VIZINHOS, SEUS FILHOS E BARULHO INDESEJÁVEL
Rolou um estresse com a vizinha por causa do barulho inacreditável que seus filhos fazem no decorrer do dia. Os pais trabalham, e os dois meninos, um aliás bem pequeno, 2 a 3 anos, ficam com as empregadas, soltos e sem limite. Ao invés de irem para o play, não, jogam bola tendo a porta e a parede como parceiros. Não raro estou escrevendo ou lendo, e o susto e o incômodo me fazem sair de minha casa e assuntar o que está acontecendo. Duas vezes toquei a campainha e com a cara mais lavada e sorrindo (é importante) perguntei o que estava acontecendo. Reclamei do barulho, civilizadamente e pronto. Não contava com a reação dos pais, a mãe, principalmente, que protagonizou cenas tão grosseiras que me vi na obrigação de tomar satisfações. O que será que tinha feito, e se foi tão sério pedia desculpas. Ela me olhou ( é bem antipática, normalmente) e disse que eu havia reclamado do barulho que os filhos faziam. Eis uma boa questão, é inacreditável a reação dos pais em relação a crítica a seus filhos. Reafirmei que sim, eles faziam barulho, mas isso não era motivo para as grosserias dela. O pai se meteu, ele pelo menos é simpático, e disse que barulho de crianças faz parte e como vizinhos devemos tolerar. Ri por dentro e de novo reagi, não é bem assim, mas como continuar a argumentar face a tamanha idiotice. Mas do fato acontecido é que eles estão bem mais silenciosos. Fomos todos crianças, mas as de hoje, encurraladas e vivendo numa cidade como o Rio de Janeiro, estão se tornando pequenas feras enjauladas e com muita dificuldade em ser domesticadas.
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