REGINA DUARTE, SECRETÁRIA DE CULTURA : A QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO
A decisão de participar do governo Bolsonaro indignou muito de seus colegas atores. Confesso que a mim me causou espanto por achar que a atriz maravilhosa que é e sempre será, iria ter problemas com a burocracia medíocre existente em qualquer órgão público, e justamente pela falta de traquejo nessa área corria o risco de não dar certo, mesmo que tivesse alguém de sua confiança próximo, a lhe desbaratar o novelo desse nicho intrincado.
Uma amiga atriz, lulista até a raiz dos cabelos pintados, urrou no telefone que Regina era burra. Repliquei que se fosse burra não teria construído a carreira brilhante que tem, desfrutando de conforto financeiro conquistado por seu trabalho e ainda em cena aos 70 anos.
Todavia foi difícil, sim, entender por que Regina abdicou do salário da Globo para ganhar uns trocados como secretária de cultura, que nem ministra é? Um ator de primeiro nível da Rede ganha um salário espetacular por mês, acima de cem mil, e quando não está em cartaz, metade. Então, entender o motivo "nobre" de Regina foi difícil mesmo, até porque todos sabíamos que a mão pesada e rude do capitão estrangularia qualquer atitude ou ação da secretária que não estivesse dentro dos padrões ditos por Bolsonaro e seu clã. E Regina não viu isso? Talvez essa atitude tivesse desencadeado o urro da minha amiga: Burra.
E vamos combinar, as cenas gravadas entre ela e Bolsonaro foram grotescas, sem um roteiro a altura e direção competente. Regina Duarte, a que foi sem nunca ter sido. Noivado e casamento fajuto esse, hein Porcina? Outra, que foi sem nunca ter sido. Eta sina.
Parece que vai cair, como caíram Bebiano, Santa Cruz e Moro, outro que jogou fora 22 anos de magistratura. Mas, empresas estão de olho nele. Sem trabalho não ficará. E Regina? Aos 70 há chance real de voltar à Rede Globo? Sim, em papeis eventuais, quem sabe? Melhor assim, a atriz voltará a encantar o país.
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