O LIVRO DE SALADINO DE TARIQ ALI
KARATE KID E O TALENTO DE JADEN SMITH
BÁRBARA HELIODORA RIDES AGAIN AGAINST ADERBAL-FREIRE FILHO
Quando criança e adolescente me deliciava com As Mil e Uma Noites, me via como a uma Sherazade e ainda lia Malba Tahan que não era árabe e sim um Mello e Souza. E nunca mais li literatura árabe, portanto foi muito bom me afundar na prosa de Tariq Ali. O LIVRO DE SALADINO é cativante, conta a história de Saladino, um sultão de origem curda que lutou contra os Cruzados e conquistou Jerusalém em 1187, numa época em que judeus e muçulmanos viviam bem, sem esse ódio medonho de hoje em dia... então é possível. As lutas travadas entre eles e o povo islâmico eram bárbaras, os primeiros querendo impor sua religião, matando em nome de deus e os segundos se defendendo, matando e conquistando em nome de Alá. Desde sempre as pessoas se matam por um deus qualquer. A região do oriente médio é mesmo complicada, lá viveram Jesus, Maomé e Moisés, parece que é sina viver em guerra, cada um defendendo como pode Deus, Alá e Jeová. Enfim, lendo o livro nós nos aprofundamos na filosofia e no cotidiano de seu povo, na sabedoria de seus eruditos, nos conflitos e nas tragédias do dia-a-dia, e eu fico pensando na transformação que ocorreu no mundo árabe: foram tão sábios, tão guerreiros, e hoje a jihad mudou de foco e virou ato de terroristas extremados que em nome de Alá se matam e matam outros...muitos inocentes que não tem nada a ver com isso.
KARATE KID E O TALENTO DE JADEN SMITH
Will Smith é um ator boa praça e um sujeito engraçado e simpático, pelo menos é o que me passa quando o vejo em entrevistas, e vi uma em particular, no programa da Oprah, em que ele foi com a família toda, inclusive a ex mulher, com marido e filho (dele)...ah, sogros e pais também no pacote. O cara é super família, foi o que ficou claro e ele fez questão de enfatizar. E estavam lá para falar de Karatê Kid, o filme estrelado pelo filhote talentoso. A entrevista foi charmosa, mostraram cenas, pequenos chats com os atores, panorâmicas extraordinárias, fiquei deslumbrada com a beleza e a magnitude da China e não via a hora de ver o filme. Jaden também falou, deslumbrado e com ego inflado fez a apresentadora sorrir e eu também, mas ao ouvir sua mãe e seu pai se vê que é hereditário. A mim não me importou, mas as falas do garoto, sua atitude foram traduzidas como arrogantes, repercutiram mal na terra dele, parece até que houve certo boicote ao filme, li de passagem e posso até estar errada, mas, enfim, fui ver o filme e adorei. Ele é uma graça, lutou super bem, é carismático e a dobradinha com Jack Chan foi perfeita. Na luta derradeira torci desesperadamente por ele, aqueles socos são pra matar e no final, meu deus, lágrimas escorreram dos meus olhos, eu me apressando em limpá-las, afinal as luzes se ascenderam e fiquei sem graça de estar emocionada como uma criança. Os meninos chineses incorporaram caras de mau que eu até tive medo, perfeitos, todos ele, e a garotinha por quem Dre Alexander se apaixona (o personagem de Jaden) é muito fofa.
BÁRBARA HELIODORA RIDES AGAIN AGAINST ADERBAL-FREIRE FILHO
Dessa vez não acompanhei de perto a estreia de Orfeu sob a direção de Aderbal, porque me mudei do Rio e não comprei o jornal no dia em que a crítica saiu, mas algo me dizia que a crítica do jornal O Globo ia sentar a ripa, e hoje leio a resposta de Aderbal. É, no mínimo desnecessária e ofensiva a crítica de determinados jornalistas, dona Bárbara principalmente, em relação ao teatro que se faz no Rio de Janeiro. Essa gente não leva em conta a dificuldade que é se montar uma peça, pagar o aluguel do teatro, disputar público e quem sabe formar plateias, ingressos caros para o povão, a violência da cidade uma vez que as peças acabam perto de meia-noite, enfim, muita coisa, então, vem um crítico e arrasa, sem mais nem menos, vomitando erudição e pronto.
Aderbal sempre responde fazendo a defesa de seu trabalho, e eu aqui me pergunto pra quê essas veleidades, vão levar a algum lugar? Não gostou do texto, achou precário, fale de outra maneira menos ofensiva à memória de Vinícius; não gostou do som, fale de outra maneira, jeitosa, afinal Morelembaum e Alem merecem consideração e respeito pelas carreiras que conquistaram, e pelo talento que tem jamais fariam coisa pequena ou ruim, como li. E afinal, Aderbal Freire-Filho tem trajetória brilhante no teatro brasileiro e sempre será lembrado, estudado e citado, uma glória para poucos.
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