VIVER A VIDA - 4
Patrícia Kogut é bastante condescendente com as novelas da empresa para a qual trabalha, mas finalmente hoje ela abordou o "difícil papel" de Natália do Vale como Ingrid. Realmente são irreais os conflitos naquela casa com os filhos que deveriam estar vivendo suas vidas fora do ninho materno. O ator que faz o marido não tem muito o que fazer, é escada para ela poder dizer o texto ruim de Maneco. Claro que Mateus Solano é ótimo ator, embora me irrite a fisionomia alegrinha que ele usa para vestir Miguel, O TEMPO TODO, e a cara séria que ele usa para Jorge. Sem nuances. Novela é assim, o ator pega o personagem e cristaliza, mas há interpretações brilhantes, com nuances, já vi performances dignas de Oscar, mas via de regra existe sim uma via só para o desenvolvimento do personagem. Exemplo: Aline Moraes: começou chata, sua Luciana era insuportável ( e era pra ser mesmo), a atuação estava óbvia demais e o texto ajudava, depois que ficou parapalégica ela aproveitou e começou a trabalhar as nuances com brilho e talento e parou na boazinha e simpática, o que nunca foi. Teve um entendimento fantástico de sua doença e agora aproveita e manda ver para as pessoas na mesma situação. Mas cristalizou na interpretação. Continuo não gostando de determinadas situações:
- gravidez sem planejamento- não dá pra ter filho assim, tão levianamente- O personagem da Dora então, é exemplo vivo disso.
- os filhos adultos morando com os pais.
E implico com os diálogos, alguns muito ruins mesmo, apesar da presença de Claudia Lage na equipe de Maneco.
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