SEPTEMBER IN SHIRAZ

Este belo filme está na grade do tele cine. Adrian Brody e Selma Hayek-Pinault são os protagonistas que dão vida a uma história real de um casal de judeus iranianos que para não serem mortos, pagam uma fortuna para fugir, quando um golpe de estado coloca o primeiro aiatolá no governo, e inicia-se a ditadura islâmica fundamentalista. São pessoas de classe média alta, ele joalheiro, com um filho estudando em universidade americana. O filme começa com uma bela festa de despedida para o filho.
 A câmera passeia pela bela casa, mostra aposentos requintados, gente bonita, como os serviçais da casa, todos unidos pela alegria reinante na festa. O que se vê depois é de estarrecer. O joalheiro é levado preso pelo simples fato de ser rico. É considerado um opressor, que explora seus empregados. Uma carta que ele guardava da rainha Elizabeth elogiando seu trabalho e roubada por um serviçal cuja mãe era empregada na casa dos Amim, é considerada trunfo para a sua morte. Enfim, assistimos ao que pode levar uma cegueira coletiva. Vale a pena ver o filme. E essa cegueira mortal me assusta. Vemos o ditador da Coréia do Norte ameaçar os EUA com mísseis nucleares, países europeus cegos em relação ao tormento dos imigrante sírios que para escapar da morte são barrados  nesses países, Trump falando em muro com o México.... e no Brasil. Uma cegueira doentia que faz com que brasileiros se dividam entre coxinhas e petralhas (INFAME), e o povo que cerca Lula, o adora, o segue, ele é o aiatolá do filme, não consegue enxergar um palmo adiante do nariz.. Frente as delações da Odebrecht ( e ainda faltam outras, bem como frigoríficos), assustadoras, que mostram que essa empresa governava o país, e era o partido mais forte no Congresso, ainda assim, acham que é golpe de imprensa manipulada. É a tal da cegueira que o filme mostra tão bem, e que podemos trazê-la para o Brasil, para a Venezuela, simpatizantes de Bashar al Assad, a lista é grande.


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