UM SONHO POSSÍVEL
Sempre gostei de Sandra Bullock, admiro sua beleza e seu rosto é tão simpático e seu jeito tão natural que fico imaginando que gostaria de ter uma amiga como ela. Adorei o seu desempenho em Crash e fiquei contente com o Oscar conquistado por Um Sonho Possível. Fui ver o filme. Dificilmente não gosto de um filme, procuro ver as coisas boas e analisar com cuidado o que me desgostou. Vamos a estória. Uma mulher rica de Memphis ajuda um rapaz sem teto que vagueia pelas ruas. Traz o rapaz para casa e com o apoio de sua família, marido e filha, esta ajuda transforma a vida de todos, fazendo o rapaz se interessar pelos estudos, por futebol e a se integrar definitivamente na família que o adotou. É uma estória real, e estória reais são fascinantes.
Sandra está à vontade e por isso mesmo esplêndida. O ator quando entende o papel na sua plenitude tem ótimas chances de fazer um trabalho outstanding. E é isso o que ela fez. Está bonita, embora magérrima, produzidíssima e engraçada. Dona de uma personalidade forte bate e leva com grande categoria e é impossível não se deixar levar por sua Leigh Anne Tuohy generosa e impulsiva. Mas o filme é todo arrumadinho. O marido é um companheirão, está lá aplaudindo a mulher em tempo integral, a filha adolescente passa incólume pelo filme, adorável, sem problemas algum e o caçula é insuportável - detesto crianças prodígios - me soam manipuladas o tempo todo. A escola é um primor, os professores generosos e Kathy Bates bate um bolão quando aparece. Quinto Aaron que faz o jovem homeless não me passou carisma algum, gostei e muito do verdadeiro Michael Oher que aparece nos créditos finais do filme - um homaço, tudo de bom, e que em se comparando fisicamente com o protagonista, este não chegou nem aos pés.
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