrado, e a população agradecida a aplaudiu, numa metáfora parecida ao nascimento de Jesus, o Nazareno. Sérgio Moro era o novo Messias da impunidade. Forte isso.
Mas, o mito começou a se apequenar quando da última delação de Antonio Palocci às vésperas da eleição presidencial de 2018. Choveram críticas, ninguém entendeu, e o que Palocci falou não era nada de mais, mas contou voto.
Vamos deixar claro que a Lava-Jato foi mesmo importantíssima para o país. Não nego o fato, não sou cega, mas implico com essa mania de Salvador da Pátria. Começo a olhar de esguelha.
Eleito Bolsonaro presidente, veio o convite para o Ministério da Justiça. Sérgio Moro aceitou, e eu fiquei perplexa. Como pode Sérgio Moro aceitar convite de Bolsonaro, um político que vem mostrando comportamento pouco republicano, decente ou educado há quantos anos mesmo? Quase 30. Então, não entendi o sim de Sérgio Moro.
Numa outra etapa, vazaram as conversas de Moro, Deltan, etc... Ficou mais esquisito.
Num flash pela primeira vez, pensei em Lula. Tem alguma coisa muito errada com o seu encarceramento. Vamos deixar claro, que não passo a mão na cabecinha de Lula, tem muita culpa, e a última foi não ter desistido de sua candidatura, apoiando Ciro, e deu no que deu. Enfim, ficou nebuloso.
Depois, numa descida de alguns degraus, o silêncio mortal sobre Fabrício Queiroz. O que é isso companheiro?
E num fecho de chave de sal a desidratação (adorei o termo) do ministro diariamente pelo presidente desta república. Bolsonaro dizendo e articulando mal que é ele quem manda na Polícia Federal. Uau, não é o ministro. Isso foi uma da pérolas dentro do charco vocabularesco que temos de ouvir todos os dias. E isso por pura pinimba. Não vê quem não quer.
Descendo a ladeira lá vai o Sérgio Moro, esperando nomeação para o Supremo. Será? Quanta humilhação, sai dessa enquanto é tempo.
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