AINDA SOBRE LAÇOS DE FAMÍLIA

Recentemente falei sobre a reprise desta novela. Coisas que me agradam e outras nem tanto. Mas, é determinante ressaltar como o carisma e o talento dos atores são fundamentais para que o enredo se torne crível, porque muitas vezes o roteiro é ruim e resvala para a mediocridade onde fortes tintas interferem na composição do personagem.
José Mayer- faz bem o homem rude que pega a mulher de qualquer jeito o que faz as telespectadoras suspirarem e o elevarem a categoria de machão e gostoso. Ele é ótimo ator e fica nesse padrão. Sem nuances, a novela não permite.
Tony Ramos no papel de conciliador, do cara equilibrado, do bom e do honesto pai de dois adolescentes tira proveito de cada palavra que sai de sua boca. Dá gosto ouvi-lo,  não desperdiça uma única palavra do que diz, e seu tom é suave, meigo. Agora, não é par para Vera Fisher. Aliás nenhum ator nesta novela, a atriz os engole a todos.
Leonardo Villar faz também bem seu papel, o pai amoroso, apagado e tragado pela mulher Walderez de Barros, uma senhora atriz. Como seria Heloísa Mafalda fazendo o mesmo papel.
Vera Fisher é um show. Beleza e talento desfilam juntos e é uma visão do paraíso vê-la trabalhar.
Marieta Severo tem um papel ingrato e dúbio. Sente atração pelo sobrinho, é controladora, beirando a chatice mas tem nuances de interpretação divinas.
Reynaldo Giannechini é belíssimo e apenas isso. Não convence como galã, sua voz é quase afeminada, mas parece que evoluiu, não sei porque não acompanhei suas outras participações. Mas gosto muito da pessoa dele.
Deborah Secco é uma graça, não sei se apareceu nessa novela, mas gostei como apresenta seu personagem. Quem será que está por trás de sua interpretação, sim, porque ator agora tem coach, não tinha no tempo de Sônia Braga e Renata Sorrah.
Luigi Baricelli empresta sua beleza e quem brilha é Rejane Alves que tem um sotaque horroroso, assim como a excelente atriz que faz a filha de Tony Ramos. Essa é engraçada e  tem tirada ótimas, mas cruzes... o sotaque é de matar. Acho que os atores deveriam se esforçar para usarem um sotaque menos regional, ficaria bem melhor.
Giovana Antonelli é outra belezura, mas com um texto de matar de ruim. O flerte de seu personagem com o Paulo de Flávio Silvino é pra ninguém acreditar. Por mais força que o autor queira ter dado ao rapaz, esse relacionamento é totalmente inverosímel, como tudo que envolve seu personagem. Mas o público acompanha e o que é pior, acredita.
Xuxa Lopes é outra atriz de voz chata e tudo que sai de sua boca também fica chato.
Alexandre Borges (este sim poderia ser par da Fisher, tem porte, é alto e másculo) infelizmente estereotipou seu personagem, mas ele é engraçado e muito simpático.
A empregada da casa de Helena é simpática, mas tão boazinha, tão boazinha que fico rezando pra ela sair de cena.
Na clínica gosto da atriz que faz a recepcionista. Ela é super engraçada, e aproveita muito bem tudo que fala, além ser bem bonitinha. 
Ah sim, Severino é um ator engraçado. Acho que gosto de atores que fazem do limão uma limonada.
Já falei da beleza da Ranaldi e do Zulu, e o restante dos atores vão dando uma ajudinha aqui, outra acolá, e a novela vai seguindo em frente.
Manoel Carlos deve ter palpitado na trilha sonora, que é o ponto alto da novela, e vamos combinar, que casa é aquela de onde se vê todo o Rio de Janeiro? 

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