FINAL DA NOVELA ÁGUA VIVA
Consegui tirar uma foto minha no último dia da novela. Cá estou, com meus cabelos escuros e os olhos sempre baixos, isso eu devo aos dois diretores, Talma e Ubiratan( que já se foi) que pouco se lixavam para o elenco de apoio. Todas as vezes que eu tinha um pequeno diálogo, meu parceiro estava sentado, e claro eu olhava para baixo. Cenas boas, outras nem tanto, o saldo foi bem legal. Sou sincera em dizer que poucas vezes acertei no tom, mas vi uma cena de Fernando Eiras com Beatriz Segall, em que ela tenta matá-lo que fiquei desconcertada com o tom errado do ator, que hoje é respeitado e considerado bom. Ali não foi. Alguns atores levantavam bandeiras e ficavam chatos, Claudio Cavalcanti com sua eterna pasta de professor (precisava desse apoio?) e Lucélia Santos. Adoro a atriz, mas aguentá-la só mesmo o Marcos/ Fábio Jr. iluminado. O papel de Tonia Carrero também ficou repetitivo e chato, mas era a Tonia e só de olhá-la o dia ficava mais feliz. Outro papel horroroso foi o da Angela Leal, foi para Paris e voltou cheia de atitude. Ruim mesmo. O que salva é o carisma de cada um em particular. Beatriz Segall deu um show, o mesmo que deu Tonia no início da novela, mas ela foi crescendo, crescendo e era um prazer vê-la trabalhar. Não entendi nada da atuação de Raul Cortés no final do seu papel. De um hora para a outra carregou nas tintas, e me perdoem, ficou muito canastrão. Uma pitada de Agatha Christie com os personagens todos reunidos depois do tiro ouvido, foi legal, apesar de ser um recurso batido nos livros da autora, mas enfim, é novela, e é para atingir o Brasil inteiro. Reginaldo Faria não convence como par de Betty Faria, que melhorou um tantinho a dicção- adoro a atriz, mas aquele ovo na boca o tempo todo é dose. Glorinha Pires, Eloísa Mafalda, que saudade, são atrizes que adoro ver. Todos cumpriam bem a missão, tenho dúvidas em relação à mim.
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