A VIDA DE PABLO ESCOBAR EM 2 VERSÕES
A série Narcos, com Wagner Moura no papel de Escobar é excelente. Vai fundo nos detalhes e como são vários capítulos, o espectador tem uma visão bem detalhada do horror que deve ter sido para os colombianos vivenciarem um período tão devastador e sombrio. Wagner dá um show, aliás como todos.
Ontem, assisti a Javier Bardem vivendo Pablo e tendo Penélope Cruz como Virginia Vallejo, a amante de Pablo. Impressionou-me a semelhança de Bardem com Pablo, a tal ponto de me incomodar, quando expõe o barrigão e de perceber a transformação de seu semblante quando em cenas violentas. Wagner também sabia expor sua máscara.
Penélope encarna bem Virginia, que devia ser a perua que ela retrata. Um excesso de maquiagem que me levou a pensar numa obra de arte pintada em um rosto, tal a quantidade de máscara, cílios, sombras, blushes e pincéis labiais. Pessoalmente não gosto, mas vendo as fotos da real Virgínia, que era muito bonita, vê-se que abusava mesmo de maquiagem.
Enfim, é um filme ótimo, mas em se comparando com a série, que tinha muito mais tempo para contar a história, é fichinha. Vale pelos atores, cada vez melhores.
Pablo Escobar foi um psicopata, no meu entender. É inconcebível o poder que conseguiu através de seus sicários, e dinheiro que acumulou. Mandava executar desafetos, sem piedade. É interessante observar, e serve para refletir, a incompetência das autoridades e chefias militares em coibir esse tipo de homem. Ficava todo mundo refém numa Colômbia pobre com desigualdades sociais abissais, tal e qual o Brasil com suas milícias e suas políticas de execução que ninguém consegue dominar. Quer dizer, o mal sobrepuja o bem fácil, fácil.
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