CAMINO DE LAS ÍNDIAS- FINAL


Não assisti desde o início. Tenha essa preguiça, deixo passar uns meses e aí cravo legal. Adorei Caminho das Índias. Tenho o maior respeito pelos novelistas, não importa se tem colaboradores ou escrevem sozinhos, como Glória Perez. O resultado é sempre ótimo, com os atores afinados, estou falando das novelas das oito, tramas excelentes e outras nem tanto, mas o mérito é acima de qualquer dúvida. Olho de lado para atores e outros que dizem não assistir novelas. Já fui assim, pura arrogância, pois a novela é a nossa cronica social maior, e abrange toda essa brasileirada, e mais os outros firanghis além mar.

O aprendizado de idiomas indus formam ótimos, não há quem não solte um Arê Baba, Arebanguandi, e por aí vai. Escuto o tempo todo e morro de rir. Ficou na boca do povo. Outras expressões que amei foram: Jesus, me abana, cobra de jaleco, despacho de grife. Super.

Quanto às tramas, algumas se desenvolveram legal, outras não.

Vamos as que funcionaram.

As da Índia, menos a gravidez da Surya e o fato da Índia de Glória saber que o filho de Maya era de Bahuan, menos a família Ananda. Difícil de engulir mesmo. Os atores estavam entregues, com sotaques similares, menos Cleo Pires que apesar dos conselhos continuou com o seu forte sotaque carioca. Tem personalidade a menina, ou então é teimosa mesmo. Destoou. Osmar Prado exagerou e ficou bastante caricato, era um tormento quando estava em cena. Acho que deve ser difícil segurar um ator daquele porte, sempre genial, não em Caminho das Índias. Lindas as cenas com as crianças. Amei. Foram graciosas, talentosas e me emocionaram, principalmente no final quando Lalit conversa com Hari e ali selam seus futuros. A garganta apertou e lágrimas furtivas escorreram - minhas.

Comecei odiando a Melissa de Cristina Torloni, mas depois foi me cativando, inclusive suas bem escritas cenas onde a atriz triturava o texto e despejava em cima do público com sabedoria. Gosto da atriz. Humberto Martins foi outro ponto alto da novela. O cara é bão e quem não gosta de um cafajeste daquele, falando o que a mulherada quer ouvir. Jesus, me abana, ele foi demais.

Pois é, Tarso de Bruno foi exagerado, caricato e conversei com pessoas que lidam com esquizofrenia, e todos foram unânimes em dizer, que aquela gagueira, olhar enviesado, andar de macaco, não é bem assim. Não entendo como o ator foi canonizado. Podia ter lá os seus surtos, mas doses de equilíbrio seriam oportunas até pra justificar o casamento com Tonia.

A casa de Melissa e Ramiro foi deliciosa. As empregas, o Cadore pai, Inês, tudo uma delícia, se bem que a Inês de Maria Maya ficou num planinho secundário, mas deu muita conta do recado.

Dira Paes e o seu Abel também foram hilários e me proporcionaram muitas risadas. Os atores aproveitaram todas as cenas, mesmo que repetidas, eram ótimas de ver.

A pastelaria indiana também teve lá o seu sucesso. A Malika é ótima, atriz mirim de primeira. E morria de vontade de comer samosas.

Suellen e Castanho, pelo amor de deus, só podia ser piada. A atriz repetiu suas caras e bocas usadas em Duas Caras, vamos ver se melhora com o tempo. É linda e carismática, mas como diz o Miguel Falabella, ainda é artista de televisão, com um longo caminho para atriz.

