SÉRGIO MORO, UM CAPÍTULO A PARTE
Absolutamente todos os meus amigos e eu apoiávamos Moro. E grande parte dos brasileiros, pelo que eu lia no jornal. Os petistas o odiavam, eu ouvia minha grande amiga lascar pedra em cima do juiz, e não acreditava numa única palavra que ela dizia. Mas, silenciava, nossa amizade era maior. Acreditei na Lava-Jato, jamais vou execrá-la, mas num dado momento a coisa extrapolou. A delação de Paloci pelo juiz Moro dias antes da fatídica eleição de 2018, mexeu no jogo eleitoral, e venceu todos sabemos quem, auxiliado pelas facadas. Outra amiga querida, fã de Moro como eu, estranhou e comentou comigo a nomeação dele para Ministro da Justiça de um presidente no qual não apostávamos um centavo. A partir daí meu gosto mudou. Olhava para aquela esfinge e tentava decifrar-lhe o pensamento. Tenho a meu favor o fato de não me empolgar demais com ninguém, celebridade, artistas, mas abro uma exceção para Obama, kkkk. Tento manter a lucidez e olhos abertos. A primeira coisa que fiz foi pedir desculpas a minha amiga querida pela minha cegueira em relação a Moro. Fiquei atenta e pelas beiradas li depoimentos da mulher do juiz, e fui seguindo o noticiário. Agora, caiu a máscara. Somos um povo ingênuo também, como é fácil nos seduzir, embora a Lava-Jato tenha começado muito bem, volto a dizer, no momento que politizou, ferrou. O ego foi maior do que a justiça para valer.
Comentários