VAMOS FALAR DOS 260 ANOS QUE O BRASIL ESTÁ ATRASADO NA LEITURA?
Não vejo mobilização de professores, ou mesmo da sociedade em relação ao descalabro que é a educação pública no país. Se há simpósios sobre o assunto, não vejo repercussão na mídia, e o que acontece é que a cada dia que passa a educação pública fica pior. E quem vai para a escola pública é o pobre- e quando vai, a criança que mora em comunidades dominadas por milícias ou bandidos, e aqueles outros do sertão brasileiro, que andam quilometros até chegarem ao seu destino. Outros vão em jegues, e a verdade é que os entes que deveriam fiscalizar e propiciar transporte público para este alvo, estão é mais se lixando para o fato, preocupados em encher seus bolsos de dinheiro. Sim, porque é assim que se faz política no Brasil.
No Estado do Rio de Janeiro, a quadrilha liderada por Sérgio Cabral Filho, hoje na cadeia com mais de 100 anos de condenação nas costas, roubou de todos os lugares, Educação, Saúde, Obras, e foi enchendo a bucha. O que ele poderia ter investido na Educação, com escolas de boa infraestrutura e professores qualificados, não fez, usou o dinheiro para comprar joias. E com isso, a turma dos desvalidos cada vez mais entra no buraco. Essa turma não vai chegar a lugar algum se esse quadro não mudar. A elite paga por seus estudos, fazem pós no exterior e ocupam postos chaves, e essa turma?
E então, leio a notícia surpreendente que o país está atrasado em 200 e tal anos em leitura. Quer diz, a turma lê e não entende. Não sei o que senti. Sei que levei alguns segundos para processar a notícia e ficar escandalizada com esses 200 anos de atrasado. Já pensaram? Perdemos o rumo, e como lutar contra isso? Não sei.
E na matemática ficamos apenas 70 anos atrás dos povos do primeiro mundo. Não adianta ganhar olimpíadas de matemática, gente, tem que investir legal é na educação pública dessas crianças, se não o futuro deles estará comprometido para sempre.
É bem verdade que o salário do professor é infame, ele tem pouca qualificação e ainda corre o risco sério de violência explícita na sala de aula. Um pouco menos nas escolas particulares, mas sabemos bem o baixo nível de civilidade e educação que temos. Os exemplos vem de cima para baixo, e convenhamos que fica difícil ensinar ética, obediência e disciplina quando esses valores viraram verbetes em dicionário.
O corpo docente é comprometido com partidos e isto é outro complicador. Há que se ensinar sem tomar viés partidário e os últimos ministros da Educação ao invés de pensarem a Educação como um todo, levaram um tempo enorme discutindo o "racismo" implícito nos livros de Monteiro Lobato, para mim de uma ignorância e insanidade total. Não temos pensadores educacionais no país que se façam ouvir, é lamentável. Daqui a 300 anos, talvez a coisa mude. Os países de primeiro mundo caem de patamar e nós tomemos o lugar deles. É assim que acontece na história: O império Romano, a civilização Egípcia já foram dominantes, e assim anda a fila.
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