A FAVORITA
Fiquei décadas sem assistir novelas e me desacostumei. De um tempo para cá voltei ao hábito antigo e curto bastante. Há interpretações primorosas para um veículo tão imediatista e sempre me surpreendo com talentos que surgem do nada. É bem verdade que decepcionam numa segunda empreitada, mas parto do princípio que vão aprender com o tempo. Cristiane Torloni e Maitê Proença eram péssimas quando começaram. Até Maitê reconhece, então não estou sendo assim tão má.
A FAVORITA começou arrepiando. Críticas favoráveis e a audiência ali, comparecendo.Patrícia Pillar, Cláudia Raia. Murilo Benício arrasando logo na entrada. Havia um jogo de ambiguidades na interpretação de Patrícia Pillar que me seduziu. A atriz aproveitava tudo. Aliás, essa foi a tônica dos primeiros capítulos. E a história coesa avançava, não havia barriga, o texto interessante se impunha. Então, depois de um tempo percebi:
A FAVORITA começou arrepiando. Críticas favoráveis e a audiência ali, comparecendo.Patrícia Pillar, Cláudia Raia. Murilo Benício arrasando logo na entrada. Havia um jogo de ambiguidades na interpretação de Patrícia Pillar que me seduziu. A atriz aproveitava tudo. Aliás, essa foi a tônica dos primeiros capítulos. E a história coesa avançava, não havia barriga, o texto interessante se impunha. Então, depois de um tempo percebi:
- Mariana Ximenes- carinha de boneca mas me diga, que roupa é aquela? É assim que os jovens de São Paulo se vestem? Sou mais a turma daqui, então. Depois de tudo que o personagem passou, crise de identidade de mãe, padrastro vagabundo, morte da mãe adotiva, não era para ela, pelo menos atuar mais desesperada, loucona, sei lá? A garota vai dançar, transa com o namorado, comemora o aniversário da mãe adotiva (já morta) num restaurante finérrimo, e vai para casa. Mas como refém, deu show de bola - até tremeu a boquinha. Acho que era essa emoção, ou algo mais parecido que ela tinha que levar para a dor da crise materna. Ela tinha que ter pirado feio. Não sei se foi o texto, falta de tempo televisivo ou não sei, mas ficou gauche.
- Debora Secco- cruzes, que que deu nela? Totalmente equivocada e chata. Idem para o exagerado Orlandinho e Suely Franco, que perdeu a mão. Está vulgar e cheia de trejeitos.
- Cassiano é um porre, até a voz dele é sacal. Pode ser desses que vão aprender com o tempo.
- Amo Taís Araujo que no início aparecia travestida de Cleópatra. É outra que está ficando chata. É totalmente inverossímil a relação familiar do personagem. O tal do Didu então, coitado, está totalmente perdido e a relação amorosa dele com a Rita não convence de jeito algum. Aliás,acho que nem a própria Cristine Fernandes acredita no que fala.
- No clã dos Coppola a coisa é morna. Cláudia Ohana não tem o que fazer e a família está simpática com seus conflitos.
- Cauá Reymond é tão lindo que dói. Gosto dele, e é engraçado. O texto é bom e ele tira vantagem.
- Meu compadre José Mayer não merecia aquele papel.
- Ary Fontoura é show. Amo as cenas do trio do mal. São bem escritas e a turma manda ver.
- Glória Menezes virou uma avózinha mala. Fez tantas plásticas que está irreconhecível.
- Gosto também de Mauro Mendonça e do avô Pedro. O texto de ambos é bom.
- a casa de Cirlene é divertida, mas as meninas não têm texto legal e não convencem.A história da Cirlene com o Harley com certeza foi inspirada na tragédia do menino Pedrinho sequestrado pela aquela mulher Vilma. É outro caso doloroso que de repente aconteceu e ficou por isso mesmo. Perdeu-se no meio do caminho. Elisânela fez muitas cartas e bocas e pronto: o autor encerrou ali mesmo.
- Não gosto da boca de Zé Bob.
- que homaço é o Damião, hein? Pena que ele só tira a camisa. Gosto dele também, e o embate com Dedina é o tempero sexy da novela.
- Shiva Lenin foi uma grata revelação. O garoto passa o conflito do personagem.
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