ZONA DE INTERESSE, NO PRIME

Impactante, pelo que não se vê, mas ouvido e sentido em cada fotograma. O som é medonho, é opaco, intenso, nunca mais repetido ao longo da história. Não se sabe o que é, mas sim, de onde vem. Amei. Direção pra lá de sensível e antenada e atores esplêndidos. Temas como o Holocausto dão público e ainda mais como esse, dirigido com maestria e sutileza. Super recomendo. O diferencial foi a tomada de consciência do casal nazista, ele vomitando após uma reunião do Reich, sujando a escadaria branca e ela, macambuzia, perambulando pela casa, onde sua tristeza é visível. Me pergunto como ficaram a cabeça de milhares de crianças cujos país eram nazistas convictos, inclusive militares.

Comentários

Maria Laura disse…
Também achei sensacional o filme. Que sacada colocar lado a lado duas realidades tão distintas, sem a gente visualizar a mais terrível. Que terrível também a normalidade da vida da família que mora ao lado da tragédia.
um momento bem interessante e de muita sacação do direto, foi o vômito do militar depois da reunião de cúpula, e a introspecção de sua mulher, sentada na mesa de jantar com o olhar vago. E não quero esquecer da criança, o filho, brincando com soldadinhos de chumbo, quando ele se levanta e vai até a janela, enquanto aquele som extraordinário de vozes misturadas o acompanha. Aliás, a grande jogada foi essa. Impressionante. E a cena da piscina. Meu deus, com as chaminés imponentes atrás dos muros da casa. Me pergunto como ficaram os filhos desses assassinos? Deve ter muita gente doente na Alemanha.

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