LÔ BORGES
Quando cheguei de Portugal, no início da década de 70, o Clube da Esquina bombava. Uma amiga me deu o disco e eu me quedei cativa. Acho que a MPB teve o seu ápice no final dos anos 60 e na década de 70. Só se ouvia música de qualidade. Compositores e intérpretes simplesmente fantásticos. Dizem que a gente envelhece com a música que nos acompanhou a vida inteira. Sabe que eu acho que é isso mesmo? Hoje, o que escuto, me dá até arrepios. Mas, o Lô Borges, tão novinho ao lado de Milton e arrasando, sempre me impressionou. Tudo que compunha virava sucesso, e era muita coisa, de uma qualidade ímpar. Até que um dia, seu anjo de guarda postou-se ao lado de sua cama no hospital, e anunciou a hora. Segurou-lhe as mãos e o levou para o lado de lá. Minha alma em luto, mas ao mesmo tempo feliz por poder ainda ouvir sua música. Eterna.
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