TÓQUIO 2021

Não são todas as modalidades que gosto ou assisto, mas ocasionalmente bato ponto assistindo às performances bonitas dos atletas olímpicos,  a nata do esporte. Começo falando do que entendo: natação. Há muito tempo já tinha notado como o físico dos atletas tinha mudado, são altos, longilíneos e as mulheres sem derrière e peito. Uma amiga disse que podia ser dos maiôs, coladíssimos ao corpo. Pode ser, mas algum volume tinha que aparecer.  Enfim, com aquelas vestimentas são andróginos, no meu ponto de vista, of course. A técnica evoluiu bastante, são ferozes na água, uma velocidade espantosa, muuito treino e os ombros estão lá como a maior prova, ah braços também sem falar na cadência das pernas, sem parar um segundo. Pássaros aquáticos. Um nadador da Tunísia, moreno, árabe, que ganhou o título, deu o maior grito tribal que já ouvi em águas piscineiras. Ela nadou numa raia da beirada, fez bonito, ninguém apostava nele, e nesse grito ele extravasou tudo, pelo menos foi a minha leitura. Você interprete como quiser.

Vi também as meninas do skate, e a Fadinha tem flexibilidade de bambu, suas cartilagens, seu peso, sua estrutura lhe permitiram fazer manobras incríveis, as japonesas, tão novas quanto ela, também foram fantásticas.

Não vi Simone Biles, que desabafa que os fantasmas da perfeição lhe atrapalham na performance. Está tendo, obviamente , problemas psicológicos. A atleta brasileira Rebeca Andrade fez bonito, ficando atrás de Simone Biles, atormentada por seus fantasmas. Rebeca impressiona pela perfeição e graça.
















Assisti os atletas da ginástica, modalidade esportiva que adoro e fiquei feliz com a atuação dos brasileiros, Zanetti, Caio e Arthur Nory, após perder, declarou ter tido depressão e burnout. Como sofrem esses atletas, realmente a pressão deve ser de matar.

Assisti ao vôlei de praia, que não me entusiasma e provas de remo em equipe. Incrível a vitória da Austrália, com a Itália em segundo, depois de lutar bravamente contra a Grã-Bretanha.

Ah sim, a vitória de Ítalo, o surfista nordestino, foi bonito de ver, além do que saber de sua história e do caos que foi a sua chegada ao Japão. Caramba, êta rapaz de fibra. Certeza que sua vitória foi um bálsamo para ele e orgulho para esta nação tão combalida.

Essas foram as provas as quais assisti, o país tem já algumas medalhas, o que é muito bom para a moral dos atletas.

O Brasil, hj com maiúscula em homenagem aos atletas brasileiros em Tóquio, deveria investir maciçamente em esportes aquáticos, porque o que mais tem aqui é água. Remo, natação, saltos ornamentais,  nado sincronizado, são esportes onde o país poderia fazer bonito. E não pontualmente, como Fernando Scheffer. Já tivemos Borges, o Xuxa, Cielo, mas é pouco pelo tanto de água que temos por aqui. Sim, investimentos e estrutura é o que precisamos. O mal do país, sem estrutura para nada. 

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