Somos mortais, um dia todos iremos. E chegou a hora deste artista admirável. Ziraldo foi um dos fundadores do Pasquim, um jornal que todos nós líamos, pelo menos era a minha percepção. Morava no Rio, fazia teatro e convivia com aquela ebulição fervilhante de intelectuais denunciando a ditadura, e nós atrás. Chico e Milton cantavam Cálice( cale-se), Vandré, Bosco e Aldir, enfim, todos juntos para salvar o país tomado por brucutus. E lá estava Ziraldo, com sua arte escancarada. A única vez que o vi a cores, foi no ano retrasado no restaurante de um amigo. Ruy Castro tinha sido convidado para dar uma palestra e entre os convidados estavam Jaguar e Ziraldo. Por questões de afinidade etária, fui brindada com um cumprimento dos dois, e me senti muito honrada. Mas, ele apresentava fragilidade física. Enfim, pela contribuição artística dele, seu posicionamento político muito claro, fizeram dele um grande brasileiro. Sua arte varou o mundo, mereceu mesmo este reconhecimento internacional. Na minha opinião, são pessoas como ele que levantam o nome deste país onde vivemos. Não gosto mais de viver aqui, mas sou pessoa agradecida pelos artistas brasileiros, estes sim, de grande valor cultural e humano, e que fazem muito bem à minha vida. ZIRALDO VIVE E VIVERÁ PARA SEMPRE. AXÉ.
Um comentário:
Faço minhas as suas palavras, Alice. Mais uma grande personalidade que se vai. É a vida, mas como dói,; lembrando Drummond.
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