CARY GRANT, O ÚLTIMO ATOR ROMÂNTICO
Adoro ver os filmes antigos, filmes esses cujos enredos eram contados por minha mãe, fã ardorosa do cinema, de quem herdei a paixão. Minha mãe sonhava com Gregory Peck ( meu pai brincava dizendo que ele era manco, mas reconhecia o talento do ator), Errol Flynn, Cary Grant e Jimmy Stewart. Acho que era esse quarteto, ah, claro e tinha Clark Gable, com dentes horrorosos, impensáveis numa Hollywood atual.
Os filmes de Cary Grant inundam o Tele Cine, e ontem vi An affair to Remember, filme que meus pais amavam. Vi Debora Kerr pela primeira vez, se vi algum filme com ela não me lembro, mas como gostei. Enquanto a atuação de Cary usa de um tom de voz inimaginável hoje em dia, ele me pareceu declamando num tom mais acima do que deveria, ela, por sua vez, atua leve, com uma normalidade, que talvez para a época não fosse muito comum. Cary atua com a mão no bolso, um apoio por não saber o que fazer com os braços, kkk. Mas, é um homem muuito bonito, presença forte, e sorri, pelo menos nesse filme, o tempo todo. O roteiro é bem alinhavado, o duelo verbal entre os dois personagens tem um humor afiado, impossível não se deixar levar.
A homossexualidade de Cary sempre foi questionada. A grande amizade dele com Randolph Scott, o casamento com Barbara Hutton que não se consumou, os ciúmes exagerados por suas mulheres e o grande amor por Sophia Loren, parece que não correspondido, a atriz era compromissada com Conti. Casou-se com Diana Cannon, e aos 60 anos sua mulher deu à luz à uma menina, Jennifer. Morreu aos 82 anos. Muito bom rever seus filmes.
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