DE FILMES E DE LIVROS,,, BRASILEIROS
Leio uma entrevista de Carlos Reichenbach falando do lançamento de seu filme "Falsa loura" ( a atriz é filha do reitor Mulholand) e da dificuldade de se fazer filmes no país. Ele acha o ingresso caro ( comenta do tempo em que o ingresso era do mesmo preço da passagem de ônibus- eu não me lembro, mas se ele disse a gente acredita) e da tristeza de ver seu filme "Garotas do ABC" ser tirado de cartaz, apesar da boa média de público, para entrar "Homem Aranha 2". Fiz o paralelo com a dificuldade que tiver em publicar o meu livro- Conto Entre Contos. As editoras não publicam livros que não tenham tiragem mínima de mil exemplares, e preferem vender livros estrangeiros ou de auto-ajuda. Não acho, claro, que meu livro é fantástico- longe de mim, mas acho que poderia vender bem, sim, se tivesse divulgação. Mas é difícil mesmo. Há que se pagar a divulgação, ao livreiro para colocar o livro numa bancada onde o público veja, enfim, uma série de estratagemas. A verdade é que o mercado visa dinheiro, e achei super forte a declaração final desse ótimo cineasta quando diz que o que o move para continuar filmando é a necessidade física de expor suas entranhas.
Eu continuo escrevendo porque gosto mesmo, me diverte e ocupa um tempo que poderia estar pensando besteira.
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