EDUCAÇÃO

A direção é de uma dinamarquesa, Lone Scherfig, e a história se passa em Londres, da década de 60, ambiente reproduzido lindamente,e  para que isso soasse bem real, li em algum lugar, deveu-se a uma pesquisa histórica estafante. A história se baseia nas memórias da jornalista Lynn Barber e para quem gosta de ler, é bom saber que a editora Rocco lança o livro com o roteiro neste mês. A protagonista, Carey Mulligan é uma delícia, tem um carisma extraordinário, é daquelas que quando aparece na tela a gente do outro lado se apaixona e quer vê-la mais e mais. Jenn é uma adolescente, 16 anos, fase em que tudo é boring, colégio, a cidade, e até o namoradinho platônico que toca na orquestra juvenil com ela. E então, ela conhece David, personagem defendida por Peter, Sarsgaard,  um homem mais velho e de quem pouco se sabe. Ele entra na história e seduz não só Jenny, mas também o pai (Alfred Molina), a mãe e, claro, a gente outro lado da tela. David traz o novo, a modernidade, tudo que Jenn sonhava e que Londres na época não oferecia.  Só que ele escorrega feio, atitude aliás que até hoje vejo os homens fazerem. A vida passa, gerações novas aparecem e determinadas situações se repetem sempre, donde a gente conclui que determinados aspectos da mente não mudam, independente da cultura ou educação que o indivíduo possa ter. O filme é ótimo, delicioso, classudo e falado naquele inglês que me faz um bem enorme aos ouvidos.

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