A QUEM INTERESSOU SOLTAR PICCIANI E MALUF?

Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj e Paulo Maluf, deputado federal foram presos por desvios de conduta e enriquecimento ilícito. Melhor dizer com todas as letras do que usar "mal feitos", expressão essa usada por dona Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil, de triste memória.
Maluf é figurinha notória da Interpol. Se viajasse para fora do Brasil, seria preso no ato, e no seu país, apesar de todas as denúncias contra ele, levou-se 20 anos ou mais para colocá-lo atrás das grades. Sua figura envelhecida, sem a tintura capilar, mostrou um homem totalmente oposto do que aparecia na mídia há alguns meses atrás. Não sei o que ele fez, mas de repente passou a usar bengala e seu corpo envergou, um ancião sofrendo de dois canceres, mas mesmo assim foi para a prisão. Maluf é rico, e seus advogados laboraram um bocado e com a ajuda do juiz Dias Toffoli conseguiram que Maluf cumprisse missão domiciliar na sua bela mansão paulista.
Engraçado isso, o cara rouba milhões, é procurado pela Interpol, mas o judiciário brasileiro mostra mais uma vez uma benevolência inaceitável para com um sujeito que nunca pensou nos outros, mas em si mesmo. Dizem que foi decisão humanitária. Quantos presos estariam na mesma condição de Maluf? Lembram de Adriana Anselmo que conseguiu prisão domiciliar por causa do filho menor? E conseguiu. E quantas na mesma situação? Conseguiram o mesmo benefício? Não sei.
Falar de Picciani então, causa arrepios. Presidente da Alerj posava de bom moço acusando Cabral, chamando Pezão ( claro que ele não estava nada errado) de incompetente, mas roubava, e durante longos anos construiu seu império, Preso, também conseguiu prisão domiciliar.

O brasileiro comum, aquele que apenas recebe seu salário, sem benefícios, que dá um duro danado para sobreviver num país de taxas extorsivas, e que não tem nenhum contraponto social, aqui vamos incluir educação pública de qualidade, hospitais públicos e atendimento clínico de qualidade, clínicas odontológicas que servissem às comunidades, e proteção ao indivíduo ( previsto na constituição), com certeza leva um tapa na cara cada vez que as castas que governam e legislam tomam esse tipo de atitude. Soltar Picciani e Maluf é tapa na cara de qualquer um. A história pessoal desses homens não é exemplo para ninguém, e não só as deles, vamos combinar. As pessoas que ocupam os altos cargos públicos na política são um bando de safados que enricaram as custas do povo. O quanto poderia ter sido empregado para uma vida melhor para todos os brasileiros foram parar nas suas contas particulares. 

O Supremo Tribunal Federal está politizado e o brasileiro médio perde o respeito por aqueles que o afrontam. E no Brasil os casos são muitos, talvez por isso essa violência sem precedentes, a falta de respeito ao próximo, a intolerância para com o outro, enfim, perdeu-se o limite para tudo.