A clínica fucionou legal, Totia Meirelles é outra atriz gostosa de se ver e valoriza qualquer papel.
Até que funcionou a cobradinha com Fasano, vejam só!
Dona Val e seu parcerio ficaram na incubadeira. Uma atriz da categoria dela, sentadinha ali, falando só o jesusm me abana, foi maldade. Idem para o companheiro.
A escolinha não aconteceu.
A família de Ilana, César e Zeca foi ótima, só que o final de Zeca foi muito brando. Perdeu-se uma ótima oportunidade de lascar um corretivo a altura. Trabalhar na Sociedad Viva Cazuza foi prêmio, e que prêmio. Ele tinha que ter caído numa ONG de vítimas de violência no trânsito ou bullying. Sei lá.
Yvone saiu lépida e fagueira. É o nosso Brasil, e mostra com tem homens babacas no mundo, principalmente se confrontadados por mulher bonita com promessas nos olhos. Gostei, é isso mesmo.
Alexandre Borges fez das tripas coração para defender o Raul. Porra, papelzinhao difícil de aceitar.
Viva, o inteligente Gopal com bigodes a la Cantinflas passou por um trator quando teve oportunidade. Baixinho, mas com voz forte e bonita, mostrou a que veio.
Bahuan, Shivani, mamãe e tal, nem vou comentar. Nada funcionou ali. Meus respeitos por Márcio García, por mil razões, mas ator ele não é não e nem artista de televisão, o négócio é ele voltar para apresentador.
Casa de Opash. Não queria que a câmera saísse dali. Show de bola, Tony Ramos emocionante, idem para Eliane Giardini, Laura Cardoso, Tchacha e todos ali naquela casa. Caio Blat aquém de seu talento, ficou na geladeira.
Juliana Paes e Rodrigo Lombardi estavam deslumbrantes. Lindos, talentosos, gostosos, as danças que ela dançavam para ele, lindas e sugestivas, tudo muito lindo.
Puja e família, que delícia.
Shankar foi outro deslumbramento, quando ele se despediu e seguiu a jornada chorei sem parar. A gente vai ficando velha, se torna muito emotiva. Mas, outras pessoas também choraram. Foi muito impacante.
Aliás, a novela foi impactante. Foi legal saber sobre os costumes da Índia, se bem que muita coisa já foi mudada e acredito que não haja muitas famílias ricas como os Ananda que sejam tão conservadoras, como a novela os mostrou. As meninas já estão escolhendo os namorados e não são tão virgens. Tem uma turminha que já se esbalda.
A casa de Manu e Kochi poderia ter sido abatida por um tsunami que eu não daria falta.
A entrada de Chico Anysio deu um alento a novela. Adoro ator que me faz rir, principalmente se for Chico Anysio. Arê Baba, Chico.
Radesh e Dayse foram hilários, como também Deva que proporcionou cenas muito delicadas.
As cenas na casa de Manu onde os pais falsos de Radesh negociavam o casamento era de rolar de rir.
Belos os casamentos indianos, se bem que um dia desses vi um no GNT- Casamento a indiana, e não era tão suntuoso como os de Maya/Raj, RaI/Camila. Bem, mas é tvGlobo e isso não dá nm pra discutir.
Julinha Almeida é filha de Manuel Carlos, sua Leinha foi delicada e moderna, contraste com a irmã, que mandou tudo pro ar e foi viver na Índia na casa de Opash, com toda aquela gente. Tem que rezar pro marido morrer depois dela, porque senão vai por viuvadário. Cruzes, quel horreur!
Que mais? Ah, talento e formosura na casa de Murilo, êta quarteto bom.
Beca foi uma revelação- que cara de mau, ô meu!
Na firma de Cadore, surpreendente o cabelo e a produção em cima de Ana Furtado - me diga: alguém consegue trabalhar com aquela produção toda. E alguns quilinhos a mais não fariam mal à atriz.
Aliás, não gosto dessa superprodução de figurinos. Ninguém anda assim em casa. É irreal e me incomoda muito.
As atrizes precisam tomar cuidado com o botox, a coisa está pegando.]
Tania Khalil é linda, mas ri demais e há uma repetência de interpretação que fica extenuante de se ver e ouvir.
Murilo Rosa deu show de bola, aproveitou cada vírgula.
Vera Fisher, pouco fez. Ela e Maitê foram a dupla loura que fizeram escada para Odilon Wagner. Maitê aproveitou mais do que Vera.
Acrescento ainda, a beleza das imagens indianas e da reprodução feita no Projac. Foi um show de colorido e beleza.

Enfim, que saudade.

Comentários

Maria Laura disse…
Adorei seus comentários, embora não concorde com alguns, como no caso de Tarso e de Manu.
Mas o núcleo do casal Cesar e Ilana foi 10.000 mesmo!!! Para mim, o melhor.
E fique atenta, porque qualquer dia O Globo chama mesmo você.
bjs,
Maria Laura
Unknown disse…
Concordo com algumas das suas colocações. Também sou noveleiro, do meio pra frente. No princípio, não tenho paciência. Depois que a trama está formada, os personagens já em conflito, daí eu assisto. E CDI foi assim também. Comecei a ver depois de uns 4 meses no ar.
O que acho que tenha funcionado: as belas interpretações de Tony Ramos, Lima Duarte, Laura Cardoso, Antonio Calloni, Ana Beatriz Nogueira, Totia Meirelles, Marjorie Estiano, Jandira Martini, Flavio Migliacio, as empregadas dos Cadore, Dira Paes, Anderson Muller, Rosane Goffmann, André Gonçalves, Elias Gleiser. Conseguiram, com um texto muitas vezes medíocres e super repetitivos. interpretar como atores maravilhosos que são.
Juliana Paes somente nos últimos capítulos. Foi muigo bem, mas só.
Osmar Prado estava insuportável com os gritos histéricos. Bruno Gagliasso, exatamente o que voce disse. Ele over acted. Puro exagero. Eliane Giardini, Caio Blat, Rodrigo Lombardi,Cleo Pires, Isis Valverde, Deborah Bloch e Caco Ciocler meio mornos. Tania Khalil com caras e bocas, totalmente over. Vera Fischer, não sei o que foi fazer lá. A filha do Opash foi bem. Aquelas menininhas da casa Ananda, corretas. Bety Gofmann, Radesh e Chico Anysio, puras caricaturas. Suellen, idem. A prima da pastelaria também mandou bem, sem grandes destaques. A Mazan foi prejudicada pela quimioterapia. A mãe da Shivani achei correta, nada demais, mas representou bem a personagem, além de ser bonita e ter uma porte de Marahani. Agora achei que a Gloria Perez não bate bem da bola. Ela não tem sequência, não tem cronologia. Um samba do crioulo doido. Personagens viajavam do Rio para a Índia e desapareciam capítulos e mais capítulos. A barriga da Surya e da Rute cresceram e a da Khalil nem se percebia. Opash pregando a justiça e escondeu do filho o Nirajinho brasileiro. Yvone procurada pela Interpol, andando por aí sem disfarce. E milhares de outras falhas. E os jargões, repetidos aos milhares, tornaram-se insuportável. Aquela velha dizendo que arrastar o sari no mercado 5 vezes por capítulo. Are baba e Bare baguandi repetidos à exaustão. Lord Ganesha, coitado, ficou com a orelha ardendo. Aquele Pandit, nossa, que coisa horrorosa. A Ìndia mostrada como se fosse uma grande festa. Nunca vi tanta dança, desde o Clone. ALiás, ela tem fixação por dança. Enfim, GP não me paga mais. Pode ter certeza. Assim como o Maneco. Vou esperar Silvio de Abreu, Gilberto Braga e João Emanuel, pelo menos apresentam coisas novas e não fazem barrigas atrás de barrigas....Beijos Mario Affonso

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