BOHEMIAN RHAPSODY
Freddie Mercury foi um artista inigualável para mim. No mesmo panteão de alguns outros, como Bowie e Michael Jackson, para citar os mortos. Olhava a performance de Freddie e ficava maravilhada com seu dom e carisma. O sujeito era frágil, pequeno, dentuço ( no filme soube que ele tinha 4 incisivos a mais o que lhe dava maior potência vocal- isso falou o personagem Freddie Mercury), e além do mais era paquistanês, e sabemos bem o preconceito dos europeus, ingleses, no caso com as pessoas que vinham do lado de lá. Bem, escolheram um ator americano que ficou bem parecido com ele, e que fez um trabalho impecável, principalmente se levarmos em conta que o artista morreu praticamente ontem. Fui pesquisar e li que Sacha Baron Cohen foi cogitado para encarnar esse mito, mas parece que ele queria mostrar o lado selvagem de Mercury( suas palavras: o cara era um animal , suas festas eram regadas a droga e bebida, sendo a cocaína levada em pratos em cima das cabeças de anões), e a banda Queen vetou. Sacha é um ator despudorado, e eu, particularmente fico constrangida com algumas das cenas de seus filmes, mas se ele está no mercado é porque tem público para isso. E entre idas e vindas que duraram alguns anos, o ator Rami Malek foi o escolhido. Sim, alguma semelhança física, sem as pernas alongadas de Mercury, que tinha por hábito abri-las em V, formando uma postura fantástica no palco. E aquela prótese, meu deus, coitado do ator.
O filme é muito bom, como ficamos tristes quando nos lembramos do quanto a AIDS devastou tanta gente, e hoje Freddie, estaria com 67 ou 68 anos. A performance de Malek é extraordinária (a mim me incomodou a prótese, até porque não era tão protuberante na pessoa de Freddie), mas nem tudo é perfeito.
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