BOLSONARO RÉU NO SUPREMO, SEM BOCEJAR UMA ÚNICA VEZ
Chegou a vez dele. Voz calma, horroroso o timbre convenhamos, esforço visível para parecer civilizado, respondeu a toda as perguntas, nota dez pelo preparo ao qual se submeteu, mas não enganou a nenhum de nós que acompanhamos seu governo, lendo bons jornais, e assistindo suas performances no famigerado cercadinho. Tentou minimizar todos os acontecimentos em que ameaçava os ministros do Supremo, a convocação dos embaixadores, as manifestações ruidosas e antidemocráticas, em cima de qualquer lugar onde sua voz fosse ouvida, as motociatas ridículas, aquela barbaridade toda que eu assistia, e todo mundo, que no mínimo, tivesse real interesse em saber a quantas andava o país. Mal o tempo todo, as provas estavam lá, e estão na mesa dos ministros. A mim não convenceu porque sei o que houve, volto a dizer, lia a imprensa séria, então, meu caro Bolsonaro, é esperar para ver o ministro que estava jurado de morte e depois de prisão, terá a dizer. Eu lavo as mãos.
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