WOODY ALLEN, AUTOBIOGAFIA
Numa mesma semana Woody esteve no #Conversa com Bial, tema da coluna de #Ruth de Aquino e comigo, que acabei de ler o livro. Duas opiniões sobre a entrevista com Bial: uma amiga gostou e a outra não, alegando que Bial lê as perguntas em inglês e não se mostra à vontade com o idioma, e a entrevista fica tipo ping-pong. Outra amiga adorou, e achou a entrevista consistente. Ruth de Aquino na sua coluna de hoje diz que não se pode inocentar Woody, mas não se deve boicotá-lo. Eu li o livro, gostei, é admirável a sua trajetória, um sujeito genial que se desmerece a cada página. Seu legado é imenso e mais valorizado abroad do que na sua terra natal. Ele se desenvolveu numa América que hoje só existe na mente dos que já passaram dos setenta, junto a outros tão geniais quanto eles. Ele se apequena e mostra não dar valor ao dinheiro. Já na vida sexual me parece muito canhestro e imaturo pelo que narra sobre seus relacionamentos. Viver com uma criatura louca e ainda assim ser apaixonado é sintomático- Louis Lasser. E quando chegamos a Mia Farrow a coisa toda complica. Não sou juiz, nem quero ser e muito menos opinar sobre isso, mas é esdrúxulo sua relação com Soon -Yi, até porque num documentário sobre ele, é visível o seu deboche em relação a ele quando ela é instada a falar. Está lá no documentário e minha comadre também achou a mesma coisa, com outra palavra- "ela desabilitava o que Woody dizia". Enfim, ele elogia demais a mulher atual, inclusive como uma das pessoas mais importantes e admiradas de sua vida. Conclusão, a confusão familiar está documentada, as provas de abuso não são conclusivas, Ronan e Dylan o abominam, e eu acho Mia uma criatura muito problemática que sim, poderia ter influenciado os filhos com sua perversidade latente. Se casou com dois homens que podiam ser seus avôs, e no seu núcleo original, um irmão foi preso, o outro se suicidou e o fato dela se deitar nua em pelo com o filho de 11 anos é no mínimo questionável. Gosto dos filmes de Woody, e vou continuar vendo. Recomendo muito a leitura.
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