O BEM AMADO

Guel Arraes, Cláudio Paiva, Nanine, Wilker, Beltrão, Polessa, Moraes, Blat, Flor Maria, Nachtergaele, Caetano, que delícia, veja só que time, o filme só podia ser mesmo muito bom. Amo o regionalismo dos filmes brasileiros, principalmente do Nordeste, onde o sotaque cantante, como dizeres totalmente diferentes do resto do país, me deixa com um sorriso permanente na boca e uma vontade enorme de entra naquela vida e participar do enredo, miando que nem eles.
Marco Nanini é um ator extraordinário que passeia do drama à comédia sempre com a maior competência, e o reputo como um dos melhores atores brasileiros de sua geração. Me lembro de uma peça em que ele contracenou com Juliana Carneiro da Cunha, dirigida pelo Aderbal, que na época era Aderbal Filho, que foi fantástica – que pena que me foge o nome da peça e seu autor- acho que era Vianinha e pode ser que tenha sido Mão na Luva, se alguém que me estiver lendo e puder ajudar, no acerto ou no erro, agradeço. Pois bem, Nanini me fez esquecer de Paulo Gracindo, outro ícone de atuação, e contracenando com as irmãs Cajazeiras, todas elas maravilhosas num tom farsesco irrepreensível, foram responsáveis pelos momentos mais hilariantes do filme.
Wilker conseguiu sair do personagem que o acompanha há anos e está bem sorumbático como Zeca Diabo, embora prefira Lima Duarte.
Caio Blat e Maria Flor fazem o par romântico e como atuam sempre juntos criaram uma intimidade que ajudou bastante na evolução de seus personagens. Maria Flor é meiga, bonitinha e tem uma suavidade impressionante na criação de seus personagens.
Caio Blat é ótimo, e está tendo oportunidades de mostrar o seu talento em vários filmes, como Maria Flor.
Apesar de respeitar e muito o talento de Matheus Nachtergaele acho que ele ficou num tom bem abaixo de seus colegas. Não chegou bem lá, faltou um olhar mais crítico do diretor, mas é apenas um detalhe, ele é ótimo e também muito engraçado;
Ri muito e sai com a alma lavada, o filme é delicioso.

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