A SELVAGERIA DE TORCIDAS DE FUTEBOL X ANARQUISMO INATO DO POVO BRASILEIRO

Confesso que nunca fui fã de futebol, mas meus pais gostavam e torciam pelo Botafogo. Quando os times ganhavam não havia queimas de fogos e manifestações desvairadas como hoje. O torcedor gritava com o gol de seu time e pronto. Lá em casa a manifestação eufórica vinha apenas de meu pai. Eu nem assitia aos jogos. Hoje o que eu vejo é um desvario, uma loucura, uma saga assassina, seja no Brasil ou na Europa, se o time perde ou ganha. Sempre me pergunto como é que pode. Os grandes jogadores são riquíssimos, desfrutam de muito conforto e dão o troco fazendo jogadas geniais e muitos gols. A galera, que não é rica, nem nada, uiva em solidariedade e continua na sua vidinha, medíocre ou não. 

Quanto ao anarquismo e a dificuldade de seguir as regras, parece ser uma característica deste povo bronzeado. Será que a mistura de vários povos contribuíram para isso? O carioca é anárquico desde sempre. Sempre vi desordem ao entrarem em bondes, ônibus, ninguém respeita fila. Se tem fila o sujeito não entra, pede para qualquer um comprar seu ingresso. As praias cariocas sempre foram o refúgio do carioca em dias quentes, quentíssimos e nem tão quentes. Andava-se pela orla, deixávamos nosso pertences na areia, ou pedíamos a quem estivesse próximo que "desse uma olhadinha", e ponto. Um vendedor de limão ou sorvete ocasional e o silêncio quebrado pelo som maravilhoso das ondas se desmanchando à beira-mar. Claro, tudo muda, tudo se transforma, mas o caos visual das praias, e fico só no Rio, é de matar, sem falar numa multidão digna de Calcutá, que se aglomera, que não ouvem mais o barulho do mar ou coisa alguma. Sim, mudou para muito pior.

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