THE GOOD WIFE

Adoro as séries americanas, e inglesas, é puro cinema, aliás é mesmo a saída para satisfazer um público exigente, e que prefere ficar em casa do que se deslocar ao cinema, hoje em dia infestado de gente que com celular na mão e aquela luzinha infernal, atrapalha todos à sua volta. Fui criada em uma época onde ir ao cinema era um acontecimento, e quando alguém falava durante a sessão, um psiu impertinente era o suficiente para o mal educado se calar. Mas, o mundo mudou muito e quem se atreve a dizer isso, mesmo que a pessoa esteja perturbando. Bem, eu falo para pessoa do lado que a luz do celular está me atrapalhando, mas cansei e por isso prefiro ficar em casa e escolher o que quero ver.
Isso tudo pra falar de The Good Wife, dirigida por Ridley Scott e com Juliana Margulies uma atriz extraordinária, a frente de um elenco intocável. A trama girava em torno de uma banca de advogados, o casamento de Alicia e Peter Florick desabando mas eles mantendo um casamento de aparências por conta das pretensões políticas dele, e sem faltar nas sessões em tribunais, e o mundo instigante da lei, dentro do escritório e fora dele. Conhecia Juliana do ER, cabelo crespo, mais cheia de corpo e fiquei muito impressionada como ela emagreceu, quase desaparecendo, e o horror que fizeram com o cabelo dela, tanta chapinha, relaxamento e sei lá mais o quê, que o cabelo dela ficou parecendo pelo de vassoura, mas isso não impediu as nuances que ela imprimiu ao seu personagem, principalmente  quando perde o seu amor, Will. Daqui, eu senti a dor do personagem Alicia. Juliana vai mudando seu tom de representar, ficando mais distante ácida sem perder a elegância. Interessante notar a diferença de comportamento dos americanos e brasileiros, como aqueles são pragmáticos, racionais e neste caso, onde todos me pareciam bem financeiramente, muito civilizados. Estou falando da série, por favor, mas no fundo cinema reflete sim o DNA de um povo. Fenomenal foi a escolha do ator para ser seu namorado, com a série já para acabar. Nunca tinha visto este ator. Inacreditável a persona dele: primeiro era lindo, segundo, ele em cena emprestava um meio sorriso ao personagem cheio de intenções, sedutor o tempo todo, isso que me chamou a atenção. Era um olhar de lado, uma pausa cheia de palavras - claro que tem a direção -mas era ele aparecer e eu ficava em alerta - coisa rara de me acontecer.  E quando Alicia e ele se aproximaram, saiu fagulhas. Ele entrou para tirá-la do marasmo, para dar sentido a sua vida, que estava oca. Bem, como não era novela global o final foi surpreendente. Amei e já sinto saudades.

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