DANCING DAYS- A NOVELA
Primeiro foi a reprise de Água Viva com seus altos e baixos, mais altos do que baixo com uma trilha sonora deslumbrante e abertura fenomenal. Realmente o salto do novelista em se comparando agora com Dancing Days é digna de nota. Achei muito bonito e mostra o caráter de Gilberto Braga ao reconhecer numa entrevista da Revista de Domingo no Jornal O Globo das restrições que ele tinha da novela, dizendo inclusive que muitos diálogos eram ruins. É isso mesmo, só não sei se ele vai gostar de eu estar concordando. Existe aquele lema: só eu posso falar mal de mim. Mas voltando a novela podemos ver também como tudo evoluiu. Os carros de antigamente eram mesmo as carroças daquele presidente que foi deposto falou: um horror. A moda era tão feia que fico rindo de como é que podíamos usar aquilo, ou como é que as atrizes ficavam tão pouco sedutoras, em se comparando hoje. Os cabelos, pouca maquiagem e também não tinha aquela definição que tem hoje que se virmos uma atriz na rua fica difícil de reconhecer. E os corpos eram normais e não anoréxicos. Sonia Braga seria considerada gorda pelos padrões HD. Engraçado. Quanto ao desenrolar da trama é difícil acompanhar. Os atores só interpretam quando a câmera está focada neles, com pouca exceções. Mário Lago dá show mas o núcleo de sua casa é bem chato, Pepita extrapolando, e numa situação impensável nos dias de hoje. A novela está datada. Água Viva também, mas esta tinha mais pulsação. Sonia Braga, que saudades, com aquela cara de vítima mostra que é mais star do que atriz, mas é legal vê-la e ouvir sua voz rouquinha. Lídia Brondi faz falta e Lauro Corona também, como era pequenino. O Bruno Gagliasso é o Lauro Corona de hoje. Enfim, não vou conseguir ver, talvez de vez em quando, mas concordo plenamente com o Gilberto Braga. Ah, e o Fagundes, pecado ele ter dobrado de tamanho. Envelhecer todos estamos mais velhos, e como estamos, mas deixar o corpo alargar é maldade consigo mesmo. A trilha sonora é bem ruim, salvo a abertura, maravilhosa com as Frenéticas.
Comentários