REFLEXÕES EM CIMA DA PALESTRA DE SCILLA ELWORTHY: WHY WE ARE SO AFRAID OF GETTING OLD
Recebi pelo whatsApp essa palestra sobre o medo de envelhecer e resolvi comentar instigada pela vizinha querida que me enviou. Bem, Scilla Elworthy é uma mulher linda, de cabelos brancos, porte bonito, setenta anos, acho eu, que se apresentou descalça e de roupa preta. Elegante até o fio do cabelo, falou baixo com um tom de voz aveludado, parecia uma atriz de cinema. Comecei a pensar na minha finitude quando cheguei aos setenta. Quem diz que não tem medo, mente mesmo. Os medos são naturais, falamos pouco sobre ela, mas passa pela cabeça morrer de repente, ou se sentir mal e não ser socorrido a tempo. E isso independe de se viver só ou com mais gente na casa. Enfim, tem-se medo. E por que temos medo da morte e de envelhecer? Ora, ora, pois é o fim da jornada, moçada. Envelhecer significa, como bem disse Scilla e tantos outros pensadores é começar a ser invisível, não ser ouvido, ou não lhe darem crédito. Vai se ficando à margem de tudo. Tenho amigas na minha faixa etária que não sabem usam os recursos do smartphone ou mesmo o computador. Dependem dos filhos para tarefas banais. Não é legal, essas amigas deveriam se esforçar, acompanhar o desenvolvimento da tecnologia, vencer as barreiras. Vencer as barreiras é uma das coisas que me motiva a caminhar e a vencer os obstáculos do próprio envelhecimento. Achar que é difícil a tecnologia, e se acomodar. Ver o rosto enrugar, o corpo vergar, as dores aparecerem e a solidão se fazer presente não é nada fácil, difícil sim, mas é contornável se a pessoa tem saúde relativa e um sentimento forte, que vem de dentro e que nos impulsiona para a frente. Diria que é mesmo a chama da vida. E todos a temos e nos cabe mantê-la acesa. Se o seu rosto precisa de procedimentos estéticos, faça-os. É você que se olha no espelho e você precisa gostar do que vê. Cuidado apenas para não ficar desfigurada como certas atrizes nacionais e estrangeiras. Se gosta da sua imagem, conserve-a. Se não gostar, faça dietas e se exercite mais. Viver é um exercício diário. De você para com você mesmo. Você é o seu melhor amigo, se afaste de amigos tóxicos e fique com os que lhe dão alegria e prazer. Se tiver um companheiro ou namorado melhor ainda. O sexo pode não existir, mas mãos enlaçadas, um afeto legal fazem milagres. Eu não tenho o aconchego do sexo oposto, mas exercito meu afeto com meus cachorros e com os amigos que ainda me acompanham. Tire alguns minutos do dia para olhar em volta, sem celular, sem nada, apenas olhe. E faça tarefas prazerosas, use o seu dinheiro para lhe dar conforto, não economize, e ajudar ao próximo me faz muito feliz. E saúde, sem ela nada disso adianta. Bola para a frente. As dores físicas se acentuam, não tem jeito, é o corpo deteriorando, acupuntura é uma boa. E agradeçamos por termos tido vida financeira estável e podermos desfrutar agora.
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